
Duas novas subvariantes derivadas da �micron est�o causando novos surtos de COVID-19 em todo o mundo.
A BA.4 e BA.5 foram detectadas pela primeira vez na �frica do Sul e podem, em breve, se tornar as cepas dominantes na Europa e nos Estados Unidos, de acordo com especialistas em sa�de.
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No Brasil, o �ltimo boletim do Instituto Todos pela Sa�de revela que essas variantes j� s�o respons�veis por 44% dos casos prov�veis de COVID-19 nas �ltimas semanas.
H� menos de um m�s, elas s� apareciam em 10,4% das amostras analisadas.
"Em breve, a maioria dos casos de covid-19 no Brasil ser� causada por essas variantes", projeta o relat�rio.
O que exatamente s�o as variantes BA.4 e BA.5?
Desde que surgiu, o coronav�rus vem sofrendo muta��es conforme se espalha pelo mundo. As novas vers�es que continuam a aparecer s�o chamadas de variantes.J� existem algumas variantes importantes detectadas a partir do final de 2020, como alfa, beta, gama e delta, que causaram ondas massivas de novos casos.
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As �ltimas a preocuparem os especialistas — a BA.4 e a BA.5 — est�o intimamente relacionadas com a variante �micron, que foi detectada no final de 2021.
Essas subvariantes que surgiram a partir da �micron "original" foram adicionadas � lista de monitoramento da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) em mar�o deste ano e tamb�m acabaram designadas como variantes de preocupa��o na Europa.
Onde elas est�o se espalhando?
A BA.4 e a BA.5 foram detectadas na �frica do Sul no in�cio do ano e agora parecem estar circulando com mais velocidade em compara��o com as demais variantes.
Elas j� est�o em circula��o na maioria dos pa�ses europeus e logo ser�o as principais respons�veis pelos novos casos de COVID. Isso, inclusive, j� aconteceu em Portugal, onde a BA.5 se tornou dominante.
Nos Estados Unidos, as autoridades apontam que tamb�m est�o vendo um n�mero crescente de infec��es causadas por essas duas novas subvariantes.
Os casos de COVID no Reino Unido j� mostram os primeiros sinais de um poss�vel aumento, impulsionado justamente por BA.4 e BA.5.
No Brasil, como citado no in�cio da reportagem, essas subvariantes caminham a passos largos para virarem as mais comuns nos estudos que realizam a vigil�ncia gen�mica.

Elas ser�o prejudiciais?
Os especialistas n�o t�m certeza de qual ser� o impacto da BA.4 e da BA.5 ao longo dos pr�ximos meses.
Pelo que se sabe at� o momento, elas n�o s�o mais letais do que outras variantes.
Al�m disso, boa parte da popula��o acumulou algum grau de imunidade por causa da vacina��o e de infec��es pr�vias, o que ajuda a tornar a COVID menos grave de uma maneira geral.
Mas essas novas subvariantes parecem estar se espalhando mais facilmente.
Isso ocorre em parte porque a imunidade das pessoas pode estar diminuindo, mas tamb�m por causa das muta��es que o v�rus sofreu.
Muitos pa�ses suspenderam as restri��es que marcaram os �ltimos dois anos, como o uso obrigat�rio de m�scaras e a proibi��o de aglomera��es, o que significa que as pessoas est�o se misturando mais — o que d� ao v�rus novas oportunidades para se espalhar.
A BA.4 e a BA.5 tamb�m parecem ser capazes de infectar mesmo aquelas pessoas que tiveram covid recentemente.
Todos esses fatores em conjunto aumentam o risco de uma nova onda de casos, que pode levar a um aumento de hospitaliza��es e mortes.
Como podemos nos proteger contra elas?
Assim como acontece com outras variantes do coronav�rus, o risco de desenvolver complica��es ou um quadro grave permanece mais alto entre pessoas idosas ou com condi��es de sa�de que prejudicam o funcionamento do sistema imunol�gico.
Embora as vacinas atuais n�o sejam perfeitas, elas continuam a ser a melhor linha de defesa.
Foram os imunizantes que diminu�ram significativamente o risco de covid grave diante de todas as principais variantes, incluindo alfa, beta, gama, delta e �micron.
Os m�dicos refor�am que tomar as doses preconizadas continua a ser vital para reduzir o risco de hospitaliza��o, intuba��o e morte.
Com que rapidez poder�amos desenvolver novas vacinas contra variantes?
Vers�es atualizadas de vacinas contra variantes da covid-19 est�o sendo projetadas e testadas neste momento.
Os fabricantes tamb�m podem aumentar a produ��o de novas doses rapidamente.
Enquanto isso, as ag�ncias regulat�rias est�o discutindo como acelerar o processo de aprova��o das vers�es atualizadas dos imunizantes espec�ficos para as novas variantes.
Como surgem as variantes?
Durante o processo de infec��o, os v�rus fazem c�pias de si mesmos.
Mas esse processo, que acontece de forma incessante, n�o � perfeito.
Algumas c�pias apresentam erros, que alteram o material gen�tico do v�rus.
Isso, por sua vez, resulta em novas vers�es do pat�geno.

Se essas altera��es aleat�rias trouxerem algum tipo de vantagem evolutiva ao v�rus, essa nova vers�o vai prosperar.
Quanto mais chances o agente infeccioso tiver para fazer c�pias de si mesmo em n�s — os hospedeiros —, mais oportunidades existem para que ocorram muta��es e apare�am novas variantes.
'Este texto foi originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-61839288'
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