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Estado de Minas SA�DE MENTAL

Estudos mostram que trabalho remoto pode levar � exaust�o

Pesquisas recentes apontam que o trabalho remoto tem desgastado e comprometido a sa�de mental de pessoas


22/07/2022 15:49 - atualizado 22/07/2022 17:15

Mulher jovem trabalhando de home office
No modelo remoto, o trabalho pode prejudicar a sa�de mental das pessoas (foto: Freepik/Divulga��o)
Esgotamento f�sico-mental se d� muito mais pela forma com que nos relacionamos do que com o que nos relacionamos no quesito rotina laboral. � o que apontam pesquisas recentes realizadas pela Gallup.

Cerca de 86% das pessoas que trabalham de forma remota apresentaram pelo menos um dos 12 est�gios dentro das seis etapas at� o n�vel m�ximo de exaust�o.

 

Mais de 67% das pessoas ainda se sentem pressionadas a estarem dispon�veis durante todo o tempo, inclusive fora da jornada "tradicional", conhecida como "horas �teis", ou mesmo fora dos hor�rios combinados previamente, e 45% declaram estar trabalhando mais horas do que deveria.

 

Segundo a psicanalista e CEO do Ipefem, Ana Tomazelli, um profissional home office ganhar folga ou tirar f�rias � algo praticamente imposs�vel.

 

"Como posso me dar ao luxo de desaparecer, se j� nem existo? Se n�o me veem? Reconhecer, nomear e interromper as viol�ncias invis�veis deveria estar na prioridade de todo o time. Somos excelentes em saber quando sofremos algo, mas muito pouco eficientes em identificar quando somos os agentes agressores", afirma Ana.

Peso maior

 

No modelo remoto, segundo ela, o trabalho ganha um peso muito maior, principalmente na abordagem verbal. "� preciso declarar os limites, fazer mais perguntas, aprender a manifestar os desagrados e buscar consensos. � preciso elogiar mais, celebrar mais, acolher mais", detalha a psicanalista.

 

As "viol�ncias invis�veis" ganham muito espa�o em formatos h�bridos ou 100% remotos: a cobran�a por resultados, o WhatsApp, o e-mail com letras mai�sculas, a retirada de tarefas, a exclus�o dos eventos, a piada sobre o corpo, a insist�ncia na intimidade, a falta de feedback, as amea�as indiretas e o deboche diante de um resultado que poderia ter sido melhor s�o o ponto de partida e a nutri��o de um ambiente doente, diz Ana. 

 

"N�o respeitar os pr�prios limites (ou nem os reconhecer) tamb�m contribui para exaust�o, mas � injusto atribuir responsabilidades individuais quando o problema � sist�mico e quando o medo de perder a fonte de renda � maior do que a coragem de se preservar. Por outro lado, esperar que o sistema mude, no curto prazo, � quase ing�nuo da nossa parte, o que nos traz de volta �s esferas mais particulares", destaca.

 

Sa�de mental

O Brasil acumula posi��es preocupantes quando o assunto � sa�de mental, diretamente relacionado a quem trabalha de forma remota. Atualmente, o pa�s ocupa o primeiro lugar no ranking de ansiedade em n�vel global, segundo em burnout e quinto em depress�o.

 

"� necess�rio entender que estat�sticas sociais s�o estat�sticas corporativas. Temos a tend�ncia de colocar a culpa nas empresas, esquecendo que as empresas - e qualquer outra corpora��o - s�o representadas por pessoas. Se um jogador de futebol faz algo errado, o que isso significa para o time?", finaliza a profissional.

 

Leia tamb�m: Dando adeus � ansiedade: como se livrar do 'sequetro mental' 

* Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Thiago Prata


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