(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas TROCA DE GEST�O

Ministro do Esporte promete continuar projetos de Ana Moser

No lugar de Ana Moser, novo ministro de Lula quer construir uma ponte de di�logo entre o Executivo e o Parlamento. Al�m disso, pretende atrair recursos e dar continuidade aos projetos em andamento criados pela antecessora


18/09/2023 08:10 - atualizado 18/09/2023 08:17
440

André Fufuca
Ministro do Esporte, Andr� Fufuca. (foto: (Minervino J�nior/CB/D.A.Press))

Andr� Luiz de Carvalho Ribeiro, mais conhecido como Andr� Fufuca, apelido herdado do pai Francisco, um conhecido l�der pol�tico do Maranh�o, assumiu o Minist�rio do Esporte, antes comandada pela medalhista ol�mpica Ana Moser. Representando a entrada do Partido Progressistas (PP) no governo, mesma legenda do presidente da C�mara, Arthur Lira (AL), Fufuca aposta em usar a experi�ncia como parlamentar para ampliar recursos e projetos da pasta.

 

Para isso, Fufuca promete despachar regularmente no Congresso. Como mais um ministro oriundo do Centr�o, deve buscar o parlamento e turbinar sua atua��o. Apesar de se dizer satisfeito com a aprova��o pela C�mara do projeto que taxa as apostas esportivas, as bets, espera conseguir ampliar a parcela do Esporte na divis�o do bolo.

 

Nesse intento pode esbarrar no colega Celso Sabino, outro ministro vindo do parlamento que conseguiu negociar uma parcela das apostas para financiar os projetos da pasta e a Embratur. Apostando no discurso da uni�o e concilia��o, mesmo depois de apoiar Jair Bolsonaro (PL) no �ltimo pleito, diz que far� campanha para o presidente Luiz In�cio Lula da Silva caso o petista seja candidato � reelei��o.

 

Veja os principais trechos da entrevista exclusiva que o novo ministro concedeu ao Correio Braziliense:

Ministro, quais as expectativas da nova gest�o?

�, sem sombra de d�vida, a melhor poss�vel. N�s temos disposi��o, vontade de trabalhar, humildade de aprender e acima de tudo o esp�rito do coletivismo e da comunh�o.

 

E o balan�o dos 8 meses da ministra Ana Moser?

A ministra Ana Moser tinha um perfil mais t�cnico, um perfil de consolida��o de projetos, um perfil de formula��o e elabora��o de projetos. N�s temos um perfil mais de realiza��o, de constru��o, de solidifica��o, de tirar do papel e tornar realidade. Ent�o s�o duas �reas que se complementam, os projetos e as a��es. A ministra Ana Moser tem projetos interessantes, alguns em fase final, outros come�ando, mas que n�s temos, com o tempo de se aprofundar neles, e tentar achar solu��es or�ament�rias para os tornar realidade.

Quais projetos ficam no legado de Moser?

A ministra tem um projeto muito parecido com uma ideia, um pensamento nosso e do presidente Lula, que � voltado � democratiza��o do esporte. Democratiza��o atrav�s da uni�o com outros minist�rios, como a Seguridade Social, Educa��o e Sa�de. Outra ideia da ministra ser� a reformula��o e amplia��o do programa Segundo Tempo, al�m da amplia��o do programa Bolsa Atleta. Al�m da quest�o da paridade, que eu concordo totalmente. Hoje � totalmente desleal se voc� pegar a remunera��o de um atleta masculino comparado a uma atleta feminina.

 

Uma das cr�ticas ao senhor assumir o Minist�rio � exatamente a redu��o da participa��o feminina na Esplanada. O presidente renunciou ao compromisso de igualdade?

De forma alguma, at� porque a paridade n�o se d� apenas na linha central de um Minist�rio, ela se d� na constru��o e no corpo do Minist�rio e aqui dentro n�s teremos paridade, sim, na quantidade e nos espa�os dos funcion�rios do Minist�rio do Esporte.

Dentro do Minist�rio?

Sim, trabalharemos nesse intuito.

 

Na posse o senhor mandou um recado para a ministra N�sia Trindade, o PP n�o tem mais interesse na Sa�de?

Eu n�o vou dizer que foi um recado, foi mais uma mensagem clara e transparente do que sempre aconteceu. O Progressistas pegou a fama de brigar e de querer o Minist�rio da Sa�de, quando n�s nunca pedimos. Eu duvido que qualquer representante do Planalto diga que membros do PP tenham pedido a Sa�de. Na �poca, quem falava pela bancada era o presidente Arthur Lira e eu, na condi��o de l�der. Duvido que qualquer membro da Esplanada diga que alguma vez a gente fez esse pedido.

O senhor, com a experi�ncia parlamentar, far� como vem fazendo o ministro Sabino, e buscar� o parlamento para viabilizar projetos da pasta?

Quando eu falei no meu discurso que o minist�rio vai estar de portas abertas para o Brasil, eu falei n�o apenas no sentido figurativo, falei pela quest�o concreta, real, � um pensamento que eu tenho. Inclusive na quarta-feira despacharei no Congresso Nacional, at� porque eu acho que � uma forma de a gente demonstrar proximidade e respeito com uma institui��o eleita, que representa o povo brasileiro.

 

Onde vai despachar?

Eu vou despachar na lideran�a do governo e nas outras lideran�as. Eu vou fazer uma "tour" nas outras lideran�as, n�o t�m por que eu n�o ir � lideran�a do PP, PMDB, PSD, PSDB, do Cidadania. Eu sempre tive uma rela��o muito pr�xima com todos l�, tanto que por duas vezes me elegeram para a mesa.

 

Pouco antes da reforma, se falou muito de um minist�rio turbinado, o Esporte vai ficar com a secretaria das apostas, ou fica com a Fazenda. J� est� definido isso?

A gente tem um projeto de ampliar o minist�rio, projeto que � comungado pelo Executivo. Ampliando algumas secretarias, de empreendedorismo e diretorias, como de esportes, voltadas a quest�es sociais e uma diretoria de apostas.

 

Sai da Fazenda?

Eu n�o estou dizendo que vai sair da Fazenda, porque l� o que tem � uma Secretaria, eu estou dizendo que aqui ter� uma diretoria de apostas. Por�m, a rela��o de qual ser� a incumb�ncia dos dois, n�s iremos definir com o ministro Haddad. Qual ser� a pertin�ncia que ficar� para a gente, e qual a pertin�ncia ficar� com a Secretaria do Minist�rio da Fazenda.

 

As conversas j� definiram algo?

N�o, at� porque as conversas em rela��o a esse assunto ainda n�o come�aram.

 

O projeto das apostas esportivas foi aprovado na C�mara, mas com mudan�as na divis�o do tributo. O Turismo foi um dos vitoriosos, como pleiteava o ministro Sabino. Ficou boa a divis�o feita pela C�mara? 

A divis�o foi acertada no que diz respeito �s �reas que ser�o beneficiadas, mas eu acho que o Esporte poderia ampliar um pouco mais.

 

A parcela do esporte ficou pequena?

N�o estou dizendo que ficou pequena, mas poderia ficar maior.

 

Ent�o vai gastar bastante sola de sapato na busca dessas altera��es?

Mas n�o tenho problema, � aqui do lado e d� para ir at� a p�, � aqui do lado.

 

O PP declarou independ�ncia, mas o senhor est� no governo, foi uma escolha pessoal?

De forma nenhuma, a escolha foi coletiva, at� porque eu fui representante de uma bancada de deputados. Fizemos uma reuni�o para fechar a quest�o se ir�amos ou n�o, depois fizemos uma reuni�o para ver qual seria o nome e ainda fizemos outra reuni�o para decidir se aceitar�amos ou n�o o Minist�rio do Esporte.

 

Qual � o tamanho dessa base no PP?

Eu acredito que o que vai ser solidificado � que j� est� sendo nesse per�odo, uns 70 a 80%. Por�m, eu n�o posso mensurar de forma pontual, at� porque eu n�o estou fazendo o acompanhamento como fazia como l�der, mas eu acredito que n�s teremos a solidifica��o desse potencial da nossa bancada.

 

O senhor chama de irm�o o senador Ciro Nogueira, est�o rompidos?

Estamos distantes uns dias a�. Na verdade, o Ciro adotou uma postura contr�ria ao atual governo, ele n�o era simp�tico que a gente assumisse essa miss�o. Ent�o a gente est� distante, mas nada que o tempo n�o v� sarar, n�o v� curar.

 

A rela��o ficou estremecida?

�, mas o irm�o tamb�m pode se distanciar e daqui a pouco volta. � quest�o de tempo, nada melhor do que o tempo para curar isso.

 

Vai trazer esse irm�o para o governo?

Olha, eu n�o vou dizer que vou convencer a, b ou c, eu vou dizer que eu vou ser um aliado leal, eu vou trabalhar para que a m�xima quantidade de parlamentares e pol�ticos do nosso partido possam apoiar tamb�m a gest�o do presidente Lula.

 

O senhor � um bolsonarista arrependido?

N�o, eu sou um lulista esclarecido, na verdade.

 

Mas o senhor fez campanha para o ex-presidente Bolsonaro...

Eu n�o fui o �nico a fazer campanha para quem hoje n�o � aliado do partido. V�rios que fizeram campanha no passado, que votaram no Bolsonaro, no Fernando Henrique, no Collor, no A�cio, que votaram no Alckmin e hoje fazem parte do governo, est�o dentro do governo. Isso faz parte da democracia, voc� discorda ou n�o de um ato. Eu, na �poca, caminhei de uma forma, agora eu tenho certeza de que irei caminhar de outra, ajudando. Tenha certeza de que o presidente Lula tem um aliado fiel, correto e leal ao lado dele, no dia de hoje e no futuro.

 

Vai apoiar a reelei��o do presidente Lula?

Se o presidente Lula for candidato, sem sombra de d�vida, ele ter� um amigo leal ao lado dele.

 

Mesmo sem o PP?

Eu acredito que gratid�o se paga com gratid�o. O gesto de corre��o do presidente Lula para comigo tem que ser pago com um gesto de gratid�o e corre��o minha para com ele. Assim que eu penso.

 

Quais s�o os pr�ximos passos na pasta que recebe parte dos recursos de apostas?

O que eu j� tenho em mente que ser�o os nossos pr�ximos passos s�o as coaliz�es com os outros minist�rios. O Minist�rio do Esporte pode crescer muito com outros minist�rios. Ele pode crescer em parceria com o Minist�rio da Educa��o, da Sa�de e da Seguridade Social, da Justi�a e Seguran�a P�blica, do Desenvolvimento Social, h� v�rias �reas que n�s podemos se abra�ar para ampliar o nosso trabalho. N�s temos tamb�m que nos ater a quest�o or�ament�ria, n�o d� para s� sonhar e n�o colocar em pr�tica. Para isso o Congresso � mais do que importante. Por isso que eu falo, n�s temos que ter alian�a com todos, temos que ter as portas abertas com todos. N�o posso fazer um Minist�rio fechado nesta sala e achar que eu vou resolver aqui, que eu n�o vou resolver absolutamente nada.

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)