
O MPT recebeu, at� agora, 1.633 den�ncias de 1.284 empresas diferentes. Ao menos 1.572 delas ocorreram ap�s o primeiro turno da elei��o, no �ltimo dia 2. O n�mero � quase oito vezes maior do que os casos que chegaram ao minist�rio p�blico ao longo de todo o per�odo eleitoral de 2018, quando foram registrados 212 relatos.
A Procuradoria-Geral do Trabalho instalou um gabinete de crise para lidar com a demanda exacerbada de den�ncias de ass�dio eleitoral. Segundo o procurador-geral Jos� de Lima Ramos Pereira, o �rg�o tem reunido dados e divulgado duas vezes ao dia, para manter o panorama atualizado.
A Procuradoria-Geral do Trabalho instalou um gabinete de crise para lidar com a demanda exacerbada de den�ncias de ass�dio eleitoral. Segundo o procurador-geral Jos� de Lima Ramos Pereira, o �rg�o tem reunido dados e divulgado duas vezes ao dia, para manter o panorama atualizado.
Para ele, o aumento exponencial na quantidade de den�ncias de ass�dio eleitoral � fruto do acirramento no segundo turno. "H� uma banaliza��o de il�citos, com empres�rios fazendo postagens em redes sociais, talvez pensando que o Estado n�o vai fazer nada", disse Pereira.
Os casos do MPT s�o encaminhados, tamb�m, ao Minist�rio P�blico Eleitoral. Potenciais responsabiliza��es podem ocorrer mesmo depois do pleito. Na �ltima quarta-feira, o senador Alexandre Silveira (PSD-MG) afirmou em plen�rio que os parlamentares j� reuniram assinaturas para instaurar uma CPI para apurar abusos.
Para o cientista pol�tico da Funda��o Getulio Vargas (FGV) Marco Ant�nio Teixeira, a coer��o � um fen�meno antidemocr�tico, que viola o princ�pio da liberdade do voto e atenta contra a democracia. "Isso representa uma forma de coa��o pelo poder econ�mico", explicou.
Na �ltima quarta-feira, o ruralista Adelar Eloi Lutz assinou um termo de ajustamento de conduta com o MPT no qual se compromete a pagar indeniza��o de R$ 150 mil por danos morais coletivos. Ele exigiu que funcion�rias colocassem celular no suti� para provar que iriam votar em Jair Bolsonaro (PL), no pr�ximo domingo. Um dia ap�s a abertura do inqu�rito, ele escreveu em redes sociais que se tratava de uma "brincadeira" e que n�o houve amea�a de demiss�o. O empres�rio n�o foi localizado.