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Estado de Minas JUSTI�A ELEITORAL

C�rmen L�cia rebate Nunes Marques: "N�o somos coitadas, somos cidad�s"

Tribunal Superior Eleitoral se reuniu em plen�rio para analisar um caso de fraude de cota de g�nero. Marques afirmou que � preciso ter empatia com mulheres


27/04/2023 14:17 - atualizado 27/04/2023 14:52


A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) C�rm�m L�cia rebateu os argumentos do ministro Kassio Nunes Marques em uma a��o que julga fraude em cotas de g�nero no munic�pio de Itai�aba, Cear�. A corte analisa o caso de uma candidata que recebeu nove votos nas elei��es municipais de 2020 e denunciou ter sido “abandonada” pelo partido. 

Os ministros do TSE se reuniram em sess�o plen�ria nesta quinta-feira (27/4). Em sua fala, Nunes Marques considerou que n�o teria havido fraude, dizendo haver uma dificuldade para que as mulheres sem afinidade com a pol�tica consigam votos. O ministro ressaltou que as provas testemunhais atestam que as candidatas participaram de eventos partid�rios e que os gastos, embora pequenos, s�o compat�veis com in�meros outros.

“No entanto, a partir do momento que ela se filia h� um completo abandono do diret�rio municipal em rela��o a candidatura. A gente precisa ter um pouco de empatia com essas mulheres. Nunca participaram de campanha eleitoral, n�o sabem como percorrer esse caminho durante o pleito. (...) Devemos ter empatia porque n�o � f�cil para uma mulher do povo simples, se candidatar e ter 9 votos numa cidade dessa”, observou o ministro Nunes Marques.

O ministro ainda destacou que o argumento de “falta de engajamento em m�dias sociais” � muito raso para uma cidade com pouco mais de seis mil habitantes. C�rmen L�cia quis dialogar com a fala do colega ministro e discordou da sua argumenta��o.
Para ela, a lei de cotas precisa ser respeitada para que haja uma condi��o m�nima de igualdade de oportunidades. “O que n�s queremos n�o � empatia, � respeito aos nossos direitos. E � essa a educa��o que a justi�a eleitoral tem a tradi��o de oferecer, e de reconhec�-la (mulheres) como pessoa dotada de autonomia, e n�o precisar de amparo”, disse C�rmen L�cia.

“� preciso que tenha educa��o c�vica para todos cidad�os brasileiros participarem igualmente, livremente, autonomamente, das campanhas eleitorais, da vida pol�tica de um pa�s. (...) N�s n�o queremos ser coitadas, queremos ser cidad�s iguais. A desigualdade, ministro, est� nesse tipo de tratamento”, afirmou a ministra. 

Cármen Lúcia
Ministra do TSE afirmou que a lei de cotas precisa ser respeitada para que haja uma condi��o m�nima (foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE)


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