
Como compara��o, no primeiro semestre de 2021 foram feitos 7,2 milh�es de testes, sendo 74% PCR e os demais, testes r�pidos. O total de positivos foi de 15,6% ou 1,1 milh�o. Ou seja, de janeiro a junho do ano passado, o total de casos positivos foi menor que neste ano, apesar do dobro de exames.
Os dados do primeiro semestre de 2021 est�o relacionados � segunda onda de COVID-19, com predom�nio da variante delta, enquanto os de 2022 est�o na terceira onda, quando a predomin�ncia foi da variante �micron.
Segundo Alex Galoro, patologista e coordenador do Comit� de An�lises Cl�nicas da Abramed, a delta era mais grave e gerava mais interna��o em hospitais, o que pode ter causado medo na popula��o, ajudando a justificar o aumento na quantidade de testes no segundo semestre de 2021.
Segundo Alex Galoro, patologista e coordenador do Comit� de An�lises Cl�nicas da Abramed, a delta era mais grave e gerava mais interna��o em hospitais, o que pode ter causado medo na popula��o, ajudando a justificar o aumento na quantidade de testes no segundo semestre de 2021.
“Al�m disso, neste per�odo, havia a exig�ncia de exames para viagens, volta ao trabalho presencial e eventos culturais. As pessoas realizavam testes sem suspeita de terem a doen�a ou sem nenhum sintoma, apenas para comprovar o resultado negativo. J� no primeiro semestre de 2022, a positividade maior mostra que os testes foram efetuados realmente por pessoas que j� apresentavam sintomas”, explica Galoro.
Popula��o perde medo da doen�a e relaxa nas medidas farmacol�gicas
O patologista tamb�m cita a quest�o comportamental. Com o tempo, as pessoas foram perdendo o medo da doen�a e, com a confian�a na vacina, passaram a fazer menos testes, j� que os sintomas ficaram mais leves e persistem por menos tempo.
“Tamb�m temos visto um relaxamento em rela��o �s medidas n�o farmacol�gicas, ou seja, uso de m�scara e de �lcool em gel e distanciamento social. As pessoas n�o fazem mais quest�o de saber se est�o infectadas com a COVID-19”, diz Alex Galoro.
“Tamb�m temos visto um relaxamento em rela��o �s medidas n�o farmacol�gicas, ou seja, uso de m�scara e de �lcool em gel e distanciamento social. As pessoas n�o fazem mais quest�o de saber se est�o infectadas com a COVID-19”, diz Alex Galoro.
Esse comportamento tamb�m reflete a pr�pria evolu��o da doen�a. Com o contato com o v�rus e a cria��o de anticorpos, o organismo est� mais preparado para a resposta imunol�gica, por isso os picos de casos de coronav�rus s�o mais r�pidos e mais curtos, como pode ser visto nas �ltimas semanas em rela��o a novas variantes.
M�s a m�s de 2022
Em janeiro foram realizados 1.246.598 exames de COVID-19, sendo 559.972 positivos (taxa de 44,9%), enquanto em fevereiro, foram 604.900 exames, com 248.535 positivos (taxa de 41,1%). Mar�o registrou 249.620 exames, com 20.318 positivos (taxa de 8,1%). Em abril, dos 88.606 exames realizados, 9.366 deram positivo (taxa de 10,6%). Maio fechou com 277.922 exames e 77.301 positivos (taxa de 27,8%). Por fim, junho registrou 802.135 exames, com 329.549 positivos (taxa de 41,1%).
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�ltima semana de junho
A �ltima semana de junho (25/6 a 1º/7) foi marcada por queda no n�mero de exames de COVID-19, uma retra��o de 9% em rela��o � semana anterior (18/6 a 24/6). Foram feitos 154 mil exames, dos quais 64 mil deram positivo.
A propor��o de exames PCR observada nas associadas se manteve est�vel, em 84%. A taxa de positividade geral caiu, passando de 44,6% na semana anterior para 42% na semana atual. “Esse resultado j� indica uma tend�ncia de redu��o tanto no n�mero de testes quanto na positividade para os pr�ximos per�odos”, acrescenta Galoro.
Os n�meros referentes a testes para diagn�stico s�o os primeiros que mostram a evolu��o de uma doen�a e o aumento da transmissibilidade, por isso os resultados apresentados semanalmente pela Abramed s�o t�o importantes para o acompanhamento da COVID-19 no pa�s.