
A entidade aponta que a pandemia causou impacto negativo no atendimento, em exames e no tratamento oncol�gico, 'evidenciando a fragmenta��o do Sistema de Sa�de'. Por outro lado, a resposta � COVID em n�veis municipal, estadual e federal mostrou que 'uni�o de esfor�os e a prioridade dada ao tema possibilitaram inova��es e adapta��es, direcionaram recursos, aceleraram decis�es, provando que � poss�vel enfrentar o problema quando h� reconhecimento p�blico da gravidade, aliada a vontade pol�tica e uni�o'.
A Federa��o argumenta que o c�ncer � gerador de uma 'crise de sa�de p�blica' e que, 'se n�o enfrentada de forma assertiva e com a tempestividade e estrutura necess�rias para trat�-la como uma prioridade, pode se tornar uma s�ria emerg�ncia em sa�de p�blica, como j� foi declarado em outros pa�ses'.
"A pandemia mudou o cen�rio do c�ncer, impactando negativamente no diagn�stico precoce, onde se tem mais chances de recupera��o ou da ado��o de tratamentos iniciais, al�m de descontinuidade de tratamentos, reduzindo �ndice de cura. Com isso, as proje��es indicam um aumento na mortalidade em fun��o da doen�a", aponta a presidente da Femama, Maira Caleffi.
Entre os pontos destacados no documento - veja abaixo as seis li��es e as seis recomenda��es - est�o a agilidade na organiza��o e apresenta��o de dados a n�vel nacional para direcionamento de pol�ticas e verbas p�blicas a tratamentos emergenciais e conscientiza��o da popula��o.
"Iniciativas importantes ocorreram no pa�s nos �ltimos anos, mas � preciso fazer mais e avan�os n�o podem retroceder. A pandemia trouxe desafios em diversos aspectos. Apesar da instabilidade na presta��o de servi�os e interrup��o ou atraso nos atendimentos, vimos que a uni�o de esfor�os e a defini��o de prioridades permitem inova��es e adapta��es. Queremos levar esse aprendizado para a oncologia tamb�m", enfatiza Caleffi, ressaltando que, atualmente, o governo federal � um dos maiores dificultadores desse trabalho.

Para a produ��o do conte�do, a entidade se reuniu em uma s�rie de encontros virtuais com lideran�as da entidade e das suas ONGs associadas, que somam mais de 70 membros do Governo, pacientes, profissionais da sa�de, representantes da ind�stria farmac�utica e operadoras de sa�de e de entidades do setor. De acordo com Caleffi, representantes de governos estaduais e municipais participaram dos encontros, por�m o governo federal n�o atendeu ao chamado.
Li��es da pandemia:
- Com uni�o de esfor�os � poss�vel ter dados em tempo h�bil para a tomada de decis�es
- Integra��o de sistemas de informa��o e n�veis de aten��o permitem um melhor acompanhamento do paciente
- Adequa��o de recursos financeiros e infraestrutura de acordo com as necessidades promovem maior equidade no cuidado
- A tecnologia pode ser uma aliada importante do setor sa�de, mas � preciso discutir tamb�m seus limites
- Atua��o interdisciplinar e intersetorial permite olhar para o contexto em que cada indiv�duo est� inserido, e n�o apenas para a doen�a
Recomenda��es p�s-pandemia:
- Melhorar a notifica��o do c�ncer e disponibiliza��o dessas informa��es em tempo h�bil para a tomada de decis�o
- Promover a integra��o entre sistemas de informa��o e n�veis de aten��o para melhor acompanhamento (navega��o) do paciente oncol�gico no sistema
- Ampliar recursos destinados ao controle do c�ncer e aproveitar a capacidade instalada com a Covid-19 para diagn�stico e tratamento
- Ampliar e melhorar a comunica��o em sa�de para a popula��o
- Promover ampla discuss�o sobre a regulamenta��o da tecnologia na sa�de e, especificamente, na assist�ncia � sa�de
- Promover maior articula��o entre diferentes setores sociais, �reas da sa�de e entre o p�blico e privado