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Estado de Minas SA�DE DA PELE

Cientistas espanh�is investigam nova estrat�gia para tratar a acne

Pesquisadores usam os pr�prios micr�bios da pele para atacar as bact�rias respons�veis pela forma��o da les�o


17/06/2022 09:54

Adolescente com acne
(foto: cottonbro/Pexels)

A bact�ria Cutibacterium acnes (C.acnes) � a mais abundante da pele humana. Existem diferentes cepas desse micro-organismo; algumas predominam na derme saud�vel e outras est�o associadas � temida acne, doen�a multifatorial comum em adolescentes, mas que pode acometer pessoas de qualquer idade. Em um estudo publicado na revista Plos Pathogens, cientistas da Universidade Pompeo Farma (UPF), em Barcelona, descrevem uma nova abordagem para eliminar cepas espec�ficas de um pat�geno associado a esse processo inflamat�rio, respons�vel pela obstru��o das gl�ndulas seb�ceas.

O microbioma � composto pelos micro-organismos que vivem dentro e fora do corpo. Esta complexa comunidade habita principalmente a pele, a mucosa oral e o trato gastrointestinal. Cada pessoa tem uma composi��o �nica e vive em simbiose com ela. Especificamente, o microbioma da pele e da epiderme � composto por v�rios seres microsc�picos, como bact�rias, v�rus e fungos. Quando o tecido est� saud�vel, h� um equil�brio dessas esp�cies. Por�m, no caso da acne, ocorre uma abund�ncia de certas cepas, levando a um desequil�brio conhecido como disbiose.

Segundo os pesquisadores espanh�is, o uso de medicamentos como antibi�ticos n�o � o ideal para lidar com a acne, pois acabam matando, al�m de diferentes cepas de C.acnes, outras bact�rias da pele, levando � disbiose. Para resolver esse problema, a equipe tentou uma nova abordagem, que consiste em manipular o pr�prio microbioma para tratar a inflama��o, sem provocar desequil�brio.

A estrat�gia � baseada em um dos organismos encontrados no microbioma da pele: os bacteri�fagos. Trata-se de v�rus que infectam bact�rias e podem ajudar a regul�-las. "Em nosso estudo, demonstramos que, por meio da chamada terapia bacteri�faga, � poss�vel modular a composi��o de cepas de C.acnes ao longo do tempo. Podemos reduzir as cepas associadas � acne sem afetar as que t�m caracter�sticas ben�ficas", explica Marc G�ell, coordenador do estudo.

Estrat�gia

Para abordar essas cepas especificamente por meio de bacteri�fagos, os cientistas focaram em um mecanismo que as bact�rias t�m para impedir que sejam infectadas. Por�m, s� as cepas ben�ficas apresentam esse sistema de defesa. "Usamos bacteri�fagos espec�ficos para atacar cepas patog�nicas, que s�o as que n�o possuem essa estrat�gia. As cepas ben�ficas t�m esse sistema defensivo contra os bacteri�fagos, portanto, ficam protegidas contra a infec��o", explica Nastassia Kn�dlseder , primeira autora do artigo.

Quanto a aplica��es futuras, Nastassia Kn�dlseder explica: "Poder�amos, por exemplo, usar bacteri�fagos para 'limpar' algumas das cepas existentes que habitam a pele. Isso nos permitiria ter mais espa�o dispon�vel para incorporar melhor as novas bact�rias ben�ficas", diz. "Este trabalho pode nos ajudar a modular o microbioma de forma mais eficiente, tanto para eliminar cepas indesejadas quanto para facilitar a introdu��o de novas terapias", conclui.


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