A diabetes se tornou um s�rio desafio para os agentes de sa�de no mundo todo, impactando todas as esferas respons�veis, incluindo governos e entidades internacionais. Todas as previs�es mais recentes v�m sendo superadas a cada nova triagem. A proje��o global do Atlas da Federa��o Internacional da Diabetes (IDF) para diabetes, em 2025, era de 438 milh�es de brasileiros. No entanto, antes mesmo do prazo final, essa previs�o j� foi ajustada para 463 milh�es em 2022.
O Brasil � o 5º pa�s com maior incid�ncia de pacientes diagnosticados com diabetes no mundo, com mais de 16,8 milh�es de casos em pessoas entre 20 e 79 anos, ficando atr�s somente da China, �ndia, Estados Unidos e Paquist�o. A estimativa da incid�ncia da doen�a em 2030 chega a 21,5 milh�es de brasileiros.
A nutricionista, p�s-graduada em nutri��o funcional e CEO da CalcLab (plataforma que faz leitura diagn�stica de exames laboratoriais), Karla Lacerda, explica que a Diabetes Mellitus (DM) � uma s�ndrome do metabolismo considerada uma doen�a cr�nica na qual o corpo n�o produz insulina ou n�o consegue empregar adequadamente a insulina que produz, de origem m�ltipla, decorrente da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos.
A insulina � o horm�nio produzido pelas c�lulas Beta no p�ncreas cuja principal fun��o � a manuten��o do metabolismo da glicose no corpo. Sua aus�ncia provoca desequil�brio no metabolismo e emprego adequado da glicose, gerando assim um quadro de diabetes. Caracteriza-se por altas taxas de a��car no sangue (hiperglicemia) de forma permanente.
Leia tamb�m: Condi��o de risco, diabtes gestacional tem alta prevl�ncia no Brasil
Atualmente, essa comorbidade � respons�vel por milh�es de mortes anuais, sendo s� em 2021 mais de 6 milh�es de �bitos, 1 a cada 5 segundos. Essa � a doen�a que mais gera custo, gastos e despesas para todos os envolvidos, em 2021 foram gastos, no mundo, mais de 65 bilh�es de d�lares com os desfechos de diabetes, de acordo com dados do Atlas de Diabetes IDF. Na Am�rica do Sul 1 a cada 11 adultos j� t�m o diagn�stico de diabetes, de acordo com o levantamento do Atlas de Diabetes IDF.
Ainda segundo dados do Atlas do diabetes, nos �ltimos dez anos houve um aumento de 26,61% no n�mero de pacientes diab�ticos no Brasil. Por isso, no dia 26 de junho a popula��o nacional se mobiliza para a expans�o da conscientiza��o sobre o diabetes mellitus. As duas principais formas de manifesta��o da doen�a s�o o tipo 1 e o tipo 2.
O tipo 1 se manifesta principalmente na inf�ncia ou adolesc�ncia, mas em casos mais raros, pode ser diagnosticado em adultos tamb�m e � sempre tratada com insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades f�sicas, para ajudar a manejar os n�veis sangu�neos de glicose.
"Cerca de 90% das pessoas com diabetes t�m o tipo 2, justamente por ser poss�vel adquirir a doen�a atrav�s de h�bitos alimentares muito ruins ao longo da vida", diz Karla Lacerda.
Leia tamb�m: Dicas para adaptar a casa e prevenir acidentes com pessoas idosas
A nutricionista relata que em algumas pessoas, o sistema imunol�gico ataca erroneamente e de forma equivocada as c�lulas beta do p�ncreas, destruindo o produtor de insulina, logo, pouca ou nenhuma insulina � liberada para o corpo e como consequ�ncia disso, a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. "Esse � o processo que caracteriza o tipo 1 de diabetes, que concentra entre 5 e 10% do total de pessoas com a doen�a".
Ela ainda explica que o tipo 2 normalmente � adquirido quando o organismo, ap�s estressar esse mecanismo de produ��o de insulina, n�o consegue mais usar adequadamente a que produz, ou n�o produz insulina suficiente para naturalmente controlar a glicemia. "Cerca de 90% das pessoas com diabetes t�m o tipo 2, justamente por ser poss�vel adquirir a doen�a atrav�s de h�bitos alimentares muito ruins ao longo da vida, o que resulta da resist�ncia � insulina e de defici�ncia na sua secre��o", diz Karla.
Leia tamb�m: Coqueluche: como � diagnosticada e quem est� em risco
A doen�a aparece mais frequentemente em adultos, mas crian�as tamb�m podem apresentar e dependendo do grau ou gravidade, pode ser controlado com atividade f�sica e planejamento alimentar. "Em outros casos, exige o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose", completa a nutricionista.
* Estagi�ria sob supervis�o da editora Ellen Cristie.