
Uma pesquisa do Minist�rio da Sa�de revelou que Belo Horizonte foi a capital que mais consumiu bebidas alco�licas no ano de 2021. Os dados mostram que um a cada quatro moradores (25,20%) ingeriram mais de quatro doses em 30 dias, o que colocou a capital na lideran�a do ranking, seguida por Vit�ria (23,38%), no Esp�rito Santo, e Cuiab� (23,17%), no Mato Grosso.
Diante desses dados de consumo, uma das principais d�vidas que surgem para quem precisa tomar alguma medica��o �: ser� que posso beber? Ser� que meu medicamento perde o efeito? Quais ser�o as consequ�ncias da intera��o da bebida com antidepressivos, por exemplo?
As consequ�ncias da intera��o entre �lcool e medicamentos dependem de v�rios fatores. Entre eles est� a composi��o do medicamento, o organismo do paciente e a quantidade de �lcool ingerida. Por isso, de forma geral, a recomenda��o � evitar essa mistura, aponta Helbert Bontempo, farmac�utico e presidente da Regional Minas Gerais da Anfarmag, entidade respons�vel pelas farm�cias de manipula��o no Brasil.
Quais os principais efeitos no organismo?
De acordo com o farmac�utico, o principal �rg�o prejudicado � o f�gado, que metaboliza o �lcool e grande parte dos medicamentos, ficando sobrecarregado. O �lcool tamb�m afeta especialmente o sistema nervoso central, que comanda nossas a��es, alterando substancialmente as capacidades cognitivas estruturais e comportamentais.
Como a bebida altera o metabolismo, o tempo de elimina��o do medicamento ser� alterado, podendo ocorrer antes ou depois do previsto, com possibilidade de prejudicar o tratamento. Aumenta a gravidade quando s�o utilizadas drogas para tratar problemas neurol�gicos e psiqui�tricos, pois o �lcool em geral potencializa o efeito dessas subst�ncias.
Antibi�ticos
A mistura de alguns antibi�ticos e �lcool, por sua vez, pode causar desde v�mitos, taquicardia e at� toxicidade hep�tica grave. "Essas rea��es podem acontecer com subst�ncias como, por exemplo, o metronidazol", diz o especialista.
Antidepressivos
"Antidepressivos agem diretamente no sistema nervoso central. Inicialmente, as bebidas alco�licas aumentam o efeito do antidepressivo, deixando a pessoa mais estimulada; por�m, ap�s passar o efeito da bebida, os sintomas da depress�o podem aumentar", explica Bontempo.
Ansiol�ticos
"J� quando os ansiol�ticos s�o misturados ao �lcool aumenta o efeito sedativo, deixando a pessoa inabilitada para realizar atividades que necessitam de aten��o, como operar m�quinas ou equipamentos, al�m de ocasionar uma maior probabilidade de efeitos adversos graves, a exemplo de coma", detalha o farmac�utico.
Analg�sicos e antit�rmicos
"O efeito do �lcool pode ser potencializado e a velocidade de elimina��o do medicamento do organismo ser� maior, diminuindo seu efeito. Em alguns casos, o uso do �lcool com paracetamol pode danificar o f�gado, uma vez que ambos s�o metabolizados nesse �rg�o. J� a mistura com �cido acetilsalic�lico pode causar, em casos extremos, hemorragia estomacal, pois ambos irritam a mucosa estomacal.
Portanto, na d�vida, a regra �: n�o misturar �lcool com nenhum tipo de medicamento", destaca Bontempo.
Pesquisa tamb�m apontou consumo de homens e mulheres
O levantamento do Minist�rio da Sa�de tamb�m levou em considera��o os moradores das capitais brasileiras separados entre homens e mulheres. Para elas, foi observado as que consumiram quatro ou mais doses de bebidas alc�olicas. Para eles, os casos apontaram cinco ou mais doses.
Na separa��o por sexo, BH continua liderando a pesquisa com o consumo de �lcool entre os homens: 36,21% dos belo-horizontinos consumiram bebidas alco�licas no per�odo e nas doses pesquisadas no levantamento.
No caso das mulheres, em primeiro lugar na lista das que mais ingeriram bebidas alc�olicas aparecem as moradoras de Florian�polis, em Santa Catarina: 17,55% delas se enquadraram no perfil do estudo. As mulheres de BH aparecem em quarto lugar.
No caso das mulheres, em primeiro lugar na lista das que mais ingeriram bebidas alc�olicas aparecem as moradoras de Florian�polis, em Santa Catarina: 17,55% delas se enquadraram no perfil do estudo. As mulheres de BH aparecem em quarto lugar.