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Estado de Minas ENTREVISTA

Boulos sobre sigilos de Bolsonaro: 'Vai sair rato e tudo o que n�o presta'

Deputado federal eleito comparou restri��es impostas pelo presidente a um 'por�o velho' e defendeu que o pol�tico do PL preste contas � Justi�a


10/11/2022 08:00 - atualizado 10/11/2022 11:49

O deputado federal eleito Guilherme Boulos (Psol-SP) cr� que, a partir do pr�ximo ano, o presidente Jair Bolsonaro (PL) vai ter de prestar contas � Justi�a sobre poss�veis crimes cometidos � frente do governo federal. Cr�tico dos sigilos centen�rios impostos por Bolsonaro a dados pessoais de integrantes de sua administra��o, Boulos disse, ontem, em entrevista exclusiva ao Estado de Minas, que a derrubada das restri��es, promessa do presidente eleito Luiz In�cio Lula da Silva (PT), vai trazer � tona elementos dignos de um "por�o velho".

"Sabe aquele por�o velho, que ningu�m abre e s� sai rato, barata, tudo o que n�o presta, at� escorpi�o? � isso o que vai acontecer quando abrir o sigilo de 100 anos", disse.

O pessolista acusou Bolsonaro de ter mexido na estrutura da Pol�cia Federal no Rio de Janeiro para evitar investiga��es sobre supostas "rachadinhas" salariais cometidas pelo senador Fl�vio Bolsonaro (PL-RJ) e barrar a apura��o em torno da execu��o de Marielle Franco (Psol), vereadora da capital fluminense.

"Ele (Bolsonaro vai receber sucessivos procedimentos, inqu�ritos e investiga��es e vai ter de responder pelos crimes", projetou. Embora diga que Lula tem a miss�o de "pacificar os �nimos" e pregar o di�logo, Boulos garante que a coaliz�o respons�vel por amparar a campanha do PT n�o vai abrir m�o da agenda defendida durante o per�odo eleitoral.

Segundo ele, a constru��o de pontes com outros setores da sociedade civil n�o implicam em "anistia" a Bolsonaro.

"Estou entre aqueles que acha que Jair Bolsonaro e seus filhos, os milicianos que governaram com ele, v�o ter de responder pelos crimes que cometeram. A pacifica��o do pa�s n�o significa esquecimento nem 'passar pano' para atitudes criminosas", opinou. "Quando falo em Bolsonaro responder por seus crimes, isso acontecer� a partir de 1º de janeiro de 2023, quando ele n�o ter� mais foro especial. Isso passar� pelas acusa��es criminais em primeira inst�ncia, como qualquer cidad�o. Ele ter� de responder", completou.

Como mostrou o EM em agosto, Bolsonaro se baseia em uma brecha da Lei de Acesso � Informa��o (LAI) para decretar os sigilos. O amparo est� em trecho que permite dar car�ter secreto a dados cuja informa��o, mesmo que haja interesse p�blico, possam violar a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem de uma pessoa.

Protestos n�o v�o proteger Bolsonaro, cr� Boulos


Bolsonaro diminuiu o n�mero de apari��es p�blicas desde a derrota para Lula, em 30 de outubro. A primeira fala do presidente ap�s o rev�s foi na ter�a-feira (1/11), quase 48 horas ap�s a proclama��o do resultado. O discurso, ali�s, n�o teve nenhuma men��o � derrota para o petista.

Do fim do segundo turno para c�, bolsonaristas t�m feito protestos em rodovias e ruas das cidades reivindicando interven��o das For�as Armadas e o impedimento da posse de Lula. Para Boulos, os atos com pautas antidemocr�ticas n�o s�o capazes de gerar um escudo para impedir a eventual discuss�o judicial de quest�es como a postura do atual presidente ante a pandemia de COVID-19.

 

 

"Se ele quer se cacifar como lideran�a de oposi��o ao Lula, cometendo mais crimes, s�o mais crimes que entram na ficha corrida que ele ter� de responder. Porque o que ele faz, ao n�o reconhecer os resultados das elei��es, ao orientar a Pol�cia Rodovi�ria Federal a prevaricar, como aconteceu, � tamb�m crime", assinalou.

Candidato a prefeito de S�o Paulo em 2020, Boulos assegurou n�o estar preocupado com as manifesta��es. Ele, inclusive, relaciona os movimentos a grupos que ganham tons "caricatos".

"� l�gico que o bolsonarismo vai seguir na for�a de oposi��o ao Lula, mas essa disputa vai se dar no Congresso Nacional, no �mbito da agenda pol�tica do pa�s, na mobiliza��o de ruas, na disputa cultural e de valores, que vai ser travada", explicou.


Assista a entrevista completa: 


 


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