
Com o repasse da �rea, o munic�pio tem at� o fim de maio para apresentar o projeto de uso do local, de cerca de 500 mil m². Na �ltima ter�a-feira (4/4) foi formalizado o conv�nio entre a prefeitura da capital e a Uni�o para que o munic�pio passe a ser o respons�vel pela explora��o do espa�o.
A Prefeitura de Belo Horizonte j� � respons�vel pela vigil�ncia e seguran�a da �rea. Desde o dia 1º de abril, apenas decolagens de aeronaves que j� est�o estacionadas nos hangares est�o autorizadas. Todos os equipamentos que est�o no aeroporto devem ser retirados no prazo de dois meses.
Utiliza��o da �rea
A proposta original de Fuad Noman para o espa�o inclu�a usar a �rea para a constru��o de moradias, parques, escolas e um centro de sa�de. O prefeito anunciou as ideias logo ap�s acidente em 11 de mar�o, quando uma aeronave caiu em casas pr�ximas ao terminal e o piloto faleceu.
A desativa��o do aeroporto � tema de discuss�es antigas e foi adiada por tr�s vezes pelo governo federal antes de ser consumada. Pilotos, donos de escolas de avia��o e aprendizes se manifestam desde ent�o pela perman�ncia do terminal em funcionamento.
Em 29 de mar�o, eles fizeram um movimento contra a transfer�ncia de parte das atividades do Carlos Prates para o Aeroporto da Pampulha. Segundo os manifestantes, outros aeroportos da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte n�o s�o capazes de comportar a demanda necess�ria e, na Pampulha, n�o h� hangares suficientes para todas as aeronaves.
A utiliza��o do espa�o e a realoca��o das atividades antes realizadas no Aeroporto Carlos Prates mobilizou discuss�es tamb�m em Bras�lia. O deputado federal Samuel Viana (PL), por exemplo, entregou ao ministro M�rcio Fran�a um documento da Prefeitura de Conselheiro Lafaiete, a cerca de 100 quil�metros de BH, se disponibilizando a receber a demanda do terminal da capital. Outros parlamentares atuaram pela manuten��o das atividades do aeroporto.
Para o senador Carlos Viana (Podemos), o futuro do aeroporto deve comportar a perman�ncia de um heliponto para a necessidade de servi�os de urg�ncia como no caso do Corpo de Bombeiros. “A minha ideia � preservar o aeroporto pelo menos como heliponto. Criar ali uma exig�ncia, por enquanto, s� para helic�ptero. Por exemplo: os Bombeiros quando v�o apagar inc�ndio na Serra do Curral usam o Aeroporto Carlos Prates porque � mais perto e pr�tico para reabastecer”, disse o senador ao Estado de Minas.
Anel Rodovi�rio
Em sua ida a Bras�lia, Fuad tamb�m esteve com o diretor-geral da Ag�ncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Rafael Vitale Rodrigues. O prefeito de BH tratou sobre poss�veis solu��es para aumentar a seguran�a no Anel Rodovi�rio da capital.
No dia 31 de mar�o, o Governo de Minas Gerais oficializou o contrato de concess�o � iniciativa privada do Rodoanel da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. As obras ser�o feitas e a via administrada pelo grupo italiano INC S.P. A expectativa � que os trabalhos comecem no in�cio de 2024, e se estendam at� 2028.
A empresa ser� respons�vel pela manuten��o e opera��o do anel rodovi�rio durante 30 anos. Com 100 quil�metros de malha rodovi�ria, o Rodoanel vai passar por Belo Horizonte e outras 10 cidades da regi�o metropolitana, entre elas Contagem e Betim, que criticaram vigorosamente o tra�ado do projeto.
A obra promete desafogar o tr�nsito da RMBH, reduzindo o tempo de viagem no trecho em at� 50 minutos. “� um projeto que vai fazer com que o estado mude, muito, e para melhor. Como empres�rio, eu sei que passar pela regi�o metropolitana sempre foi um pesadelo”, disse o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, na �poca da assinatura do contrato.
O governo de Minas ir� investir R$ 3,07 bilh�es no projeto, montante vindo do acordo judicial assinado com a Vale pelo rompimento da barragem de Brumadinho, enquanto a concessionaria ficar� respons�vel por cerca R$ 2 bilh�es.