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Estado de Minas ESQUERDA BRASILEIRA

Psol deixa para dezembro a decis�o sobre ades�o formal ao governo Lula

Com representantes na equipe de transi��o, partido que forma federa��o com a Rede quer, primeiro, debater t�picos que considera essenciais ao pa�s


10/11/2022 14:42 - atualizado 10/11/2022 15:06

O deputado federal eleito Guilherme Boulos
Durante a campanha eleitoral, Boulos fez incurs�es pelo Brasil para defender a candidatura de Lula (foto: Miguel SCHINCARIOL / AFP)
Embora tenha feito parte da coliga��o de dez partidos que apoiou a vitoriosa campanha de Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e tenha representantes no governo de transi��o, o Psol ainda n�o bateu o martelo sobre compor, ou n�o, a base aliada ao presidente eleito. O debate vai ser travado em dezembro, quando a c�pula da legenda vai fazer uma reuni�o formal a respeito do tema. As tratativas v�o ser orientadas, tamb�m, pela posi��o da Rede Sustentabilidade, sigla que forma uma federa��o com o Psol. Juntas, as agremia��es arremataram 14 dos 513 assentos da C�mara dos Deputados.

Duas das principais pontes entre Psol e Lula, neste momento, fazem parte da transi��o. Campe�o de votos entre os deputados federais eleitos por S�o Paulo e escolhido por mais de um milh�o de eleitores, Guilherme Boulos vai ser voz ativa nos debates sobre cidades e habita��o - tema pelo qual milita no Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Juliano Medeiros, presidente do partido, integra o conselho pol�tico do presidente eleito.

"A bancada eleita ainda nem assumiu. O diret�rio nacional do partido s� vai se reunir em dezembro, quando o debate (sobre o apoio ao governo Lula) ser� feito de forma tranquila e democr�tica", disse Boulos, ontem, em entrevista exclusiva ao Estado de Minas. "O debate sobre a rela��o que nossa federa��o ter� com o governo Lula ainda n�o foi feito, at� porque n�o houve nenhum tipo de convite em rela��o � composi��o ministerial, nem ao Psol nem a nenhum outro partido", garantiu ele, que � o presidente da coaliz�o Psol-Rede.

Aliados de Lula t�m dito que a participa��o na equipe transit�ria n�o significa a garantia de cargo formal no governo que assume em 1° de janeiro de 2023. A percep��o foi externada, inclusive, pelo senador Randolfe Rodrigues (AP), filiado � Rede e uma das principais vozes da campanha do petista.

"O grupo de transi��o �, sobretudo, mais t�cnico, para juntar informa��es para subsidiar as decis�es do presidente e do vice", afirmou, tr�s dias atr�s, em Bras�lia (DF). "Nenhum dos nomes que constam na transi��o, vinculadamente, vai assumir qualquer cargo no governo futuro. Isso foi deixado claro pelo presidente (eleito), pelo vice-presidente (eleito)", explicou, em men��o, tamb�m, a Geraldo Alckmin (PSB).

Ao EM, Boulos reiterou que a prerrogativa de indica��o de ministros ï¿½ exclusiva de Lula. Segundo ele, neste momento, o foco do grupo que ampara Lula � corrigir distor��es fiscais, garantindo pol�ticas p�blicas como os repasses mensais de R$ 600 aos socioeconomicamente vulner�veis.

"A prioridade � conseguir corrigir para garantir que o or�amento de 2023 contemple um m�nimo de investimentos sociais neste pa�s. O debate de minist�rios vai ser na sequ�ncia. E, ocorrendo, o Psol vai fazer a discuss�o com a Rede", projetou.


Psol quer compromissos da campanha na transi��o


Em abril, quando Lula ainda era pr�-candidato ao Pal�cio do Planalto e as negocia��es pelo apoio do Psol avan�avam, o partido de Boulos entregou ao PT uma carta com 12 compromissos que deveriam ser incorporados ao plano de governo. No documento, estavam t�picos como a revoga��o do Teto de Gastos e da Reforma Trabalhista, bem como o enfrentamento � crise clim�tica.

De acordo com Boulos, a agenda vai ser levada � transi��o. A ideia � que o Psol reforce a defesa dos pontos publicizados em abril. O deputado eleito reivindica a formula��o de pol�ticas que permitam investimentos em moradias populares, saneamento b�sico e infraestrutura - essa �ltima, como mola propulsora da gera��o de emprego e renda.

"Precisamos fazer o investimento p�blico acontecer em obras essenciais, em educa��o e em ci�ncia e tecnologia. Isso passa naturalmente por um debate tribut�rio, uma reforma tribut�ria progressiva", defendeu o futuro parlamentar, citando a possibilidade de institui��o de um Imposto Sobre Grandes Fortunas, que chegou a ser defendido publicamente durante o per�odo pr�-eleitoral por outro aliado de Lula: o deputado federal Andr� Janones (Avante-MG). 

"O presidente Lula se comprometeu, na campanha, com a isen��o do Imposto de Renda das fam�lias que ganham at� R$ 5 mil. Mas isso precisa vir junto, para equilibrar a arrecada��o, com o aumento da tributa��o de milion�rios. Esse debate, da taxa��o de grandes fortunas, de lucros e dividendos, passa pelo Congresso", assinalou Boulos.

No in�cio da semana, Juliano Medeiros tamb�m defendeu a transi��o como espa�o de afinamento das pautas a serem encampadas pelo futuro governo. "Ser� uma oportunidade de fortalecer uma agenda de esquerda para 2023 e compreender o tamanho dos desafios que temos diante de n�s".

Projeto do partido passa por S�o Paulo em 2024

Apesar do triunfo na corrida por uma cadeira no Congresso Nacional, Boulos n�o descarta a possibilidade de disputar, pela segunda vez, a Prefeitura de S�o Paulo. Dois anos atr�s, ele foi ao segundo turno, mas perdeu para Bruno Covas (PSDB) — que foi v�tima de c�ncer e deu lugar a Ricardo Nunes (MDB), eleito vice-prefeito. 

� �poca, o PT lan�ou Jilmar Tatto, mas deu apoio a Boulos no segundo turno. A constru��o teve, inclusive, participa��o importante de Lula. Fizemos acordo, compromisso p�blico do PT nos apoiar em 2024. Ent�o pretendo sim ser candidato a prefeito, mas antes disso vou cumprir a miss�o no Congresso em 2023. A expectativa, agora, � ter o apoio dos petistas desde o primeiro turno.

"Fizemos acordo, (um) compromisso p�blico do PT nos apoiar em 2024. Ent�o, pretendo, sim, ser candidato a prefeito, mas, antes disso, vou cumprir a miss�o no Congresso em 2023", pontuou.


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