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Estado de Minas ATO DE HUMANIDADE

A mulher que quer adotar sua amiga que vive em uma institui��o psiqui�trica

Nina vivia em uma institui��o em Moscou at� a pandemia chegar, quando a volunt�ria Arina a levou para morar com ela e agora est� se candidatando para ser sua tutora legal para que Nina possa deixar o local para sempre.


24/05/2021 05:31 - atualizado 24/05/2021 08:34


Nina, de 27 anos, vivia em uma instituição psiquiátrica em Moscou até a pandemia chegar, quando a voluntária Arina, de 31 anos, a levou para morar com ela
Nina, de 27 anos, vivia em uma institui��o psiqui�trica em Moscou at� a pandemia chegar, quando a volunt�ria Arina, de 31 anos, a levou para morar com ela (foto: Arina Muratova)

As russas Arina e Nina se encontravam apenas uma vez por semana - em atividades organizadas na institui��o psiqui�trica onde Nina morava. Agora, Arina est� se candidatando para se tornar guardi� de Nina, dando � jovem de 27 anos a esperan�a de finalmente poder deixar o local onde viveu toda a sua vida adulta.

Nos �ltimos meses, Nina Torgashova p�de desfrutar de uma independ�ncia que sempre esteve fora do alcance dela - fazendo compras, cozinhando e lavando suas pr�prias roupas, tarefas rotineiras para a maioria dos jovens de sua idade.

Mas n�o para Nina, que sempre viveu em institui��es e se mudou quando tinha 18 anos para o que na R�ssia � conhecida como "casa de cuidados psiconeurol�gicos".

Na verdade, at� o in�cio da pandemia… porque depois dela, Nina foi morar com uma volunt�ria, Arina Muratova.

Ela se lembra do momento em que descobriu que estava indo embora. "Nunca pensei que algu�m fosse me levar! Achava que ia ficar presa para sempre nesse lugar!"


Nina passou boa parte da vida em uma instituição psiquiátrica
Nina passou boa parte da vida em uma institui��o psiqui�trica (foto: Aleksandr Ivanov)

Era abril de 2020 e Moscou, a capital da R�ssia, entrou em lockdown. Com as visitas a institui��es como a de Nina interrompidas, ONGs fizeram lobby para que os volunt�rios pudessem assumir a responsabilidade por alguns dos residentes por alguns meses.

Foi ent�o que Arina, uma especialista em pesquisa de mercado, se ofereceu para cuidar de Nina. Mas, depois de experimentar a liberdade que nunca havia desfrutado antes, Nina decidiu que n�o queria voltar para a institui��o. Isso fez com que Arina tomasse uma decis�o importante.


Arina assistindo a Nina jogando futebol
Arina assistindo a Nina jogando futebol (foto: BBC)

Faz dez anos que ela atua como volunt�ria - come�ou ajudando crian�as com dificuldades de aprendizagem e suas fam�lias. Em seguida, se envolveu com o cuidado de adultos. Foi quando Arina conheceu Nina por meio de uma ONG chamada Rota da Vida.

Essa entidade organiza viagens e aulas para os residentes de alguns lares de cuidados psiconeurol�gicos russos (conhecidos como PNIs). Arina come�ou a trabalhar como volunt�ria no PNI 22 - onde Nina vivia com centenas de outros residentes - h� cerca de quatro anos. A institui��o cuida de adultos com uma ampla gama de dist�rbios, que se acredita estarem relacionados a defici�ncias cognitivas e doen�as mentais de gravidade variada.

O diagn�stico de Nina permanece confidencial para todos, exceto para o diretor da institui��o. Geralmente, esse � o caso para os residentes que o Estado julga n�o conseguir viver de forma independente. Portanto, nem ela nem Arina sabem por que ela est� na institui��o.

Embora Nina tenha dificuldades para escrever e fazer contas, Arina diz que ela � muito capaz. "Ela aprende muito r�pido e est� bem adaptada � vida cotidiana", afirma.

Nina foi internada em uma institui��o para crian�as com defici�ncia quando era muito jovem, antes de se transferir para o PNI aos 18 anos. N�o est� claro se ela foi levada para o lar infantil pelos pais ou foi removida � for�a de seus cuidados.

Nina conta que eles chegaram a visita-la no local uma vez, mas ela estava com medo e se escondeu embaixo da cama.


Nina começou aulas de arte
Nina come�ou aulas de arte (foto: Anfisa Karchevskaya)

"Eles estavam b�bados. Eu estava com medo. Eles cheiravam a �lcool", diz ela.

Arina conta que Nina sempre se destacou nas visitas � Rota da Vida, participando ativamente das atividades e viagens organizadas pela ONG.

"Nina era uma pessoa muito ativa em seu lar", diz Arina. "Ela participou de v�rias atividades criativas: teatro amador, oficinas de artes e of�cios. Participou de competi��es esportivas tamb�m: jogou dardos, jogou futebol. O futebol foi algo de que sentiu muita falta depois de sair de casa."

Quando o lockdown decretado em Moscou na primavera passada tornou essas visitas imposs�veis, Arina prop�s que os volunt�rios mantivessem conversas por Zoom com os residentes. Mas desde a primeira liga��o ficou claro que isso n�o iria funcionar - a internet simplesmente n�o era boa o suficiente. Outras ONGs ajudando outros lares de idosos em Moscou e S�o Petersburgo estavam enfrentando problemas semelhantes.

Foi assim que essas ONGs pressionaram as autoridades para permitir que alguns residentes fossem autorizados a deixar esses locais - uma exce��o em meio ao rigoroso confinamento.

"Foi tudo acertado em um dia, e no dia seguinte a pessoa estava fora. N�o consigo imaginar algo assim antes da pandemia", diz o diretor da Rota da Vida, Ivan Rozhansky .


Nina e Arina em uma festa à fantasia
Nina e Arina em uma festa � fantasia (foto: Arina Muratova)

Mesmo assim, Arina admite que ficou nervosa quando tomou a decis�o inicial de cuidar de Nina. Ela contava com a relativa independ�ncia de Nina, pois precisava trabalhar em casa.

"Havia um certo c�lculo em pegar Nina. Tinha muito trabalho a fazer, mesmo durante o lockdown. Percebi que tinha que viver com algu�m que fosse capaz de se ocupar - pelo menos algum tempo. Com Nina, estava claro que... poderia dizer: 'Agora tenho que trabalhar tr�s horas, mas depois podemos fazer o almo�o juntas!' "

As mulheres ficaram confinadas fazendo atividades em casa juntas.


Nina teve a chance de cozinhar para si mesma pela primeira vez
Nina teve a chance de cozinhar para si mesma pela primeira vez (foto: Arina Muratova)

Mas a mudan�a de Nina para o apartamento que a ONG havia cedido �s mulheres para morar durante o lockdown teve um come�o um pouco dif�cil.

"Ela tinha muito poucos pertences, apenas uma pequena mochila. Parecia perdida. Enquanto estava assinando os pap�is trazidos pela cuidadora, Nina caminhou pelo apartamento. N�o parecia feliz, e eu estava contando com isso".

"Quando vi Nina parecendo t�o perdida, me perguntei se isso tinha sido uma boa ideia (tir�-la do PNI). Uma coisa � perguntar a uma pessoa em uma mensagem de texto se ela quer se mudar, mas � bem diferente realmente quando isso acontece!"

Mas n�o muito tempo depois, Arina compartilhou com outras volunt�rias uma selfie dela mesma com uma Nina sorridente, bra�os levantados de alegria.


Chamadas por Zoom não funcionaram muito bem, devido a problemas de conexão
Chamadas por Zoom n�o funcionaram muito bem, devido a problemas de conex�o (foto: Zoom)

N�o apenas Nina come�ou a comprar comida e cozinhar para si mesma, Arina arranjou para ela um professor de matem�tica - importante agora que ela estava comprando coisas sozinha. Nina agora est� aprendendo matem�tica.

"N�o � que Nina n�o entenda as coisas. Ela simplesmente nunca precisou disso antes", diz Arina.

A pr�pria Arina come�ou a ajudar Nina com sua alfabetiza��o - Nina sabia ler e escrever, mas lentamente e com dificuldade. "Preciso saber ler e escrever", diz Nina. "Para poder cozinhar para mim mesma, para ir trabalhar. Quero ter um emprego."

"Poderia fazer e vender pulseiras da amizade. Perguntei a Arina: 'Voc� conhece algu�m que possa querer uma?' Arina perguntou � m�e dela, e ela se mostrou muito interessada. Ela disse: 'Vou resolver isso!' A m�e dela escolheu as cores, Arina me mostrou uma foto (das cores) e eu comecei a fazer."

Arina diz que queria ter certeza de dar a Nina responsabilidade sobre si mesma, em vez de sempre assumir o comando, mesmo que nem sempre sa�sse como planejado. Ela cita o exemplo de Nina querer aprender a desenhar.


Nina e Arina passaram a viver juntas durante lockdown em Moscou
Nina e Arina passaram a viver juntas durante lockdown em Moscou (foto: BBC)

Arina encontrou outro volunt�rio que poderia ensina-la pelo Zoom e explicou a Nina que ela deveria participar das aulas. Mas depois de um tempo, descobriu que Nina estava faltando a algumas sess�es.

"N�o quero ficar no p� de outro adulto e importuna-lo", diz Arina. "Achei que esse era o tipo de responsabilidade que Nina poderia ter e acabamos brigando por causa disso."

Mas, em outra ocasi�o, Arina queria se envolver mais na vida de Nina do que os regulamentos permitiam.

Nina reclamou de uma terr�vel dor de est�mago e foi internada no hospital para v�rios dias de exames. Arina n�o teve permiss�o para ficar com ela porque n�o era parente ou guardi�.

"Por favor, envie a Nina algumas mensagens para tranquiliza-la", escreveu Arina em uma mensagem para o chat do grupo de volunt�rios. "A pobrezinha est� apavorada, ela est� fazendo um terceiro exame de sangue e est� assustada."


Nina e Arina se tornaram muito próximas
Nina e Arina se tornaram muito pr�ximas (foto: BBC)

Felizmente, n�o havia nada de muito errado. Quando o lockdown em Moscou foi flexibilizado em junho, a ONG Rota da Vida enfrentou um desafio.

"Ficou �bvio que os residentes que nossa ONG levou para os apartamentos durante a quarentena n�o queriam voltar para o PNI", diz Ivan Rozhansky, diretor da ONG.

Essas institui��es t�m sido foco de preocupa��o h� algum tempo. No in�cio de 2019, a vice-primeira-ministra da R�ssia, Tatiana Golikova, ordenou uma inspe��o das condi��es de vida em 192 lares de cuidados psico-neurol�gicos.

O �rg�o de prote��o ao consumidor, Rospotrebnadzor, descobriu viola��es de sa�de e seguran�a e outros regulamentos em cerca de 80% deles.


Nina está fazendo aulas de futebol
Nina est� fazendo aulas de futebol (foto: BBC)

Em janeiro deste ano, o Minist�rio do Trabalho da R�ssia introduziu uma s�rie de mudan�as estruturais nos PNIs.

"Obviamente, todas essas mudan�as n�o ser�o realizadas imediatamente em 1º de janeiro de 2021, mas a situa��o vai mudar aos poucos", disse Golikova.

'M� qualidade de vida'

Maria Sisneva, da ONG PNI, diz que a qualidade de vida nessas institui��es � ruim.

"Em um PNI, s�o de 500 a mil pessoas morando em quartos pr�ximos, mas com n�veis de habilidade muito diferentes e origens diferentes, necessidades diferentes. Elas vivem em condi��es extremamente prec�rias, na melhor das hip�teses, duas em um quarto pequeno, muitas vezes em corredores, em espa�os semelhantes a quart�is militares, isoladas do mundo exterior. Mal t�m qualquer experi�ncia social real."

O diretor do PNI 22 onde Nina vivia rebate as acusa��es.

"A principal vantagem dos lares psiconeurol�gicos � a seguran�a", diz Anton Kliuchev. "Os residentes s�o atendidos por profissionais, que sabem exatamente como ajud�-los e apoi�-los, como falar com eles, como cuidar deles".

Ao redor do mundo, existem institui��es para pessoas com necessidades especiais e doen�as mentais. Mas a partir de meados do s�culo 20 nos Estados Unidos e em alguns pa�ses europeus, iniciou-se um processo de desinstitucionaliza��o, com o objetivo de substituir instala��es fechadas de longa perman�ncia por cuidados prestados dentro da comunidade.


Arina e Nina se conheceram por meio da ONG Rota da Vida
Arina e Nina se conheceram por meio da ONG Rota da Vida (foto: Kirill Smirnov)

Mas essas institui��es ainda s�o o modelo predominante na R�ssia. De acordo com estat�sticas do governo russo, em fevereiro de 2020 havia mais de 150 mil pessoas vivendo em PNIs.

Ao contr�rio de muitos pa�ses, a R�ssia s� oferece esse tipo de assist�ncia durante a inf�ncia. ONGs acreditam que, se esse sistema alternativo fosse mais estabelecido, muitos residentes de institui��es como a de Nina poderiam deixar esses locais.

"Neste momento, o sistema na R�ssia � tal que se uma pessoa � considerada insuficientemente independente pelo estado, n�o h� nenhum lugar para ela ir al�m de um PNI, ou (para aqueles portadores de defici�ncia f�sica) uma casa de inv�lidos", diz Sisneva.

A Life Route come�ou a discutir como o esquema introduzido durante o lockdown poderia se tornar permanente para as nove pessoas que foram realojadas. A ONG alugou quatro apartamentos, incluindo um para Nina dividir com outros moradores da institui��o, Sergey e Ivan. Arina voltou para seu pr�prio apartamento e come�ou a passar uma noite por semana na nova acomoda��o de Nina em rod�zio com outros volunt�rios.

Mas havia outro obst�culo. O PNI s� pode liberar permanentemente a assist�ncia de seus residentes a ONGs como a Rota da Vida se eles tiverem o que se denomina "capacidade legal" - ou seja, o Estado considera que, em teoria, podem agir de forma independente, mesmo que na pr�tica vivam em uma casa de cuidados.

Nina n�o tem capacidade jur�dica - todas as decis�es sobre sua vida s�o tomadas pelo diretor de seu PNI. Como Nina � funcionalmente capaz, n�o est� claro por que isso acontece, embora os especialistas digam que pode ser simplesmente uma falha do sistema.

Se, como Nina, algu�m veio de outras institui��es de cuidados, como um orfanato, e nunca foi devidamente avaliado, seu status legal nunca pode ser contestado.


Nina está aprendendo matemática
Nina est� aprendendo matem�tica (foto: Arina Muratova)

Ent�o Arina se candidatou para se tornar a guardi� de Nina.

"Um dia simplesmente tive essa ideia. E eu percebi que tinha que fazer isso."

Se sua solicita��o for atendida, Arina se tornar� respons�vel por todos os elementos da vida de Nina - financeiros, pr�ticos, emocionais e m�dicos. Como seu tutor, o PNI finalmente compartilhar� o diagn�stico de Nina com ela.

O processo n�o ser� simples e envolver� extensas avalia��es financeiras, f�sicas e psicol�gicas, conta Arina, incluindo at� mesmo uma inspe��o da casa de seus pais, pois esse � seu endere�o registrado.

"Emocionalmente [a decis�o] tamb�m n�o foi f�cil", diz Arina. "Mas assim que tirei Nina da institui��o, ela se tornou minha responsabilidade."

Esse p�riplo pode explicar por que h� t�o poucas pessoas que se oferecem como tutores legais na R�ssia.

No entanto, seu papel � fundamental para a transi��o do atendimento das institui��es para a comunidade da R�ssia - algo que Vera Shengelia, chefe-executiva da Life Route, acredita que deva ser o objetivo.


Nina fazendo uma pulseira da amizade para a mãe de Arina
Nina fazendo uma pulseira da amizade para a m�e de Arina (foto: BBC)

"Esse tipo de arranjo ajuda uma pessoa a preservar sua identidade por ter uma casa, ter suas pr�prias coisas ... Em instui��es de cuidados, esses componentes desaparecem e as pessoas se tornam [apenas] estatuetas sem rosto, sem nada."

Enquanto Arina aguarda a concess�o da tutela de Nina, o PNI, que vem perdendo recursos estatais nos �ltimos tempos, pode exigir que Nina volte para eles a qualquer momento.

Enquanto isso, Arina diz que ainda est� descobrindo o papel exato que desempenha na vida de Nina, j� que � apenas tr�s anos mais velha que ela.

"Nunca poderei ser a m�e de Nina. Nunca poderei dar a ela a inf�ncia que ela mereceu."

Mas Arina aceita que Nina a veja como muito mais do que uma amiga. Nina espera participar de todas as tarefas importantes: desde ir ao dentista a furar as orelhas, passando por se registrar no m�dico local.

E essas novas responsabilidades surgiram em um momento em que Arina passou por dias dif�ceis em sua vida pessoal.


Arina e Nina ficaram confinadas em casa juntas
Arina e Nina ficaram confinadas em casa juntas (foto: BBC)

"N�o foi apenas Nina que passou por uma grande mudan�a emocional, eu tamb�m - durante esse per�odo, tive uma redu��o de sal�rio e problemas em minha vida pessoal."

Mas Arina diz que essas adversidades aproximaram as duas.

"Depois de passar por todas essas experi�ncias [ao lado de outra pessoa], � dif�cil recuar.

"N�o vou dizer que n�o estou angustiada por isso (tornar-se guardi� legal de Nina). Estou extremamente nervosa. E h� certas pessoas ao meu redor que me assustam ainda mais. Eles ficam me perguntando... 'Voc� j� pensou sobre isso? � para a vida! '

"Mas me acalmo dizendo que temos um plano."

Esse plano �, em �ltima an�lise, resgatar a capacidade jur�dica total de Nina.


Arina espera se tornar tutora legal de Nina o mais breve possível
Arina espera se tornar tutora legal de Nina o mais breve poss�vel (foto: BBC)

Nina precisa ser considerada independente pelo Estado se quiser viver sozinha ou conseguir um emprego.

Al�m de Arina, ela tem outro relacionamento pr�ximo - com um homem chamado Sasha, que conheceu no PNI 22, e que agora est� vivendo em um apartamento diferente. Nina encontra-se regularmente com Sasha na cidade e claramente gosta dele. Arina est� ciente de que Nina pode eventualmente querer se casar e ela tamb�m precisaria de capacidade legal para isso.

Portanto, Arina espera que as aulas de Nina d�em a ela a op��o de ser avaliada em algum momento.

"Os avaliadores observam atentamente as habilidades de leitura, escrita e matem�tica", diz Arina.

O processo n�o est� dispon�vel publicamente, mas relatos sugerem que o teste pode incluir diferentes atividades, desde dan�ar ou cantar uma m�sica, ou mesmo saber o pre�o de um p�o.


Nem Arina nem Nina sabe por que ela foi confinada em uma instituição psiquiátrica
Nem Arina nem Nina sabe por que ela foi confinada em uma institui��o psiqui�trica (foto: Kirill Smirnov)

Arina diz que s� vai inscrever Nina para fazer o teste quando ela estiver o mais preparada poss�vel.

Nesse �nterim, Arina est� envolvida em todos os momentos importantes da vida de Nina.

"Talvez eu seja apenas o tipo de pessoa que n�o tem medo da responsabilidade. Foi algo inesperado - mas na verdade uma coisa boa - que aconteceu comigo. A quarentena nos ajudou a aprender mais uns sobre os outros, nos aproximar e estabelecer uma rela��o de confian�a".

"Eu a amo... N�o h� muito mais o que dizer. Eu a amo muito."


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