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Estado de Minas HEPATITE INFANTIL

Cientistas descobrem causa prov�vel de surto de hepatite infantil

Especialistas do Reino Unido acreditam ter identificado causa da recente onda de misteriosos problemas hep�ticos que afetam crian�as


26/07/2022 09:25 - atualizado 26/07/2022 09:25

Noah and his mum Rebecca
Rebecca diz que seu filho, Noah, ficou muito doente em pouco tempo (foto: BBC)
Especialistas do Reino Unido acreditam ter identificado a causa da recente onda de misteriosos problemas hep�ticos que afetam crian�as pequenas em todo o mundo.

As investiga��es sugerem que dois v�rus comuns voltaram a circular ap�s o fim das restri��es impostas pelos governos para controlar a pandemia da COVID-19 — e desencadearam os raros, mas muito graves, casos de hepatite.


Acredita-se que mais de mil crian�as — muitas com menos de cinco anos — em 35 pa�ses foram afetadas. Algumas delas, incluindo 12 no Reino Unido, precisaram de um transplante de f�gado para continuar vivendo.

No Brasil, casos suspeitos foram investigados pelo Minist�rio da Sa�de, com sete mortes confirmadas at� meados de junho.

Duas equipes de pesquisadores, de Londres, na Inglaterra e Glasgow, na Esc�cia, dizem que beb�s expostos mais tarde do que o normal — por causa das restri��es da pandemia — perderam alguma imunidade precoce a:

  • adenov�rus, que normalmente causa resfriados e dores de est�mago
  • v�rus adeno-associado dois (AAV2), que normalmente n�o causa doen�a e requer um v�rus "auxiliar" coinfectante — como o adenov�rus — para se replicar

Isso poderia explicar por que alguns desenvolveram complica��es hep�ticas incomuns e preocupantes. 

Leia tamb�m: Dois v�rus comuns est�o por tr�s de surto de hepatite infantil .

Noah
Noah � uma das 10 crian�as nos �ltimos meses que precisaram de um transplante de f�gado para a doen�a (foto: BBC)

Noah, de tr�s anos, que mora em Chelmsford, Essex, precisava de um transplante urgente de f�gado depois de ficar gravemente doente com hepatite. Sua m�e, Rebecca Cameron-McIntosh, diz que a experi�ncia foi devastadora. "N�o tinha nada de errado antes, e de repente a sa�de dele mudou. Acho que foi isso que nos pegou de surpresa. N�s apenas assumimos que era um pequeno problema que seria facilmente resolvido — mas o quadro continuou a se desenvolver."

Inicialmente, Rebecca estava na fila para doar parte de seu f�gado — mas, ap�s uma grave rea��o �s drogas usadas, ela acabou na UTI.

Noah foi colocado na lista de transplantes e, logo depois, recebeu um novo �rg�o.

Sua recupera��o foi boa — mas ele precisar� tomar medicamentos imunossupressores por toda a vida, para impedir que seu corpo rejeite o novo f�gado.


Rebecca
Rebecca diz que Noah vai ficar tomando rem�dios por toda a vida (foto: BBC)

"H� algo realmente comovente nisso porque voc� segue as regras, faz o que deve fazer para proteger as pessoas que s�o vulner�veis %u200B%u200Be ent�o, de uma maneira horr�vel e indireta, seu pr�prio filho se tornou mais vulner�vel porque voc� fez o que deveria fazer", diz a m�e.


Casos como este s�o raros. A maioria das crian�as que pegam esses tipos de v�rus se recuperam rapidamente.

N�o est� claro por que alguns desenvolvem inflama��o no f�gado — mas a gen�tica pode influenciar na gravidade do quadro.

Os cientistas descartaram qualquer conex�o com vacinas contra o coronav�rus ou � pr�pria COVID-19.

Leia tamb�m:  OMS confirma 169 casos de hepatite de origem desconhecida.

Uma das pesquisadoras, a professora Judith Breuer, especialista em virologia, da Universidade College London e do Hospital Great Ormond Street, disse que "durante o per�odo de lockdown, quando as crian�as n�o estavam se misturando, elas n�o estavam transmitindo v�rus umas �s outras. Eles n�o estavam desenvolvendo imunidade �s infec��es comuns que normalmente encontrariam."

"Quando as restri��es terminaram, as crian�as come�aram a se misturar e os v�rus passaram a circular livremente — e de repente eles foram expostos com essa falta de imunidade pr�via a toda uma bateria de novas infec��es".

Os especialistas est�o esperan�osos de que os casos estejam diminuindo, mas ainda se mant�m em alerta para novos quadros.

A professora Emma Thomson, que liderou a pesquisa da Universidade de Glasgow, disse que ainda havia muitas perguntas sem resposta. "Estudos maiores s�o urgentemente necess�rios para investigar o papel do AAV2 em casos de hepatite pedi�trica."

"Tamb�m precisamos entender mais sobre a circula��o sazonal do AAV2, um v�rus que n�o � monitorado rotineiramente — pode ser que um pico de infec��o por adenov�rus tenha coincidido com um pico de exposi��o ao AAV2, levando a uma manifesta��o incomum de hepatite em crian�as suscet�veis.

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