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Estado de Minas R$ 175 BILH�ES

PEC da Transi��o come�a a ser apreciada hoje na CCJ do Senado

O objetivo principal � manter o valor previsto originalmente, de R$ 175 bilh�es, referentes ao Bolsa Fam�lia e R$ 23 bilh�es oriundos de excesso de arrecada��o


06/12/2022 08:04 - atualizado 06/12/2022 08:50

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (foto: Roque de S�/Ag�ncia Senado)
A PEC da Transi��o come�a a ser debatida, hoje, na Comiss�o de Constitui��o, Justi�a e Cidadania (CCJ) do Senado, a partir das 9h30, e pode ser votada no colegiado at� o fim do dia, segundo expectativa dos articuladores pol�ticos do governo eleito.

Alinhado com a necessidade de urg�ncia da medida, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), incluiu a proposta na pauta de amanh� do plen�rio da Casa. Se aprovado, o texto segue logo para a C�mara, onde deve ser apreciado e votado na semana que vem.
 
Segundo o senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator da proposta que abre espa�o fiscal para o novo governo em 2023, ontem foi dia de "articula��es, negocia��es e conversas com os senadores" para "contar os votos". Castro, que tamb�m � o relator do Or�amento do ano que vem, participou de uma reuni�o com Pacheco e com os presidentes da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), e da CCJ, senador Davi Alcolumbre (Uni�o-AP), al�m de lideran�as partid�rias na resid�ncia oficial da C�mara.
 
O governo de transi��o admite que a excepcionaliza��o de recursos ter� dura��o de apenas dois anos, metade do prazo estipulado no projeto original de Castro. O objetivo principal das negocia��es, agora, � manter o valor previsto originalmente, de R$ 175 bilh�es, referentes ao pagamento dos benefici�rios do Bolsa Fam�lia mais R$ 23 bilh�es oriundos de excesso de arrecada��o, que seriam destinados a investimentos.
 
"Provavelmente, a PEC ser� modificada em um substitutivo por dois anos. Foram apresentados quatro anos, mas, como h� muita resist�ncia e h� um grupo expressivo tanto de senadores quanto de deputados defendendo o per�odo de um ano, e os t�cnicos argumentam que deveria ser de, no m�nimo, dois anos, n�s estamos trabalhando para que a PEC seja aprovada com validade de dois anos", explicou Castro.
No encontro de ontem, foi definido que a relatoria da PEC na CCJ e no plen�rio ser� do senador Alexandre Silveira (PSD-MG), aliado de Luiz In�cio Lula da Silva nas elei��es presidenciais. Qualquer altera��o no texto inicial, como a redu��o do prazo de vig�ncia de quatro para dois anos, dever� ser feita hoje na CCJ, j� que n�o haver� tempo at� o fim do ano para votar novas modifica��es.
 
Os parlamentares devem, tamb�m, incluir na PEC a antecipa��o dos R$ 23 bilh�es em recursos extraordin�rios para serem usados ainda neste ano pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Essa antecipa��o pode facilitar a aprova��o da proposta, j� que atende � necessidade do atual governo de honrar compromissos.

"Caminho da pol�tica"

A inclus�o dos recursos extraordin�rios foi defendida, inclusive, pelo l�der do PT na C�mara, Reginaldo Lopes (PT-MG), que tamb�m participou do encontro. "Acho que � um bom caminho, � o caminho da pol�tica", respondeu o parlamentar ao ser questionado, na sa�da da reuni�o, se a medida havia sido discutida.

Assim como Castro, Lopes avalia que a converg�ncia maior � pelo prazo de dois anos, mas n�o h�, ainda, acordo sobre poss�veis redu��es de montante. "O valor est� bem precificado. � imposs�vel governar o Brasil sem um espa�o or�ament�rio de R$ 105 bilh�es. � o m�nimo necess�rio para o funcionamento do Estado brasileiro", defendeu o l�der. 
O governo eleito espera que a PEC seja aprovada at� 15 de dezembro, para garantir o pagamento do Bolsa Fam�lia em janeiro, no valor de R$ 600 por fam�lia. O Or�amento de 2023, da forma como foi enviado ao Congresso, comporta apenas o pagamento de um aux�lio de R$ 405. Caso o texto n�o seja aprovado a tempo, membros da transi��o j� falam em outras medidas para assegurar o pagamento aos benefici�rios, incluindo a edi��o de uma medida provis�ria (MP). Nesse caso, a PEC s� seria definida no ano que vem.
 
A aprova��o no Senado � dada como certa pela transi��o, mas o texto pode enfrentar dificuldades na C�mara. Na semana passada, Lula conseguiu costurar pessoalmente uma base ampliada com MDB, PSD e Uni�o Brasil. A base de Bolsonaro, por�m, fala em restringir a PEC a R$ 80 bilh�es, suficiente apenas para pagar o benef�cio de R$ 600, excluindo os demais programas em risco de colapsar por falta de verba, como o Farm�cia Popular e o Programa Nacional de Imuniza��o.

Disputa pelos R$ 105 bilh�es 

A limita��o por dois anos � a primeira desidrata��o da PEC da Transi��o. L�deres do Senado ainda pressionam para carimbar a destina��o dos R$ 105 bilh�es que ser�o liberados do Or�amento e que est�o sujeitos ao teto de gastos. O presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (Uni�o-PA), quer usar o espa�o para destinar R$ 10,8 bilh�es da Uni�o a estados e munic�pios em 2023.

 

O recurso transferido aos governos estaduais e prefeituras sairia do espa�o aberto pela retirada do Bolsa Fam�lia do teto, conforme proposta de Alcolumbre. O presidente da CCJ apresentou uma emenda para repassar R$ 7,2 bilh�es a estados e R$ 3,6 bilh�es a munic�pios no ano que vem por meio da medida. O objetivo � bancar despesas da �rea da sa�de, incluindo o piso nacional da enfermagem.

Outra altera��o est� em discuss�o e deve entrar no parecer da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ). Senadores querem retirar as despesas relativas ao Seguro Rural do teto de gastos e das outras regras fiscais tamb�m por dois anos, proposta com impacto de R$ 1,1 bilh�o somente em 2023.

A articula��o envolve aceitar uma emenda do senador Zequinha Marinho (PL-PA) e fazer uma sinaliza��o ao agroneg�cio. A decis�o abriria margem para outros setores tamb�m reivindicarem flexibiliza��es na PEC. O seguro rural coloca dinheiro da Uni�o no setor em contratos feitos por produtores rurais para prevenir danos com desastres naturais e quedas abruptas de pre�os. “Dada a import�ncia do seguro rural para o setor, � fundamental que este esteja excepcionalizado no teto or�ament�rio”, afirmou Marinho ao apresentar a emenda.

Or�amento secreto

As mudan�as foram resultado de reuni�es entre os presidentes da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ao longo do dia de ontem. Participaram das conversas, tamb�m, o relator do Or�amento de 2023, Marcelo Castro (MDB-PI); o presidente da Comiss�o Mista de Or�amento, Celso Sabino (Uni�o-PA); e o relator do Or�amento de 2022, Hugo Leal (PSD-RJ).

 

L�deres do Congresso tamb�m querer usar a PEC para abrir um espa�o fiscal no Or�amento de 2022 e liberar o pagamento de emendas do or�amento secreto, que est�o bloqueadas. O presidente Jair Bolsonaro mandou suspender a libera��o das verbas ap�s aliados fecharem acordos com o presidente eleito Luiz In�cio Lula da Silva (PT). 


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