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Estado de Minas COMBATE AO C�NCER

Femama publica documento in�dito para debater controle do c�ncer e COVID

A entidade aponta que a pandemia causou impacto negativo no atendimento, em exames e no tratamento oncol�gico, 'evidenciando a fragmenta��o do Sistema de Sa�de'


07/06/2022 17:30 - atualizado 07/06/2022 20:09

Combate ao câncer
Amplia��o da comunica��o da sa�de e conscientiza��o da popula��o s�o medidas a serem tomadas para melhorar o combate oncol�gico no pa�s (foto: Reprodu��o/Pixabay)
As restri��es adotadas na pandemia de COVID e o medo da doen�a fez com que a popula��o ficasse ref�m de outras doen�as graves e que precisavam de tratamento emergencial. O c�ncer, principal causa de mortalidade em todo o mundo segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), pode ter sido a principal delas. Com base nesse cen�rio, a Federa��o Brasileira de Institui��es Filantr�picas de Apoio � Sa�de da Mama (Femama) lan�ou um documento in�dito - que pode ser acessado aqui - com li��es aprendidas na pandemia e recomenda��es para retomar e melhorar o controle oncol�gico no Brasil.

A entidade aponta que a pandemia causou impacto negativo no atendimento, em exames e no tratamento oncol�gico, 'evidenciando a fragmenta��o do Sistema de Sa�de'. Por outro lado, a resposta � COVID em n�veis municipal, estadual e federal mostrou que 'uni�o de esfor�os e a prioridade dada ao tema possibilitaram inova��es e adapta��es, direcionaram recursos, aceleraram decis�es, provando que � poss�vel enfrentar o problema quando h� reconhecimento p�blico da gravidade, aliada a vontade pol�tica e uni�o'.

A Federa��o argumenta que o c�ncer � gerador de uma 'crise de sa�de p�blica' e que, 'se n�o enfrentada de forma assertiva e com a tempestividade e estrutura necess�rias para trat�-la como uma prioridade, pode se tornar uma s�ria emerg�ncia em sa�de p�blica, como j� foi declarado em outros pa�ses'.

"A pandemia mudou o cen�rio do c�ncer, impactando negativamente no diagn�stico precoce, onde se tem mais chances de recupera��o ou da ado��o de tratamentos iniciais, al�m de descontinuidade de tratamentos, reduzindo �ndice de cura. Com isso, as proje��es indicam um aumento na mortalidade em fun��o da doen�a", aponta a presidente da Femama, Maira Caleffi.

Entre os pontos destacados no documento - veja abaixo as seis li��es e as seis recomenda��es - est�o a agilidade na organiza��o e apresenta��o de dados a n�vel nacional para direcionamento de pol�ticas e verbas p�blicas a tratamentos emergenciais e conscientiza��o da popula��o.

"Iniciativas importantes ocorreram no pa�s nos �ltimos anos, mas � preciso fazer mais e avan�os n�o podem retroceder. A pandemia trouxe desafios em diversos aspectos. Apesar da instabilidade na presta��o de servi�os e interrup��o ou atraso nos atendimentos, vimos que a uni�o de esfor�os e a defini��o de prioridades permitem inova��es e adapta��es. Queremos levar esse aprendizado para a oncologia tamb�m", enfatiza Caleffi, ressaltando que, atualmente, o governo federal � um dos maiores dificultadores desse trabalho.

Maira Caleffi
Presidente da Femama, Maira Caleffi apresentou li��es aprendidas e medidas a serem adotadas no combate ao c�ncer no Brasil p�s-pandemia (foto: Reprodu��o/FEMAMA)
"Temos leis e medidas que foram votadas e outras em discuss�o e an�lise. Nos �ltimos meses, pautas importantes de oncologia passaram na C�mara e no Senado, mas foram vetadas pelo presidente. Agora [ap�s a COVID] precisamos tomar conta da popula��o que ficou a deriva e tudo est� atrasado, inclusive o rastreio de c�nceres que seriam cur�veis e preven�veis", esclarece Caleffi, revelando que a entidade tamb�m prepara um documento que ser� apresentado aos candidatos � Presid�ncia da Rep�blica para que a popula��o possa cobrar as medidas a serem adotadas.

Para a produ��o do conte�do, a entidade se reuniu em uma s�rie de encontros virtuais com lideran�as da entidade e das suas ONGs associadas, que somam mais de 70 membros do Governo, pacientes, profissionais da sa�de, representantes da ind�stria farmac�utica e operadoras de sa�de e de entidades do setor. De acordo com Caleffi, representantes de governos estaduais e municipais participaram dos encontros, por�m o governo federal n�o atendeu ao chamado.

Li��es da pandemia


- Com uni�o de esfor�os � poss�vel ter dados em tempo h�bil para a tomada de decis�es

- Integra��o de sistemas de informa��o e n�veis de aten��o permitem um melhor acompanhamento do paciente

- Adequa��o de recursos financeiros e infraestrutura de acordo com as necessidades promovem maior equidade no cuidado
 
- Transpar�ncia e comunica��o do governo sobre processos e crit�rios de decis�o possibilitam maior controle social e ades�o da popula��o a recomenda��es de sa�de

- A tecnologia pode ser uma aliada importante do setor sa�de, mas � preciso discutir tamb�m seus limites

- Atua��o interdisciplinar e intersetorial permite olhar para o contexto em que cada indiv�duo est� inserido, e n�o apenas para a doen�a

Recomenda��es p�s-pandemia:


- Melhorar a notifica��o do c�ncer e disponibiliza��o dessas informa��es em tempo h�bil para a tomada de decis�o

- Promover a integra��o entre sistemas de informa��o e n�veis de aten��o para melhor acompanhamento (navega��o) do paciente oncol�gico no sistema

- Ampliar recursos destinados ao controle do c�ncer e aproveitar a capacidade instalada com a Covid-19 para diagn�stico e tratamento

- Ampliar e melhorar a comunica��o em sa�de para a popula��o

- Promover ampla discuss�o sobre a regulamenta��o da tecnologia na sa�de e, especificamente, na assist�ncia � sa�de

- Promover maior articula��o entre diferentes setores sociais, �reas da sa�de e entre o p�blico e privado


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