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Estado de Minas PANDEMIA

4� onda de COVID: como se proteger diante de aumento de casos no Brasil

N�mero de infec��es pelo coronav�rus vem subindo desde meados de maio. Manter a vacina��o em dia e cortar as cadeias de transmiss�o s�o passos fundamentais para evitar que a situa��o se agrave.


21/06/2022 17:49 - atualizado 21/06/2022 19:55

25 de março em São Paulo
Depois de meses em queda, casos de covid-19 voltam a subir no Brasil (foto: Getty Images)


Os casos de COVID-19 v�m subindo no Brasil. De acordo com as informa��es do Conselho Nacional de Secret�rios da Sa�de (Conass), o pa�s est� atualmente com uma m�dia m�vel de 37 mil novos casos por dia. No final de abril, essa taxa estava em 15 mil.




O coronav�rus tamb�m parece estar por tr�s da maioria das ocorr�ncias de S�ndrome Respirat�ria Aguda Grave (SRAG) no Brasil: segundo o mais recente Boletim InfoGripe, da Funda��o Oswaldo Cruz (FioCruz), 71,2% delas foram devido � COVID-19 nas �ltimas quatro semanas. No caso das mortes por SRAG, essa taxa � ainda mais alta: 96,4%.

Entre os motivos que ajudam a explicar essa nova piora, destacam-se o abandono de praticamente todas as medidas preventivas, como o uso de m�scaras em locais fechados, a chegada de tempos mais frios, a cobertura vacinal insuficiente e uma poss�vel queda na imunidade ap�s muitos meses da aplica��o das doses.

Mas ser� que � poss�vel se proteger e minimizar os danos individuais e coletivos nessa nova onda da pandemia? Existem pelo menos cinco medidas que diminuem o risco de infec��o, de desenvolver as formas graves da doen�a ou ao menos evitar a transmiss�o do v�rus para outros. Elas incluem vacina��o em dia e uso de m�scaras em determinadas situa��es, entre outras. Confira:

1. Vacina��o em dia

A vacina contra a COVID-19 n�o impede a infec��o pelo coronav�rus, ainda mais com a circula��o das novas variantes, como a �micron e suas derivadas. Mas � consenso entre os especialistas da �rea que as doses do imunizante s�o primordiais para diminuir a gravidade do quadro.

Ou seja: estar com o esquema vacinal em dia pode at� n�o evitar que voc� pegue o v�rus, mas na maioria das vezes torna a infec��o mais branda, sem necessidade de partir para uma interna��o ou o uso de rem�dios anti-inflamat�rios e m�quinas para a oxigena��o do organismo.

Os dados de vida real mostram como a vacina��o foi essencial para diminuir a taxa de hospitaliza��es e mortes desde o in�cio da pandemia: a m�dia m�vel di�ria de �bitos no pa�s chegou a 3 mil em abril de 2021. Com o avan�ar da campanha de imuniza��o, esse n�mero foi se reduzindo pouco a pouco — atualmente, essa taxa est� em 140, um valor 21 vezes menor, segundo dados da Universidade de Oxford (Inglaterra).

A quantidade de doses preconizadas varia de acordo com cada faixa et�ria ou condi��o de sa�de. Essas recomenda��es, ali�s, s�o atualizadas constantemente pelas autoridades em sa�de, conforme surgem novas evid�ncias cient�ficas sobre a melhor maneira de manter a prote��o atualizada em cada grupo.

Atualmente, o Minist�rio da Sa�de recomenda:

  • Adultos com mais de 40 anos: esquema inicial com duas doses + dose de refor�o quatro meses depois de completar o esquema inicial + segunda dose de refor�o quatro meses depois da primeira dose de refor�o;
  • Adultos entre 18 e 39 anos: esquema inicial com duas doses + dose de refor�o quatro meses depois de completar o esquema inicial;
  • Adolescentes entre 12 e 17 anos: esquema inicial com duas doses + dose de refor�o quatro meses depois de completar o esquema inicial;
  • Crian�as de 5 a 11 anos: esquema com duas doses.

Profissional da saúde segura vacina com mulher idosa ao fundo
Segunda dose do refor�o agora � recomendada para quem tem mais de 40 anos (foto: Getty Images)

Tamb�m � importante ficar atento ao calend�rio espec�fico de onde voc� mora, pois podem acontecer varia��es. Na d�vida, procure o posto de vacina��o mais pr�ximo de sua casa para receber orienta��es personalizadas.

A cobertura vacinal contra a COVID-19, inclusive, est� aqu�m do desejado em muitas partes do Brasil. Dez Estados (Roraima, Amap�, Acre, Tocantins, Maranh�o, Amazonas, Rond�nia, Alagoas, Mato Grosso e Para�ba) ainda n�o alcan�aram os 70% da popula��o com o esquema inicial de duas doses.

Para completar, apenas tr�s Estados (S�o Paulo, Piau� e Rio Grande do Sul) est�o com mais de 50% da popula��o com a primeira dose de refor�o no bra�o. Os dados foram compilados pelo cons�rcio de ve�culos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Sa�de.

2. Usar m�scaras em lugares fechados

Ao longo do primeiro semestre de 2022, munic�pios, Estados e o pr�prio Governo Federal promoveram uma s�rie de mudan�as nas regulamenta��es que foram criadas ao longo da pandemia para conter os n�meros de casos, hospitaliza��es e mortes por COVID.

O principal s�mbolo disso foi a libera��o das m�scaras, que deixaram de ser obrigat�rias na maioria dos lugares, inclusive em estabelecimentos fechados ou onde h� aglomera��o.

� �poca, a decis�o foi bastante criticada por especialistas. Muitos acreditavam que a melhora moment�nea dos n�meros da pandemia n�o era suficiente para relaxar de vez — e especialmente abolir o uso de m�scaras em lugares fechados ou com pouca circula��o de ar, contextos que facilitam demais a transmiss�o do coronav�rus.

Com a piora no n�mero de casos, diversas cidades em S�o Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paran� emitiram decretos que voltam a obrigar ou recomendar a utiliza��o desse equipamento de prote��o em ambientes fechados por causa do aumento de casos de COVID-19.

No fim de maio, por exemplo, o governo de S�o Paulo recomendar novamente seu uso nas escolas e em locais fechados.

O ideal, portanto, � usar a m�scara se voc� for para um lugar em que vai ter contato pr�ximo e prolongado com outros indiv�duos em locais com pouca ventila��o, como lojas, shoppings, escrit�rios, transporte p�blico…

Se poss�vel, d� prefer�ncia aos modelos profissionais, como a PFF2 e a N95, e certifique-se que a pe�a se encaixa bem e veda todas as entradas e sa�das de ar nas bochechas, no queixo e na ma�� do rosto.


Arte sobre diferentes tipos de máscara
(foto: BBC)

Arte sobre máscara PFF2
(foto: BBC)

3. Ficar atento aos sintomas

Num cen�rio com alta transmiss�o, o risco de ter contato com o coronav�rus aumenta. Portanto, � importante ficar atento aos sinais t�picos da COVID-19. Os mais comuns s�o:

  • Febre ou calafrios
  • Tosse
  • Dificuldade para respirar
  • Fadiga
  • Dor no corpo
  • Dor de cabe�a
  • Perda de olfato e paladar
  • Dor de garganta
  • Nariz entupido
  • N�usea
  • V�mito
  • Diarreia

Se voc� est� com um ou mais desses sintomas, o primeiro passo � limitar o m�ximo poss�vel o contato com outras pessoas para diminuir o risco de transmitir o v�rus adiante.

Depois, vale buscar o diagn�stico, sobre o qual falaremos no pr�ximo t�pico.

4. Fazer o teste

Como voc� pode conferir na lista acima, os sintomas da COVID se confundem muito com os inc�modos t�picos de outras doen�as, como a gripe e o resfriado.

Para ter certeza de que o agente causador do quadro � mesmo o coronav�rus, vale fazer um exame. Hoje em dia, � poss�vel encontrar nas farm�cias os testes r�pidos de ant�geno, que podem ser feitos em casa.

Outra op��o s�o os laborat�rios de an�lises cl�nicas, que oferecem n�o apenas o teste de ant�geno, mas tamb�m o RT-PCR, m�todo que traz resultados ainda mais confi�veis.


Autoteste de covid-19
Testes r�pidos de ant�geno foram aprovados em 2022 pela Anvisa e hoje est�o dispon�veis em farm�cias (foto: PA Media)

Nesse contexto, vale sempre buscar a orienta��o de um profissional de sa�de, que ajuda a interpretar os resultados e d� as orienta��es de tratamento mais adequadas de acordo com cada caso.

5. Seguir em isolamento se necess�rio

Se o teste tiver resultado negativo e mesmo assim os sintomas persistirem, vale seguir em isolamento por mais algum tempo at� se sentir melhor — voc� pode estar com resfriado ou gripe e h� o risco de transmitir esses v�rus para contatos pr�ximos.

Caso o resultado seja positivo, � importante ficar em casa e evitar o contato com outras pessoas na escola, no trabalho e em ocasi�es sociais por pelo menos cinco dias ou uma semana.

Se nesse meio tempo os sintomas da COVID piorarem, procure o hospital. Se melhorarem, tente repetir o teste (se poss�vel) e confira se houve alguma mudan�a no resultado.

O cuidado e o distanciamento devem ser ainda maiores se voc� tem contato com indiv�duos que possuem alto risco de desenvolver as formas graves da COVID, como idosos ou pacientes com o sistema imunol�gico comprometido.

Esse autoisolamento evita a cria��o de novas cadeias de transmiss�o do coronav�rus na comunidade — o que, em �ltima an�lise, pode representar um al�vio para a situa��o da COVID na sua regi�o ou at� no pa�s inteiro.

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