
Durante seus dez anos integrando a maior inst�ncia do Judici�rio, Barroso participou de julgamentos como o Mensal�o, quest�es clim�ticas, ind�genas, candidaturas sem filia��o partid�ria, entre outros. O magistrado foi indicado pela ent�o presidente Dilma Rousseff (PT), em 2013.
O ministro nasceu em Vassouras, no interior do estado do Rio de Janeiro, em 11 de mar�o de 1958. Estudou Direito na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), local onde hoje atua como professor de Direito Constitucional.
Fez mestrado na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, doutorado na Uerj e p�r-doutorado na Universidade de Harvard, tamb�m no pa�s norte-americano.
Barroso assumiu a vaga de Ayres Britto, que � �poca se aposentou ap�s completar 70 anos, idade limite para integrar o STF na �poca.
Antes de ser indicado, o ministro era s�cio s�nior do escrit�rio Lu�s Roberto Barroso & Associados, que possuia representa��es em Bras�lia, Rio de Janeiro e S�o Paulo.
Alvo de Jair Bolsonaro
Em 2021, Lu�s Roberto Barroso, � �poca presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi chamado de 'filho da p*' pelo ent�o presidente Jair Bolsonaro (PL), durante visita a Santa Catarina. No mesmo dia, o presidente tinha ligado o ministro � pedofilia.
Quando Barroso n�o concordou com a ado��o do voto impresso nas elei��es de 2022, posi��o ferrenhamente defendida pelo ent�o presidente, Bolsonaro o chamou de "idiota" e "imbecil".
Anteriormente, Bolsonaro havia atribu�do a Barroso uma fala em defesa de pessoas maiores de idade terem rela��es sexuais com menores de 14 anos.
O Supremo soltou uma nota na �poca afirmando que, em julgamento de 2017, que o ministro votou pela continuidade de uma a��o contra um jovem de 18 anos acusado de se relacionar com uma menina de 13 anos.
'Perdeu, man�, n�o amola'
Em novembro do ano passado, enquanto estava em Nova York para participar de uma confer�ncia, o ministro rebateu um manifestante bolsonarista que questionava o processo eleitoral. "Perdeu man�, n�o amola", disse Barroso. A frase gerou mal-estar entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e foi pichada na est�tua da Justi�a por uma extremista no 8 de janeiro.
'N�s derrotamos o bolsonarismo'
Outro momento protagonizado por Barroso contra ideais bolsonaristas ocorreu 7 em julho deste ano, durante o Congresso da Uni�o Nacional dos Estudantes (UNE). “N�s derrotamos a censura, n�s derrotamos a tortura, n�s derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifesta��o livre de todas as pessoas”, afirmou, em resposta a um grupo que protestava com uma faixa contra ele. A fala foi criticada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que a classificou como "inconveniente".
Deputados e senadores reagiram � declara��o do ministro, pedindo abertura de protocolo para investig�-lo. Ap�s a repercuss�o negativa, Barroso se retratou e explicou que n�o tinha inten��o de ofender os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Na verdade, me referia ao extremismo golpista e violento que se manifestou no 8 de janeiro, e que corresponde a uma minoria. Jamais pretendi ofender os 58 milh�es de eleitores do ex-presidente, nem criticar uma vis�o de mundo conservadora e democr�tica, que � perfeitamente leg�tima", afirmou o magistrado na �poca.
For�as Armadas
Em abril, ap�s convidar militares para integrar o Comit� de Transpar�ncia das Elei��es, Barroso afirmou que as For�as Armadas estavam sendo usadas para atacar o processo eleitoral brasileiro. "Desde 1996, n�o tem nenhum epis�dio de fraude. Elei��es totalmente limpas, seguras. E agora se vai pretender usar as For�as Armadas para atacar. Gentilmente convidadas para participar do processo, est�o sendo orientadas para atacar o processo e tentar desacredit�-lo", ressaltou.
Piso da enfermagem
Em setembro do ano passado, o ministro foi alvo de protestos ap�s ele suspender a fixa��o de remunera��o m�nima aos profissionais da enfermagem, alegando falta de previs�o or�ament�ria. Depois, Barroso e os outros ministros do STF liberaram o pagamento do piso salarial nacional da enfermagem. A decis�o ocorreu depois que o Congresso Nacional aprovou uma Emenda � Constitui��o alocando recursos para que o reajuste seja concedido para todos os profissionais da �rea que ganham abaixo dos valores fixados pelo Legislativo.
Transporte gratuito nas elei��es
Outra decis�o marcante de Barroso foi autorizar que as prefeituras disponibilizassem transporte p�blico de passageiros gratuitamente no dia do segundo turno das elei��es. O magistrado entendeu tratar-se da garantia constitucional do direito de voto e que, por isso, n�o deveria haver discrimina��o de acordo com a prefer�ncia pol�tica do eleitor.Aborto
Ap�s o ministro Lu�s Roberto Barroso pedir destaque, o julgamento sobre descriminaliza��o do aborto at� a 12ª semana de gravidez ser� realizado de forma presencial, e n�o mais no plen�rio virtual. Ainda n�o h� data marcada para o retorno da an�lise do Supremo acerca do tema. Entretanto, como presidente da Corte, Barroso ter� a responsabilidade de pautar o assunto.
Descriminaliza��o do porte da maconha
Em 2015, o ministro defendeu a descriminaliza��o do porte de 25 gramas de maconha ou a planta��o de at� seis plantas f�meas da esp�cie, como uma forma de diferenciar o consumo (ou produ��o pr�pria) e o tr�fico. Na retomada do julgamento do tema, em agosto, Barroso aumentou a quantidade para 100 gramas. A an�lise da Corte sobre a descriminaliza��o foi suspenso por 90 dias ap�s pedido de vista do ministro Andr� Mendon�a.