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Estado de Minas AGRICULTURA

Estudo aponta resqu�cios de agrot�xicos em alimentos ultraprocessados

Marcas de biscoitos, p�es, bebida de soja, cereal matinal e salgadinhos apresentaram altera��o na composi��o


01/06/2021 20:15 - atualizado 01/06/2021 21:02

Alimentos ultraprocessados à venda no país apresentaram resquícios de agrotóxicos nas suas composições
Alimentos ultraprocessados � venda no pa�s apresentaram resqu�cios de agrot�xicos nas suas composi��es (foto: Reprodu��o/ UFRGS)
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) divulgou nesta ter�a-feira (1º/6) um estudo sobre a presen�a de res�duos de agrot�xicos em alimentos ultraprocessados, que s�o vendidos em todo pa�s. Foram 27 produtos analisados e 16 deles apresentaram, pelo menos, um tipo de agrot�xico.

Oito categorias de produtos passaram por avalia��es, sendo tr�s diferentes marcas de refrigerantes, sucos de n�ctar da fruta, bebidas de soja, cereais matinais e salgadinhos. E quatro marcas de biscoito �gua e sal, biscoitos recheados e p�es de trigo. 

Dentre os compostos analisados, est�o res�duos de diferentes agrot�xicos, sendo que os principais s�o glifosato, glufosinato e diquat e paraquate. O primeiro � o herbicida mais vendido no mundo e usado nas lavouras brasileiras de soja, milho e cana de a��car.

O uso de agrot�xicos em planta��es � regulamentado pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) e existem limites para aplica��o, entretanto a regra n�o se estende aos alimentos industrializados que utilizem os alimentos como mat�ria-prima.

Dos 27 produtos, 16 deles (59,3%) apresentaram pelo menos tipo de agrot�xico, enquanto 51,8% tinham res�duo de glifosato e glufosinato.

Entre as oito categorias analisadas, seis apresentaram altera��o. Uma bebida de soja, um cereal matinal, dois salgadinhos e em todos os biscoitos �gua e sal, p�es bisnaguinha e biscoitos recheados foi poss�vel identifica��o de algum res�duo de agrot�xico.

Segundo o Idec, os alimentos � base de trigo chamaram aten��o pela quantidade de glifosato. “Encontramos res�duos de agrot�xicos em todos os que foram testados, com destaque para a presen�a de glifosato na maior parte dos produtos. � bem preocupante", disse o nutricionista do instituto, Rafael Arantes.

Para o nutricionista, os alimentos ultraprocessados apresentam mais um problema � sa�de da popula��o. “Podemos afirmar que os ultraprocessados representam um perigo duplo para a popula��o. Al�m dos malef�cios j� conhecidos para a sa�de, encontrar agrot�xicos nesses produtos acende mais um alerta, indicando uma conex�o com a forma insustent�vel de produ��o de commodities que s�o alguns dos principais ingredientes para esses produtos", completa.

A sa�de humana corre alguns riscos com excesso de consumo dessas subst�ncias. De acordo com o estudo, alguns dist�rbios end�crinos, neurol�gicos e mentais, intoxica��es e at� c�ncer podem ser causados pela ingest�o de qu�micos agr�colas.

Brasil � um dos maiores compradores de agrot�xicos do mundo 

No Brasil, um ter�o dos estabelecimentos afirma que utiliza agrot�xicos na lavoura. Conforme a segunda edi��o do Atlas do Espa�o Rural Brasileiro, nos �ltimos 11 anos a ades�o desses qu�micos saltou 22,9%, o que faz o pa�s ser um dos maiores compradores de agrot�xicos no mundo.

De acordo com o Idec, as intoxica��es por agrot�xicos s�o respons�veis por cerca de 200 mil mortes a cada ano, sendo que 99% delas acontecem nos pa�ses em desenvolvimento, enquanto muitos defensivos agr�colas v�m de pa�ses j� desenvolvidos, onde j� foram proibidos. 

Al�m disso, produtores brasileiros s�o respons�veis pela segunda maior compra de agrot�xicos fabricados noa Europa, mas que s�o proibidos de uso no continente.

Todas as empresas que apresentaram altera��es nos testes foram notificadas pelo Idec e alegaram que as quantidades encontradas s�o permitidas por lei. Por�m segundo o instituto, � necess�rio abrir um debate sobre os limites dos agrot�xicos em todo o sistema alimentar, j� que, embora as quantidades sejam legalmente permitidas, o produto permanece nos alimentos consumidos pela popula��o, mesmo ap�s grandes processamentos industriais. 
 
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Jo�o Renato Faria


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