Diabetes: qual � a melhor insulina para voc�?

Levando em conta o n�mero de diab�ticos no Brasil e no mundo, � mais do que necess�rio que se fale sobre esse horm�nio que � fundamental para essas pessoas: a insulina. 

Gabriela Iervolino, endocrinologista, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), explica que a insulina ï¿½ uma subst�ncia produzida pelo corpo quando se ingere algum alimento que contenha carboidrato, seja doce ou salgado. "A insulina NPH � uma medica��o que simula uma das subst�ncias do  corpo e foi desenvolvida para a manuten��o da glicemia est�vel no per�odo entre as refei��es, ou seja, ela serve para tratar os n�veis de glicose no sangue."

A endocrinologista conta que, como �nica representante das insulinas de a��o intermedi�ria, a NPH come�a a agir entre uma a duas horas, em m�dia, atingindo o seu pico de efeito entre quatro e 12 horas, podendo durar de oito a 18 horas, embora, tem se observado uma dura��o de mais ou menos oito horas. Nesse caso, ela precisa ser aplicada tr�s vezes por dia. Este � o tipo de insulina mais comum e mais usado pelos brasileiros.

"Trata-se de uma medica��o que, por conter dentro dela uma subst�ncia leitosa, na hora do uso precisa ser movimentada de forma lenta, em torno de 20 vezes, para se homogeneizar, sendo aplicada em seguida conforme a dosagem adequada para cada caso. Se a dose aplicada for em excesso, a glicemia cai tanto que o paciente perde a consci�ncia, podendo entrar em parada card�aca", alerta a m�dica.

H� outros tipos de insulina, como por exemplo a insulina degludeca, que � indicado para o tratamento do diabetes mellitus em adultos, adolescentes e crian�as com mais de 1 ano, podendo ser usada em combina��o com antidiab�ticos orais, assim como outras insulinas de a��o r�pida.

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Al�m disso, a insulina degludeca � mais flex�vel com o hor�rio, ou seja, o paciente n�o precisa ter necessariamente um hor�rio fixo, ele pode aplicar no hor�rio em que acordar, seja mais cedo ou mais tarde, e isso facilita a aplica��o", explica Gabriela Iervolino.

E h� algumas insulinas para a refei��o. "Uma especificamente mais moderna chamada Fiasp, pode ser aplicada at� 20 minutos depois da refei��o, facilitando a aplica��o e dando mais conforto ao paciente. Muitas vezes o diab�tico pode aplicar uma dose fixa ou ele pode contar os carboidratos ingeridos, aplicando exatamente a quantidade proporcional ao que ele est� comendo", destaca a m�dica.

Gabriela Iervolino enfatiza que, cada vez que a pessoa ingere glicose, ou seja, alimentos que viram a��car no sangue como doce, p�o, arroz, massas entre outros, corpo libera automaticamente a insulina. "Por�m, h� aqueles pacientes que n�o conseguem liber�-la naturalmente, ent�o � usada a insulina NPH ou outra insulina de longa a��o que serve para tratar o diabetes, e quando a sua glicemia est� muito alta ela ajuda a colocar a glicose dentro das c�lulas."

A endocrinologista lembra que esta insulina serve tanto para o in�cio do tratamento, quando paciente est� muito descompensado (mas n�o necessariamente voc� vai us�-la pelo resto da vida), ou quando o paciente tem fal�ncia do p�ncreas e, nesse caso, o paciente far� uso durante toda a sua vida.

"Todo paciente que faz uso da NPH precisa fazer a chamada “ponta de dedo”, que a gente chama de glicemia capilar ou dextro, antes das refei��es e antes de dormir, para ver se ainda est� precisando daquele medicamento. Se precisa aumentar, diminuir ou suspender. O tempo de uso vai depender disso, podendo ser tempor�rio ou por toda a vida. Lembrando que a pessoa que pratica atividade f�sica acaba ficando mais sens�vel � insulina, podendo diminuir as doses por conta da pr�tica ou at� mesmo suspender a medica��o", pontua a m�dica.

Gabriela Iervolino afirma que pessoas que est�o em um epis�dio de hipoglicemia, que � a glicemia menor do que 70, n�o podem fazer uso desse tipo de insulina, sen�o ela vai piorar. "A dose em excesso de insulina pode causar uma queda muito grande de a��car no sangue, causando mal estar, sudorese, batimento card�aco acelerado e fraqueza."

A NPH pode ser comprada em qualquer farm�cia, al�m de ser disponibilizada no SUS, com receita, pois usada da maneira errada acaba sendo prejudicial � sa�de. "Para a aplica��o, a agulha precisa estar na posi��o de 90°, n�o pode ser reutilizada, e a aplica��o n�o pode ser feita perto do umbigo. O correto � fazer um rod�zio de aplica��o", ensina a endocrinologista.