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Estado de Minas Diabetes

Insulina ultrarr�pida chega ao Brasil para tratamento de diabetes

Panteada como Fiasp, a nova insulina pode reduzir o tempo de aplica��o pr�via de 15 minutos para zero


09/06/2020 15:36 - atualizado 09/06/2020 16:17

Insulina ultrarrápida prevê eficácia no controle glicêmico de diabéticos referente ao de organismos saudáveis(foto: Pixabay)
Insulina ultrarr�pida prev� efic�cia no controle glic�mico de diab�ticos referente ao de organismos saud�veis (foto: Pixabay)

Pessoas com diagn�stico de diabetes Tipo 1, e algumas das consideradas do Tipo 2, precisam fazer aplica��o de insulina, a fim de controlar o n�vel de glicose no sangue. Neste contexto, existem in�meros tipos de insulina dispon�veis no mercado, que se diferenciam pelo tempo que demoram para fazer efeito e, tamb�m, pelo per�odo que ficam ativas no corpo. 

A partir do entendimento do funcionamento da insulina � que, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o diab�tico pode planejar suas refei��es e demais atividades do dia.

Portanto, o tempo de ativa��o da glicose no sangue se torna fundamental no tratamento e controle da doen�a. E � neste cen�rio que a empresa Novo Nordisk, localizada em Montes Claros, deu in�cio � patentea��o de uma insulina ultrarr�pida no Brasil. 

A diretora m�dica da Novo Nordisk Brasil, Priscilla Olim de Andrade Mattar, explica que a nova insulina, intitulada Fiasp (insulina asparte de a��o r�pida), foi criada a fim de que a administra��o do medicamento seja feita no momento exato da refei��o ou, at� mesmo, 20 minutos ap�s o in�cio da alimenta��o.  

“Esse medicamento tende a ser ben�fico para o amplo espectro de pessoas com diabetes no Brasil, que necessitam de insulina nas refei��es. A op��o de poder administrar a insulina imediatamente antes, ou at� 20 minutos ap�s, o in�cio de uma refei��o, sem comprometer o controle glic�mico geral, oferece uma vantagem para aqueles com hor�rios altamente vari�veis ou mesmo quando a ingest�o de alimentos � imprevis�vel.” 

Al�m disso, Priscilla destaca que, por esse tipo de insulina ser absorvida rapidamente pelo organismo, ela pode oferecer uma vantagem particular �s pessoas que usam um sistema de infus�o subcut�nea cont�nua de insulina, a conhecida bomba de insulina, permitindo um melhor desempenho no controle dos n�veis de glicemia em um determinado intervalo de tempo, ao longo do dia. 

“De uma forma geral, as caracter�sticas da Fiasp representam mudan�as positivas a longo prazo, como maior ades�o ao tratamento, visto que esse tipo de insulina facilita a rotina alimentar; melhora no controle da glicemia p�s-prandial, aquela depois das refei��es; e um controle efetivo da hemoglobina glicada, um indicativo importante da taxa de a��car no sangue acompanhado pelos m�dicos para diminuir as chances de complica��es da diabetes”, ressalta.
 

"Como resultado, a Fiasp chega � corrente sangu�nea duas vezes mais r�pido que as insulinas r�pidas tradicionais, e tem um melhor efeito na redu��o da glicemia, contribuindo para um melhor controle glic�mico em pessoas com diabetes Tipo 1 e Tipo 2."

Priscilla Olim de Andrade Mattar, diretora m�dica da Novo Nordisk Brasil

 

Conforme elucidado pela diretora m�dica da Novo Nordisk Brasil, as insulinas de a��o r�pida, atualmente dispon�veis no mercado, t�m como objetivo corresponder a resposta natural � insulina de um corpo humano saud�vel ap�s a refei��o, para controlar o aumento dos n�veis de glicemia durante a ingest�o de a��cares e demais alimentos.

No entanto, Priscilla pontua que ainda h� certa inefici�ncia neste m�todo, justamente quanto a velocidade de a��o do medicamento. 

“Existe uma lacuna entre a velocidade das insulinas de a��o r�pida encontradas nos dias atuais e a resposta fisiol�gica da insulina natural de uma pessoa sem diabetes ap�s uma refei��o. Essa lacuna na resposta � insulina leva a um maior tempo gasto em um estado elevado de glicemia durante a refei��o, denominada hiperglicemia p�s-prandial, frequente em pessoas com diabetes Tipo 1 e Tipo 2, que s�o tratadas com insulinas de a��o r�pida. Neste contexto, essas insulinas podem estar associadas a efeitos adversos � sa�de.” 

Portanto, Priscilla destaca que a Fiasp foi formulada a fim de obter uma resposta r�pida � insulina na hora das refei��es, com o intuito de se aproximar ainda mais da resposta fisiol�gica da insulina natural de um corpo humano saud�vel, melhorando o controle glic�mico, e preenchendo as “lacunas” comumente encontradas nos tratamentos tradicionais. 

Como a insulina ultrarr�pida age no organismo? 

 

Priscilla explica que a Fiasp utiliza uma mol�cula ativa de outro medicamento da Novo Nordisk, a NovoRapid (insulina asparte), a fim de criar uma formula��o inovadora. Por isso, segundo a diretora m�dica da empresa, no Brasil, o novo tratamento agrega vitamina B3, que aumenta a velocidade de absor��o, e um amino�cido natural, o L-Arginina, para que a estabilidade seja alcan�ada.  

“A nova formula��o resulta na insulina ultrarr�pida, que se assemelha � insuliniza��o natural de uma pessoa sem diabetes depois das refei��es, em compara��o � insulina convencional.” 

Sendo assim, Priscilla explica que a capacidade de melhor efic�cia deste medicamento se d� no uso da vitamina B3, visto que ela pode facilitar a absor��o inicial da insulina ultrarr�pida e promover, tamb�m, uma dissocia��o mais r�pida de hex�meros da insulina asparte, na interface subcut�nea-endotelial, ap�s inje��o subcut�nea, resultando em uma forma��o mais r�pida de mon�meros de insulina asparte a serem absorvidos, por meio da barreira endotelial. 

“Como resultado, a Fiasp chega � corrente sangu�nea duas vezes mais r�pido que as insulinas r�pidas tradicionais, e tem um melhor efeito na redu��o da glicemia, contribuindo para um melhor controle glic�mico em pessoas com diabetes Tipo 1 e Tipo 2.”   

Neste contexto, a insulina ultrarr�pida pode ser aplicada em pessoas com diabetes Tipo 1 e Tipo 2, inclusive crian�as, a partir de um ano, adolescentes e gestantes, conforme aprova��o feita pela Associa��o Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No entanto, segundo Priscilla, a recomenda��o � que esta seja uma decis�o m�dica, a considerar o quadro cl�nico de cada paciente. 

Priscilla Olim de Andrade Mattar, diretora médica da Novo Nordisk Brasil(foto: Divulgação)
Priscilla Olim de Andrade Mattar, diretora m�dica da Novo Nordisk Brasil (foto: Divulga��o)
“A migra��o � simples, mas qualquer altera��o no tratamento deve ser feita sob a supervis�o rigorosa de um profissional de sa�de. Assim como com todas as insulinas, recomenda-se um monitoramento cuidadoso durante essa convers�o inicial e nas semanas seguintes.” 

Segundo a diretora m�dica, a aplica��o deve ser feita em at� dois minutos antes do in�cio da refei��o, com a op��o de ser administrada at� 20 minutos ap�s o in�cio da ingest�o. A inje��o pode ser feita na parede abdominal ou no bra�o.  

Priscilla pontua, ainda, que n�o foram observadas diferen�as significativas nas quantidades de anticorpos anti-insulina ou na ocorr�ncia de rea��es al�rgicas no local de inje��o. 


Diabetes no Brasil e no mundo 


De acordo com a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), cerca de 16 milh�es de pessoas sofrem com diabetes, no Brasil. Ainda, segundo a entidade, a doen�a � respons�vel por 5% das mortes globais, e este n�mero tende a aumentar em 50% nos pr�ximos 10 anos, se medidas emergenciais n�o forem tomadas. 

Diabetes � uma doen�a cr�nica, na qual o corpo n�o produz insulina, horm�nio que controla a quantidade de glicose no sangue, ou n�o consegue empregar adequadamente a insulina que produz. O corpo precisa desse horm�nio para utilizar a glicose, obtida por meio de alimentos, como fonte de energia.

Quando a pessoa tem diabetes, no entanto, o organismo n�o fabrica insulina e n�o consegue utilizar a glicose adequadamente. O n�vel de glicose no sangue, ent�o, fica alto. Se esse quadro permanecer por longos per�odos, poder� haver danos em �rg�os, vasos sangu�neos e nervos.

Essa � a defini��o feita pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), que pontua ainda ser importante a realiza��o de um diagn�stico correto, bem como um acompanhamento m�dico especializado, a fim de controlar a doen�a e melhorar a qualidade de vida. 

* Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram 


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