
A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) aprovou, nesta ter�a-feira (1º/5), o uso emergencial da Coronavac, vacina contra COVID-19 desenvolvida pelo laborat�rio chin�s Sinovac em parceria com o Instituto Butatan. O imunizante, um dos tr�s utilizados no Brasil, � o sexto a receber a chancela da entidade m�xima de sa�de mundial. Isso significa que, agora, mais pa�ses ter�o acesso � Coronavac e poder�o adquirir e utilizar a vacina.
Mas, uma d�vida fica: com a vacina tamb�m sendo produzida em territ�rio brasileiro, o que muda com essa aprova��o? Para o m�dico infectologista, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia (SMI), diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e integrante do Comit� de Enfrentamento � pandemia Estev�o Urbano, na conjuntura brasileira n�o h� risco de grandes interfer�ncias, exceto em caso de falta de insumos.
“� uma vacina que j� tem sido administrada desde o in�cio da pandemia no Brasil, e continua. Mas, para outros pa�ses, pode mudar muito, porque agora pa�ses que estavam aguardando essa libera��o se sentem mais seguros para tamb�m utilizar esse imunizante. Ent�o, abre-se mais uma op��o de vacina��o para esses pa�ses. Para a vacina em si � um grande ganho, porque ela tem a chancela de um �rg�o internacional, tendo mais credibilidade e mais clientes e solicita��es, o que aumenta a sua produ��o."
Agora, vai haver possivelmente um aumento da demanda e das solicita��es de insumo. E temos que tomar todos os cuidados para n�o termos falta desses insumos para fabrica��o. Ent�o, � muito importante aumentar essa competitividade poss�vel entre os pa�ses para a Coronavac, mas assumir tamb�m condi��es de garantir insumos para a nossa vacina��o.
Estev�o Urbano, m�dico infectologista, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia (SMI), diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e integrante do Comit� de Enfrentamento � pandemia
Com esse aumento de produ��o e distribui��o da Coronavac, Estev�o Urbano alerta para um ganho positivo deste cen�rio: o avan�o da vacina��o no mundo. “H� um impacto favor�vel na pandemia, porque, com menos vacinas, a imuniza��o caminha mais lentamente, mas quando h� mais vacinas no arsenal, se acelera a vacina��o e impacta no mundo como um todo, porque � importante que v�rias regi�es tenham �ndices menores de infec��es para que se evite uma retroalimenta��o da pandemia a partir de algum local que ainda tem �ndice alto pela pouca vacina��o”, justifica.
Mas a falta de insumos pode ocorrer e afetar a vacina��o? Sim. Justamente por isso, Estev�o Urbano pede cuidado. “Agora, vai haver possivelmente um aumento da demanda e das solicita��es de insumo. E temos que tomar todos os cuidados para n�o termos falta desses insumos para fabrica��o. Ent�o, � muito importante aumentar essa competitividade poss�vel entre os pa�ses para a Coronavac, mas assumir tamb�m condi��es de garantir insumos para a nossa vacina��o.”
De acordo com o Instituto Butantan, a escassez de insumo pode afetar a produ��o, por�m, "j� est� em obra, conforme contrato com o Minist�rio da Sa�de, uma instala��o pr�pria para a produ��o tamb�m de insumos em territ�rio brasileiro, o que ocorrer� a partir de 2022".
Quanto a chancela da OMS afetar a capacidade de produ��o, o Butatan descarta essa possibilidade e afirma que as 54 milh�es de doses restantes, previstas no acordo com a pasta ser�o entregues sem complica��es.
"47,2 milh�es de doses j� foram entregues ao PNI, cumprindo com o primeiro contrato de 46 milh�es firmado em 7 de janeiro com o Minist�rio da Sa�de, e agora trabalha para integralizar as 54 milh�es de doses referentes ao segundo contrato, totalizando 100 milh�es de vacinas. Das 47,2 milh�es de doses j� entregues � pasta federal, 41,2 milh�es foram produzidas no complexo fabril do Butantan a partir de insumos importados", diz nota oficial do instituto.
FIM DO 'DESCR�DITO'?
Com a aprova��o da OMS, o m�dico infectologista Adelino de Melo Freire Junior chama aten��o para a credibilidade frente � popula��o que o respaldo oficial da principal ag�ncia reguladora do mundo traz para a Coronavac.
“Para o Brasil, temos uma mudan�a no cen�rio pol�mico sobre a efic�cia desse imunizante. Essa chancela da OMS d� sinal positivo de seguran�a, de que � uma vacina segura e que deve ser utilizada.”
“Afinal, o imunizante � seguro, � eficaz e est� dentro dos padr�es de produ��o aceitos pela OMS e pelo grupo de imuniza��o da entidade E quanto mais vacina melhor para acelerar a vacina��o e come�ar a conter os n�meros que continuam altos”, afirma.
O Instituto Butantan, ligado ao governo de S�o Paulo, concorda com essa afirma��o e v� a aprova��o da OMS como uma coroa��o ao trabalho realizado. “A chancela da vacina pela maior autoridade mundial na �rea da sa�de coroa de forma hist�rica os esfor�os do Butantan a servi�o da vida. Recebemos com satisfa��o e entusiasmo a not�cia da aprova��o do uso emergencial da vacina contra o novo coronav�rus."
“� uma vit�ria da ci�ncia. O Butantan se orgulha de ter contribu�do para mais essa conquista, uma vez que a OMS considerou, para sua decis�o, os dados de efic�cia da vacina produzidos a partir de pesquisa cl�nica de fase 3 com 12,5 mil volunt�rios realizada no Brasil sob a coordena��o do instituto entre julho e dezembro de 2020”, diz a entidade em nota.
*Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
- CoronaVac/Butantan
- Janssen
- Pfizer
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?
Os chamados passaportes de vacina��o contra a COVID-19 est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses.
O sistema de controle tem como objetivo garantir o tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar o turismo e a economia.
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.
Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas
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Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.[VIDEO3]
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