
A proposta de PEC deve ser protocolada por Wagner na semana seguinte ao 7 de Setembro e conter as regras para que militares sejam transferidos para a reserva no momento do registro de uma candidatura. Quem tiver o tempo de servi�o necess�rio passar� para a reserva remunerada, ressaltou Wagner.
A medida faz parte da reiterada cobran�a do presidente Luiz In�cio Lula da Silva em despolitizar as For�as Armadas, em especial, ap�s os ataques de 8 de janeiro. Na avalia��o do governo, as for�as foram contaminadas pelo bolsonarismo na gest�o anterior, com mais de 6 mil militares ocupando cargos na Esplanada.
Mas a proposta negociada na Defesa recuou em rela��o � minuta que vinha sendo discutida e previa a transfer�ncia para a reserva tamb�m dos militares que assumissem cargos civis, como ministro, como aconteceu ao, � �poca, general da ativa e hoje deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), que comandou a pasta da Sa�de na gest�o de Jair Bolsonaro (PL).
Segundo o l�der, a decis�o foi deixar a PEC o mais restrita poss�vel para facilitar a constru��o do consenso no parlamento. “A PEC apresentada pelos senadores se restringe �s candidaturas eleitorais”, disse Wagner, que apontou que o di�logo com o ministro da Defesa colaborou para a altera��o.
“O di�logo sempre faz isso, a gente evolui na posi��o. Realmente, originalmente tinha a inclus�o de ministros. Na evolu��o do di�logo, se percebeu que seria uma medida discriminat�ria, que n�o � um interesse nosso”, disse Wagner ap�s a reuni�o.
“Um cargo pol�tico de convite, ningu�m � ministro porque quer, � ministro porque � convidado, mas me parece ser de bom tom que se o presidente da Rep�blica convidar um militar para um minist�rio, que ele se dirija ao ministro da Defesa para ouvir a avalia��o dele sobre esse deslocamento”, completou o l�der.
Apesar da proposta criar uma restri��o aos militares, a iniciativa contou com o apoio dos comandantes das tr�s for�as em fun��o do entendimento que a medida � necess�ria para manter a disciplina da caserna. J� a restri��o da atua��o em postos civis n�o convenceu os fardados. O senador Otto Alencar foi cauteloso ao comentar a politiza��o das for�as, que atribuiu a casos isolados.
“Foram casos isolados, eu n�o vou citar aqui, mas poderia citar nome por nome dos casos que aconteceram. Todo colegiado pode ter um ou outro caso, que venha a descumprir a legisla��o. Mas o grande contingente das For�as Armadas sempre se comportou corretamente. Como � um colegiado muito grande, pode ter um ou outro caso que, de maneira nenhuma, vai deslustrar a imagem das nossas For�as Armadas”, disse Alencar.
O ministro das Rela��es Institucionais, Alexandre Padilha, falou rapidamente e se limitou em indicar que a PEC se restringia aos casos de candidaturas eleitorais e refor�ou que o governo deve defender no parlamento a proposta que foi alinhada com a Defesa.
A proposta mais branda para a caserna � uma vit�ria dos esfor�os conciliadores do ministro Jos� M�cio. Ele vem, desde a posse de Lula, sido contemporizador com os militares, na busca de uma sa�da negociada para a crise de confian�a que se instaurou entre a caserna e o Planalto.