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Estado de Minas SA�DE

Casos de diarreia aguda aumentam cerca de 15% no ver�o

Especialista aponta calor como agente facilitador de contamina��es e d� dicas de preven��o e cuidado na �poca mais quente do ano


11/02/2021 10:00 - atualizado 11/02/2021 11:20

(foto: Pixabay)

Desconforto abdominal, c�lica, gases e vontade cont�nua de usar o banheiro. Esses s�o alguns sintomas caracter�sticos de epis�dios de diarreia. No ver�o, casos como esses tendem a ser ainda mais frequentes – em torno de 15%, segundo estimativas cl�nicas, haja vista a n�o exist�ncia de estat�sticas oficiais.

Segundo Wilton Schmidt Cardozo, membro titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), isso muito tem a ver com as temperaturas mais elevadas dessa esta��o, bem como com a ingest�o de alimentos e �gua contaminados

A diarreia aguda infecciosa pode ser de origem bacteriana, viral ou parasit�ria. E associa-se a outros sintomas, como n�usea, v�mitos, dor abdominal (c�lica), distens�o, gases, febre, sangue, muco e pus nas fezes.

"Esses quadros est�o relacionados �s deficientes condi��es higi�nico-sanit�rias das popula��es, o que favorece a infec��o por esses microrganismos, principalmente no ver�o, quando o calor facilita a prolifera��o e dissemina��o desses agentes. Isso faz com que fique mais f�cil de a pessoa se contaminar”, explica. 

De acordo com o m�dico, esse cont�gio geralmente � a fecal-oral, podendo ser indireta, quando resulta da ingest�o de �gua, alimentos e objetos contaminados, ou direta, quando ocorre de pessoa para pessoa – m�os contaminadas – e de animais para pessoas.

“Pessoas que manipulam alimentos e os insetos vetores (moscas, formigas e baratas) podem contaminar os alimentos. No caso de infec��o viral, a transmiss�o por meio de secre��es respirat�rias � tamb�m uma possibilidade (rotav�rus e adenov�rus). 

Wilton Schmidt explica que a diarreia aguda consiste na mudan�a do h�bito intestinal, com aumento do n�mero de evacua��es (mais de tr�s vezes ao dia) e/ou diminui��o da consist�ncia das fezes. A classifica��o quanto ao tempo de evolu��o � definida pela dura��o do sintoma, sendo considerada aguda aquela com dura��o de at� 15 dias.  
 

"Existem certas pistas que podem orientar sobre a origem, considerando fatores como o per�odo de incuba��o, antecedente de viagens e preval�ncia regional de diferentes pat�genos, alimentos ou ingest�o de alimentos n�o habituais. Devem, tamb�m, ser investigadas as caracter�sticas das fezes, como n�mero de evacua��es, cor, aspecto, volume, frequ�ncia, presen�a de sangue, muco, dor abdominal ou alimentos mal digeridos."

Wilton Schmidt Cardozo, membro titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia

 

Mas quando � a hora certa de procurar um m�dico e se tratar? Segundo o membro titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), os quadros de diarreia infecciosa podem se manifestar desde evolu��es autolimitadas, isto �, diarreia com dura��o entre 24 e 48 horas, at� situa��es de extrema gravidade, que podem levar rapidamente � morte por desidrata��o e/ou desequil�brio eletrol�tico. Por isso, � preciso analisar caso a caso. 

“S�o particularmente mais vulner�veis as crian�as com menos de 2 anos de idade e os idosos. Portanto, devemos procurar a assist�ncia m�dica no caso de diarreia persistente, associadas com n�useas e v�mitos, em situa��es de desidrata��o grave, febre persistente e confus�o mental”, diz Wilton Schmidt.

Ele recomenda, ainda, que, nos demais casos, o paciente beba bastante �gua, fa�a pequenas refei��es ao dia, incluindo alimentos como ma��, banana, carnes magras, arroz, batata cozida e mingau e evite comidas gordurosas e de dif�cil digest�o. 


TRATAMENTO E PREVEN��O 


Para tratar adequadamente os quadros cl�nicos de diarreia, � fundamental identificar e caracterizar o in�cio dos sintomas, a hist�ria alimentar e a rela��o com as idas repetidas ao banheiro. 

“Existem certas pistas que podem orientar sobre a origem, considerando fatores como o per�odo de incuba��o, antecedente de viagens e preval�ncia regional de diferentes pat�genos, alimentos ou ingest�o de alimentos n�o habituais. Devem, tamb�m, ser investigadas as caracter�sticas das fezes, como n�mero de evacua��es, cor, aspecto, volume, frequ�ncia, presen�a de sangue, muco, dor abdominal ou alimentos mal digeridos.” 

Para ajudar no diagn�stico, em alguns casos, pode ser necess�rio realizar exames laboratoriais e/ou endosc�picos para chegar ao agente etiol�gico. 

A partir disso, pode-se prescrever o melhor tratamento, que s�o baseados em quatro pontos principais: corre��o da hidrata��o, corre��o do desequil�brio eletrol�tico, combate � desnutri��o e uso adequado de medicamentos antimicrobianos. 

(foto: Pixabay)
Haja vista os poss�veis danos � sa�de e o desconforto causado pela diarreia, prevenir-se contra a doen�a � muito importante, alerta o especialista. A dica de ouro � redobrar os cuidados com as medidas de higiene. Al�m disso, tendo em vista que, no ver�o, o calor facilita a prolifera��o de microrganismos, manter os alimentos refrigerados � essencial. 

Mas as recomenda��es n�o param por a�: n�o coloque gelo do qual n�o sabe a proced�ncia em sua bebida, n�o coloque recipientes diretamente na boca sem lavar e mantenha o cuidado com o consumo de alimentos e �guas contaminadas. Ainda, lave as m�os com frequ�ncia, evite manusear alimentos com as m�os sujas, certifique-se que a caixa d’�gua de sua casa est� limpa, higienize frutas, legumes e verduras, e beba �gua mineral, tratada ou filtrada.  

Se mesmo assim, voc� tiver diarreia, a indica��o de Wilton Schmidt � que n�o se tome medicamentos por contra pr�pria. A consulta com um especialista � a melhor op��o. 

� MESMO S� DIARREIA? 


Epis�dios de diarreia tamb�m s�o comuns em pacientes infectados pela COVID-19. Por isso, � importante ficar atento aos sintomas associados para que se identifique a doen�a e trate-a corretamente. Nos casos de contamina��o pelo novo coronav�rus, o desconforto abdominal aparece associado � tosse, febre, diminui��o ou perda de apetite e olfato, n�usea, v�mito, falta de ar, dor de garganta e de cabe�a. 

Portanto, a dica �: fique atento aos sinais e procure um m�dico especialista em caso de persist�ncia. 

*Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram 


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