Pesquisas: conex�o entre ora��o, f�sica qu�ntica e vida ap�s a morte
F�sico e neurocientista compara ci�ncia e espiritualidade a duas asas da �guia ou a duas janelas em que podemos enxergar a natureza e n�s mesmos
Andr� Luiz diz que j� existem muitos paradigmas trazendo a �ni�o da ci�ncia e da espiritualidade (foto: Arquivo pessoal)
� preciso muita aten��o para conversar com Andr� Luiz Oliveira Ramos, de 42 anos, graduado e mestre em f�sica pela Universidade de S�o Paulo (USP), especialista em neuroci�ncia pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein.
Andr� fala f�cil, por�m � t�nue a linha que separa o f�sico, o professor e o pesquisador de sua espiritualidade. Ele tamb�m � esp�rita e faz da f� raciocinada o seu norte, e demonstra n�o se deixar fascinar ou fanatizar.
Ao falar de ci�ncia e espiritualidade, com o esmero que o assunto inspira e merece, Andr� � cuidadoso e exige que o dito seja retratado com fidelidade. “Porque sen�o o estrago est� feito”, justifica.
Janelas
Em uma entrevista gravada e feita por videoconfer�ncia, Andr� � tamb�m atencioso e did�tico ao dar as respostas. Ele compara ci�ncia e espiritualidade a duas asas de uma �guia ou, ainda, a duas janelas “pelas quais pode-se ‘enxergar’ a natureza e o que somos”.
Dito isso, ele avan�a, afirmando que, hoje, observa “uma necessidade de conhecer a transcend�ncia”. Andr� destaca que “diante do caos de uma pandemia”, como a da COVID-19, as pr�ticas da espiritualidade, mais uma vez, tamb�m aparecem para beneficiar a humanidade.
“J� existem muitos paradigmas trazendo a uni�o das duas (ci�ncia e espiritualidade), independentemente da religi�o, al�m de evid�ncias cient�ficas mostrando os benef�cios da pr�tica da espiritualidade na sa�de, no bem-estar das empresas, com melhor produtividade.”
Andr� lembra que na atualidade � poss�vel mensurar com precis�o �reas do c�rebro em atividade por meio de exames de neuroimagem. Essa tecnologia foi utilizada por pesquisadores da Universidade de Stanford, centro acad�mico de prest�gio nos Estados Unidos, para verificar os efeitos da ora��o feita a dist�ncia.
Sem que o paciente submetido a exames de neuroimagem soubesse de antem�o, uma outra pessoa ligada afetivamente a ela foi colocada a dist�ncia orando.
Pesquisadores da Universidade de Stanford puderam ent�o comprovar, por meio da resson�ncia magn�tica funcional, que o paciente apresentou �reas do c�rebro em maior atividade durante o per�odo em que a ora��o era feita a dist�ncia.
“Existe alguma coisa (no exame de neuroimagem pesquisado) que n�o se sabe o qu� �, mas que comunica uma pessoa a outra a dist�ncia. Se isso � benef�cio ou se � onda...”, n�o se sabe ainda, explica Andr�.
O psiquiatra Jim Tucker mergulhou na pesquisa com crian�as e vidas passadas (foto: Wikimedia Commons/Reprodu��o)
Raio laser no controle das doen�as cr�nicas
Em seu universo profissional, Andr� trabalha com um equipamento que s� foi poss�vel seu surgimento, assim como toda a tecnologia moderna, gra�as aos avan�os proporcionados pela f�sica qu�ntica. Estamos falando do raio laser.
Em sua cl�nica, o f�sico e neurocientista trabalha ensinando e aplicando, com uma equipe multidisciplinar da �rea de sa�de, como usar o raio laser no controle das dores cr�nicas, regenera��o da pele, cicatriza��o de feridas, tratamento capilar, entre outros processos curativos e est�ticos.
Mas, o que a f�sica qu�ntica tem a ver com a espiritualidade? Andr� come�a explicando o significado da descoberta, no s�culo passado, pelo f�sico alem�o Max Planck.
Em uma explica��o paciente, Andr� chega � concis�o para qualquer leigo entender. “A f�sica qu�ntica levou � compreens�o do �tomo, da intimidade da mat�ria, e a grande contribui��o � compreender que a mat�ria em si � energia pura”.
A vida continua
A partir dessa explica��o, o passo seguinte da reportagem foi perguntar ao f�sico e ao esp�rita: se a mat�ria � energia, pode-se pensar, ent�o, que a vida continua ap�s a morte?.
Andr�, mais uma vez, parte de um exemplo concreto para explicar o di�fano e o et�reo. Ele cita o renomado psiquiatra Jim Tucker, da tamb�m prestigiada Universidade da Virg�nia, nos Estados Unidos.
O m�dico e pesquisador � respons�vel por uma pesquisa que come�ou no consult�rio e se alastrou devido � enorme demanda. A procura se deveu aos traumas ps�quicos relatados por seus pacientes.
Todos eles crian�as com idades entre 2 e 6 anos. Em comum, os relatos contundentes e ricos em detalhes sobre vidas passadas – onde moraram, como morreram etc.
Os menores tiveram seus casos vasculhados em cart�rios, com comprova��o de registro de datas de nascimento das pessoas que nomearam terem sido no passado.
Isso foi poss�vel investigar porque as hist�rias envolviam um per�odo, em m�dia, de 28 anos, entre o nascimento da crian�a e a suposta lembran�a de uma vida passada.
“Uma das justificativas para esses depoimentos serem plaus�veis veio (tamb�m) atrav�s da f�sica qu�ntica, que ainda n�o � uma ci�ncia acabada e que ainda tem muitas perguntas sem respostas”, elucidou o f�sico brasileiro.
Conex�o
Andr� destaca que o entrela�amento qu�ntico, no qual duas mol�culas ou duas part�culas podem interagir e depois se separar, permanecendo interconectadas a dist�ncia, j� � comprovado cientificamente. “E at� hoje n�o h� explica��o para isso”, observa.
Ci�ncia e espiritualidade voltar�o �s p�ginas do Estado de Minas e do em.com.br/saude em outras mat�rias, abordando assuntos tamb�m instigantes e que demandam estudo e assertividade, como a vida ap�s a morte, reencarna��o, universos paralelos, telepatia, mediunidade, entre outros fen�menos, que est�o, a cada dia mais, sendo investigados nos meios acad�micos e empresas direcionadas para estudos e pesquisas dessa natureza.
Agora, ficamos com mais uma afirmativa desse f�sico not�vel pela dedica��o aos estudos e pelo reconhecimento entre seus pares: “Dentro da f�sica, h� v�rias linhas de pensamento. Tem f�sicos que n�o concordam (at� hoje) com Einstein, por exemplo. Uma coisa � a comprova��o cient�fica, outra s�o os fen�menos espirituais ainda n�o compreendidos pela ci�ncia. E s�o necess�rios novos estudos cient�ficos para ampliar esse conhecimento”.
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