
Ao tomar posse neste domingo (1º) para seu terceiro mandato presidencial, Lula tamb�m falar� sobre os desafios � frente do governo, al�m de pregar a uni�o e a pacifica��o do pa�s.
A programa��o da posse prev� dois pronunciamentos: pouco depois das 15h no Congresso Nacional e �s 16h45 no parlat�rio do Pal�cio do Planalto. Os discursos dever�o ter dura��o de cerca de 15 a 20 minutos cada.
�s v�speras da cerim�nia de posse, a reda��o final dos pronunciamentos estava restrita a poucos colaboradores de Lula, segundo os quais o texto ainda poder� sofrer mudan�as. Aliados do presidente apostam na inclus�o de seus habituais improvisos, especialmente no parlat�rio.
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H� a possibilidade ainda de Lula dar uma declara��o � noite, durante um dos shows do Festival do Futuro na Esplanada dos Minist�rios -mas a decis�o s� ser� tomada no dia, ap�s avalia��o sobre as condi��es de seguran�a.
O discurso no Congresso Nacional, que ocorrer� logo ap�s a assinatura do ato que o efetivar� no cargo, ser� voltado a autoridades e ter� car�ter mais institucional. Lula tem dito em conversas com deputados que n�o quer cansar a audi�ncia.
Segundo aliados, o presidente pretende exaltar a pol�tica como ferramenta para fortalecimento da democracia.
Aos parlamentares e demais autoridades no Congresso dever� seguir mais fielmente o texto redigido e enaltecer o respeito �s institui��es.

O presidente prometer� previsibilidade na condu��o da pol�tica econ�mica e reconquista de credibilidade internacional, evocando seus dois mandatos anteriores como prova de sua responsabilidade fiscal.
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Ele afirmar� ainda que o Brasil vai recuperar suas rela��es internacionais, o que contribuir� para a economia do pa�s.
Para aliados, a descri��o dos problemas deixados por Bolsonaro servir� para fundamentar a promessa de um futuro melhor. Ele dever� condenar, por exemplo, a pol�tica armamentista do atual chefe do Executivo para propor a paz.
Lula tamb�m dever� citar os n�veis de desmatamento para estabelecer como meta a defesa do meio ambiente.
J� no discurso no parlat�rio, em que simbolicamente ele se dirige aos populares na Pra�a dos Tr�s Poderes, Lula definir� como priorit�ria a retirada do Brasil do mapa da fome.
Tanto no Congresso como no parlat�rio, Lula dever� afirmar que o Brasil voltou a ter fome e que combater a mis�ria � sua prioridade. Segundo aliados, Lula apontar� que a sociedade saiu dividida das elei��es e pregar� a reconcilia��o do pa�s.
O petista foi eleito em 30 de novembro, no segundo turno, com 50,9% dos votos v�lidos contra 49,1% de Bolsonaro, uma diferen�a de 2,1 milh�es de votos.
Desde ent�o, apoiadores de Bolsonaro t�m realizado protestos pelo pa�s e inclusive acamparam em frente a quart�is militares questionando o resultado das urnas, em atos antidemocr�ticos com pedidos de interven��o das For�as Armadas.
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O discurso de posse ainda ocorrer� nove dias depois de um bolsonarista armar um explosivo em um caminh�o em local pr�ximo ao aeroporto de Bras�lia. O artefato foi encontrado e desativado pela pol�cia.
George Washington de Oliveira Sousa, o apoiador que planejou o atentado, disse em depoimento que a ideia era "dar in�cio ao caos" que levaria � "decreta��o do estado de s�tio no pa�s", o que poderia "provocar a interven��o das For�as Armadas".
Diante dos acontecimentos, Lula criticar� no Congresso amea�as � democracia e ressaltar� a import�ncia da pol�tica no processo de reconstru��o do pa�s.
O petista entregou 9 dos 37 minist�rios a MDB, Uni�o Brasil e PSD, partidos de centro que n�o o apoiaram na elei��o. O objetivo foi atra�-los para sua base de apoio no Parlamento.
Tanto em conversas reservadas como publicamente, Lula tem dito n�o ter "medo de escolher pol�tico" para sua equipe.

"Porque sou daqueles que acha que, fora da pol�tica, a gente n�o encontra solu��o para quase nada neste planeta", afirmou o petista recentemente, numa pr�via do discurso que deve adotar na posse.
Segundo aliados, Lula deve dizer nos discursos que come�ar� o mandato com o Brasil em situa��o econ�mica e socialmente dif�cil; tamb�m falar� sobre os desafios que enfrentar�.
Dever� afirmar que o Brasil, no governo Bolsonaro, ficou posicionado como p�ria no mundo e que isso prejudica o pa�s do ponto de vista econ�mico.
Um dos principais aspectos do discurso no Parlamento ser� a avalia��o de que o governo dar� foco �s rela��es internacionais com v�rios pa�ses e que isso se refletir� em um ambiente favor�vel � atra��o de investimentos.
Lula condenar� o discurso de �dio e fake news que predominou durante a campanha presidencial.
De acordo com aliados, o discurso ser� semelhante ao que ele fez quando ganhou a elei��o. Naquele dia, Lula afirmou que "n�o existem dois Brasis" e prometeu trabalhar pela concilia��o do pa�s.
O petista n�o mencionou na ocasi�o o nome de Bolsonaro e defendeu ainda o retorno � normalidade democr�tica e a volta de pol�ticas de combate � desigualdade social. Ele tamb�m colocou o combate � fome como prioridade.