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Estado de Minas IMUNIZA��O

Por que algumas vacinas contra COVID protegem por mais tempo do que outras

Alguns imunizantes s� precisam de uma dose para conferir prote��o pela vida toda. Por que as vacinas contra a covid podem precisar de quatro ou mais?


14/06/2022 15:19 - atualizado 14/06/2022 15:45

Uma jovem sendo vacinada
(foto: Getty Images)

Muitos pa�ses est�o avaliando se devem oferecer mais doses de refor�o da vacina que protege contra a COVID-19 para se anteciparem ao risco de novas ondas de infec��es.




A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) recomendou que, no momento, as doses sejam priorizadas para as pessoas mais vulner�veis.

No Brasil, o Minist�rio da Sa�de j� preconiza tr�s doses para toda a popula��o de 12 a 49 anos. Para aqueles com mais de 50 anos ou que apresentam algum problema de imunidade, uma quarta dose � indicada.

Mas por que esse imunizante parece precisar de doses repetidas, quando a prote��o de outras vacinas chega a durar a vida toda?

Velocidades distintas

A frequ�ncia com que voc� deve ser vacinado depende em parte da rapidez com que o v�rus ou a bact�ria que est� sendo combatido se modifica e sofre muta��es.

Por exemplo: todos n�s precisamos tomar as doses da vacina contra o sarampo na inf�ncia, o que deve nos proteger contra esse pat�geno pela vida toda.


O v�rus do sarampo n�o muda muito. Assim, uma vez que o corpo tenha visto como ele �, pode continuar a reconhec�-lo por d�cadas. Afinal, ele continuar� a ser mais ou menos o mesmo. Os v�rus da gripe, por outro lado, evoluem com muita rapidez.

Uma vacina aplicada neste ano treinar� seu sistema imunol�gico para reconhecer tr�s ou quatro cepas que est�o em circula��o no momento.


Por�m, no pr�ximo inverno, o agente infeccioso sofrer� tantas muta��es e se tornar� t�o diferente que seu corpo n�o consegue mais reconhec�-lo bem.


Por isso, a vacina contra a gripe � oferecida todos os anos a quem mais precisa, como idosos, crian�as e gestantes.


Enfermeiras preparam vacina
A metade da popula��o dos pa�ses ricos j� recebeu uma dose de refor�o contra a covid. Nos pa�ses mais pobres, nem 1% teve acesso a essa terceira dose do imunizante (foto: Getty Images)

Tanto os estudos laboratoriais quanto as taxas de infec��o sugerem que o v�rus que causa a covid-19 sofreu muta��es suficientes para escapar de parte da prote��o fornecida pela primeira rodada de vacinas, que come�aram a ser aplicadas a partir de 2021.

No entanto, os imunizantes dispon�veis permanecem cerca de 90% efetivos contra a hospitaliza��o ap�s a aplica��o de uma terceira dose. Essa taxa cai para cerca de 75% ap�s tr�s meses, segundo a Ag�ncia de Seguran�a da Sa�de do Reino Unido.

J� o Instituto Nacional de Doen�as Transmiss�veis da �frica do Sul diz que "a vacina��o de refor�o aumenta os n�veis de anticorpos".

A capacidade de 'lembrar' das amea�as

H� evid�ncias de que a capacidade do nosso corpo de bloquear o coronav�rus diminui relativamente r�pido ap�s a vacina��o ou a infec��o.

Mas a capacidade de evitar doen�as mais graves dura mais. O problema � determinar exatamente quanto tempo essa prote��o seguir� v�lida, tema que ainda est� sendo estudado pelos especialistas.

Mesmo que um pat�geno n�o tenha mudado muito, a mem�ria do sistema imune pode desaparecer � medida que os anticorpos e outras formas de prote��o come�am a se desgastar.

E as c�lulas de defesa parecem se lembrar de algumas infec��es melhor do que outras, por raz�es ainda n�o totalmente compreendidas.

Parte disso provavelmente tem a ver com os diferentes tipos de imunidade que a gente desenvolve, segundo o microbiologista Simon Clarke, da Universidade de Reading, no Reino Unido.

Os anticorpos produzidos pelo sistema imunol�gico para alguns v�rus ap�s uma infec��o ou vacina��o desaparecem de forma relativamente r�pida. Mas esse processo geralmente deixa para tr�s as c�lulas T, que oferecem uma prote��o mais lenta e duradoura. Essas unidades de defesa n�o impedir�o que voc� pegue a infec��o, mas podem evitar que voc� fique muito doente e precise ser internado ou corra risco de morte.

O lugar do corpo onde ocorrem essas respostas imunes tamb�m desempenha um papel revelante, diz Clarke.

O v�rus que causam a covid-19 afetam o nariz e o trato respirat�rio. Embora existam respostas imunes que ocorrem nessa parte do organismo, a maioria dos anticorpos produzidos ap�s a vacina��o s�o encontrados no sangue.

Portanto, voc� ainda pode contrair a infec��o, mas os anticorpos e outras estrat�gias imunes v�o impedir que ela 'se aprofunde' em seu corpo, protegendo justamente contra as complica��es mais graves da doen�a.


Tipos de vacina contra covid
(foto: BBC)

O v�rus � novo

Outra coisa a ter em mente � a frequ�ncia com que voc� est� exposto a uma infec��o.

Voc� pode nunca ter contato com o t�tano, o que significa que a vacina � a �nica chance que seu corpo tem de aprender como � a bact�ria causadora da enfermidade e a melhor maneira de combat�-la.

Depois de alguns anos, essa mem�ria imune tende a desaparecer.

Por outro lado, um pat�geno respirat�rio comum chamado v�rus sincicial respirat�rio (VSR), que pode deixar as crian�as muito doentes, geralmente � extremamente leve ou assintom�tico em adultos.

Voc� provavelmente j� foi exposto a ele tantas vezes que seu sistema imunol�gico se torna muito eficiente em combat�-lo.

Antes do final de 2019, ningu�m havia tido contato com o coronav�rus causador da covid e, portanto, n�o havia imunidade contra ele.

Passados mais de dois anos do surgimento desse agente infeccioso, os dados mostram que as pessoas tiveram muito contato ele. De acordo com pesquisas feitas no Brasil, na Su�cia e na Reino Unido, a combina��o de vacinas e da infec��o fornece uma prote��o forte.

No entanto, alguns cientistas levantaram preocupa��es de que isso levar� mais pessoas a desenvolver a chamada covid longa, com sintomas que se prolongam por meses (ou at� anos).

Ainda precisaremos de refor�os?

Representantes da OMS disseram em janeiro que "� improv�vel que doses repetidas de refor�o da composi��o original da vacina sejam apropriadas ou sustent�veis".

Muitos pa�ses de renda mais alta ofereceram uma terceira dose da vacina a todos.

Por�m, quando se trata de uma quarta dose, a maioria das estrat�gias de refor�o foi direcionada at� o momento a grupos mais vulner�veis �s complica��es da covid.

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