
A preocupa��o com a sa�de ocular passou a se estender, tamb�m, aos procedimentos est�ticos realizados nos olhos. Isso porque alguns deles podem ser danosos e/ou oferecer riscos � vis�o do paciente.
Justamente por isso, o assunto ser� um dos temas tratados com relev�ncia no 64° Congresso Brasileiro de Oftalmologia, o CBO2020, a ser realizado entre 4 e 7 de setembro, a fim de conscientizar as pessoas e informar sobre os cuidados a serem tomados.
Justamente por isso, o assunto ser� um dos temas tratados com relev�ncia no 64° Congresso Brasileiro de Oftalmologia, o CBO2020, a ser realizado entre 4 e 7 de setembro, a fim de conscientizar as pessoas e informar sobre os cuidados a serem tomados.
Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl�stica Ocular (SBPCO) e professor da Universidade Federal de Ci�ncias da Sa�de de Porto Alegre, Ricardo Morschbacher explica que � importante entender os tipos de cirurgia normalmente feitas nos olhos, para, ent�o, compreender os poss�veis danos e estabelecer cuidados.
“H� procedimentos caracteristicamente funcionais e est�ticos. Entre os funcionais, est�o situa��es de obstru��o da via lacrimal ou impedimento de drenagem da l�grima e situa��es de doen�as de p�lpebras, como tumores benignos ou malignos. E, h� tamb�m, cirurgias e procedimentos est�ticos em volta dos olhos. Esses podem ser feitos com uma s�rie de t�cnicas, como botox, e preenchimentos.”
As cirurgias funcionais se fazem necess�rias, a fim de melhorar a sa�de ocular do paciente. Mas, a respeito dos procedimentos est�ticos, a situa��o � diferente, visto que esses m�todos s�o, normalmente, com o intuito de melhorar a apar�ncia do rosto.
Sendo assim, o oftalmologista pontua ser necess�rio ficar atento aos riscos das t�cnicas, antes mesmo de recorrer a elas.
Sendo assim, o oftalmologista pontua ser necess�rio ficar atento aos riscos das t�cnicas, antes mesmo de recorrer a elas.
“Os riscos de qualquer cirurgia em volta dos olhos � o de se ter um preju�zo da fun��o visual ou at� perda de vis�o. � um campo muito amplo, que qualquer procedimento junto ou pr�ximo dos olhos pode levar a um aumento da sensa��o de disfun��o lacrimal, ou pode levar a uma manifesta��o do que chamamos de s�ndrome do olho seco, ou at� mesmo � perda de vis�o ou o surgimento de uma �lcera de c�rnea”, elucida.
"Qualquer procedimento em volta dos olhos pode causar altera��o da fun��o palpebral, da fun��o lacrimal e/ou ressecamento intenso da superf�cie ocular, �lcera de c�rnea e at� mesmo a cegueira. Isso deve ser reportado em qualquer procedimento em volta dos olhos. Uma cirurgia est�tica de p�lpebras pode levar � cegueira"
Ricardo Morschbacher, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl�stica Ocular (SBPCO) e professor da Universidade Federal de Ci�ncias da Sa�de de Porto Alegre
Al�m disso, segundo Morschbacher, v�rios profissionais atuam neste ramo, ou seja, a cirurgia est�tica pode ser realizada por especialistas de �reas distintas e n�o somente de oftalmologia, o que pode ser prejudicial, se uma consulta com um m�dico especializado na regi�o dos olhos n�o for feita anteriormente.
Essa assist�ncia pr�via � necess�ria, a fim de propiciar uma avalia��o da situa��o ocular do paciente, bem como da fun��o lacrimal e sa�de da superf�cie dos olhos.
Essa assist�ncia pr�via � necess�ria, a fim de propiciar uma avalia��o da situa��o ocular do paciente, bem como da fun��o lacrimal e sa�de da superf�cie dos olhos.
“Mesmo em pacientes sem sintomas, uma cirurgia est�tica pode transformar um olho seco subcl�nico, ou seja, a cirurgia pode fazer com que os sintomas sejam percebidos pelo paciente. E isso porque a c�rnea � o �rg�o mais sens�vel de todo o corpo humano, com a maior concentra��o de termina��es nervosas livres do organismo", afirma.
Portanto, qualquer pequeno incomodo no olho representa muito e qualquer altera��o da fun��o palpebral pode ser sentida pelo paciente ap�s a cirurgia, relata Morschbacher.
Portanto, qualquer pequeno incomodo no olho representa muito e qualquer altera��o da fun��o palpebral pode ser sentida pelo paciente ap�s a cirurgia, relata Morschbacher.
Danos oculares
“Qualquer procedimento em volta dos olhos pode causar altera��o da fun��o palpebral, da fun��o lacrimal e/ou ressecamento intenso da superf�cie ocular, �lcera de c�rnea e at� mesmo a cegueira. Isso deve ser reportado em qualquer procedimento em volta dos olhos. Uma cirurgia est�tica de p�lpebras pode levar � cegueira”, diz.
Ainda, de acordo com Morschbacher, as cirurgias palpebrais podem ser refeitas. Por isso, em casos de danos mais leves, podem ser corrigidos com a realiza��o de um novo procedimento.
“Algumas sequelas oriundas de cirurgias nos olhos, sejam est�ticas ou funcionais, podem ser reparadas, s� envolve mais t�cnicas. Existem, tamb�m, variadas formas de tratamento para cada tipo de cirurgia e para cada situa��o”, afirma.
“Algumas sequelas oriundas de cirurgias nos olhos, sejam est�ticas ou funcionais, podem ser reparadas, s� envolve mais t�cnicas. Existem, tamb�m, variadas formas de tratamento para cada tipo de cirurgia e para cada situa��o”, afirma.
* Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram