
Pelo acordado durante o fim de semana, Lula deve se reunir com a equipe amanh� para definir uma solu��o para a Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) da Transi��o, na tentativa de acomodar a extens�o do Aux�lio Brasil de R$ 600 para 2023.
No mesmo dia, Lula tamb�m deve se encontrar com a ministra Rosa Weber, presidente do STF; Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado e do Congresso Nacional; e com Arthur Lira (PP-AL), presidente da C�mara, com quem deve discutir as prioridades do futuro governo. Nos pr�ximos dias, o presidente ainda deve fazer viagem internacional, atendendo ao convite para comparecer � confer�ncia clim�tica da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), a COP27, no Egito.
A sede dos trabalhos de transi��o, formalmente iniciados nesta segunda-feira, � o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Bras�lia. Pela quinta vez em sua hist�ria, o local foi escolhido para alocar a equipe de transi��o.
O pr�dio come�ou a ser ocupado no fim de semana. Ao visitar as instala��es, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que a equipe deve come�ar ainda incompleta.
"A partir de segunda-feira (hoje), a gente j� come�a a ocupar o espa�o, n�o com toda equipe formada, mas com equipe de administra��o, que far� essa parte de apoio, para que, quando as equipes da transi��o, das �reas tem�ticas chegarem, esteja tudo pronto", disse.
De acordo com a legisla��o, 50 pessoas podem ser nomeadas para atuar no per�odo de transi��o, grupo que pode ter ainda servidores federais e volunt�rios. Os nomes come�am a ser divulgados oficialmente a partir de hoje. A composi��o da equipe contar� com indica��es de partidos que apoiaram a candidatura de Lula.
No primeiro turno, 10 siglas compuseram a coliga��o nacional em apoio � candidatura de Luiz In�cio Lula da Silva: Federa��o Brasil da Esperan�a (PT, PV e PCdoB), Federa��o PSol/Rede, PSB, Solidariedade, Pros, Avante e Agir. Segundo o vice-presidente, Geraldo Alckmin, tamb�m haver� conversas com pol�ticos e partidos que aderiram apenas no segundo turno, como Simone Tebet (MDB) e o PDT.
Corrida contra o tempo
As tratativas para a manuten��o do valor do Aux�lio Brasil, que voltar� a se chamar Bolsa Fam�lia, come�aram na �ltima semana, entre Alckmin e o relator-geral do Or�amento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI). A ideia � de que a PEC tenha car�ter emergencial, com o objetivo de garantir recursos para cumprir compromissos de campanha.
Questionada sobre como alocar o programa, al�m do aumento real do sal�rio m�nimo, a presidente do PT disse que o assunto ainda estava sendo estudado pela equipe t�cnica.
"Temos que avaliar todas as possibilidades para viabilizar o que foi contratado com o povo nas urnas, ou seja, n�o podemos entrar em 2023 sem o aux�lio (novo Bolsa Fam�lia) de R$ 600 e sem o aumento real do sal�rio m�nimo. Tenho certeza que o Congresso Nacional e o TCU (Tribunal de Contas da Uni�o) t�m essa sensibilidade", afirmou Hoffmann.
Depois que Lula bater o martelo, ap�s as reuni�es com a equipe de transi��o, o objetivo � que a proposta seja enviada o quanto antes ao Congresso, para ser aprovada na primeira ou na segunda semana do pr�ximo m�s.
Integrante da base do governo, o senador eleito Wellington Dias (PT-PI) afirmou que "o grande desafio � o tempo" para aprovar a PEC. A manuten��o do Aux�lio � o ponto mais urgente, j� que a folha de pagamentos para o benef�cio � processada em dezembro. O texto tramitar� no Congresso em paralelo com o da Lei de Diretrizes Or�ament�rias (LDO), enviada ao Parlamento pelo governo de Jair Bolsonaro.