(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas SA�DE

Sempre cansado! Entenda o que � a s�ndrome da fadiga cr�nica

Caracterizada por um cansa�o que n�o melhora nem com repouso, a doen�a apresenta sintomas muito semelhantes �s sequelas da COVID-19


31/07/2022 04:00 - atualizado 31/07/2022 09:27

Ilustração
A s�ndrome da fadiga cr�nica (SFC) ou encefalomielite mi�lgica � uma condi��o em que o paciente sente um cansa�o extremo e, mesmo com o repouso — em qualquer quantidade —, n�o h� melhora dos sintomas. Essa condi��o, envolta ainda em mist�rios e desconhecimentos, afeta milh�es de pessoas pelo mundo.
 
Antes conhecida apenas no meio m�dico, a s�ndrome come�ou a se popularizar recentemente por ser uma das poss�veis sequelas tardias da COVID-19. Pouco ainda se pode afirmar sobre quais seriam os resultados a longo prazo das infec��es pelo novo coronav�rus, mas a semelhan�a dos sintomas – cansa�o, dores musculares e articulares, febre baixa e perda de mem�ria – est� colocando essa condi��o no topo das investiga��es.
 
A oscila��o da intensidade dos sintomas varia de acordo com os est�mulos – excesso de atividades f�sicas e mentais, estresse ou relaxamento –, mas a persist�ncia deles no corpo por mais de seis meses caracterizam a doen�a como cr�nica, como explica M�rden Mendes da Silva, reumatologista da Oncocl�nicas Bras�lia.

Causas e diagn�stico


A s�ndrome da fadiga cr�nica � envolta em incerteza, j� que as causas s�o diversas e ainda s�o estudadas. Muitas vezes, � associada a outras patologias, como anemia falciforme, doen�as autoimunes, inflama��es nas gl�ndulas e resposta e sequelas a quadros infecciosos. � justamente nessa �ltima causa que entram as investiga��es da sua liga��o com a persist�ncia dos sintomas de COVID-19 no corpo, mesmo quando a doen�a j� foi tratada, a chamada COVID longa.
 
N�o existem exames laboratoriais espec�ficos que precisem a s�ndrome da fadiga cr�nica. O diagn�stico � cl�nico, feito a partir da exclus�o de outras poss�veis causas que levariam a essa fadiga, como altera��es na tireoide e no sistema respirat�rio, efeitos colaterais de algumas medica��es, doen�as psiqui�tricas, como a depress�o, ou at� a fibromialgia, outra doen�a de car�ter reumatol�gico.
 
Todos podem ser acometidos pela doen�a, mas o diagn�stico � mais comum em mulheres por volta dos 40 anos.

Sintomas e tratamento


Al�m do principal – a fadiga forte, exaustiva e incapacitante, gerando um esgotamento f�sico e mental –, os sintomas se manifestam em forma de doen�as gastrointestinais, faringite sem pus, aumento de g�nglios linf�ticos e quadros de perda de mem�ria. Esses, mesmo que menos intensos, s�o o que muitas vezes levam o paciente a procurar ajuda de um especialista, pois a suspeita e outras condi��es  descartam o cansa�o apenas como rotineiro e resultante da correria do dia a dia.
 
N�o existe cura, mas h� medidas paliativas para tratar os sintomas e melhorar a condi��o de vida do paciente, que � prejudicada com a condi��o. Medicamentos auxiliam nas dores musculares, mas n�o s�o o pilar essencial. O trabalho conjunto da psicologia, da fisioterapia e o acompanhamento nutricional s�o extremamente necess�rios para criar uma rotina produtiva e saud�vel para o paciente, enquanto ainda n�o existem tratamentos espec�ficos.
 
A sociedade Brasileira de Reumatologia sugere que o paciente reorganize seu cotidiano para evitar o estresse f�sico e psicol�gico, mas sem deixar o sedentarismo tomar conta. Sugere a pr�tica gradual de exerc�cios f�sicos e da terapia cognitivo-comportamental – essa ajudar� a reconhecer as cren�as limitantes que podem dificultar a melhora da doen�a. Acupuntura, medita��o, t�cnicas de relaxamento, alongamentos, ioga e tai chi tamb�m s�o boas alternativas sugeridas para reduzir os sintomas.

* Estagi�ria sob a supervis�o de Sibele Negromonte
 

Tr�s perrguntas para...


Marden Mendes da Silva, reumatologista da Oncocl�nicas Bras�lia
 
O que deve ser feito pelo paciente para evitar a s�ndrome?
Como a s�ndrome pode ser resultado de v�rios fatores e doen�as diferentes, n�o existem ainda formas de “prever” ou evit�-la, mas acompanhamentos m�dicos de rotina, a pr�tica de atividade f�sica constante e checapes com especialistas podem amenizar a situa��o e auxiliar na descoberta precoce.

Qual o profissional mais indicado para diagnosticar a s�ndrome da fadiga cr�nica?
A avalia��o inicial de sintomas pode ser feito por um cl�nico geral, mas, para um diagn�stico mais preciso, deve haver um encaminhamento para reumatologistas, pneumologistas, otorrinos ou psiquiatras. Cada um desses profissionais ter� capacidade de investigar um dos desdobramentos referentes a s�ndrome.

A vida pessoal antes de adquirir a s�ndrome pode servir de gatilho e intervir de alguma forma na intensidade dos sintomas?
Os h�bitos di�rios, a alimenta��o e o hist�rico familiar, por exemplo, podem influenciar na s�ndrome, mesmo que ainda n�o existam pesquisas que comprovem essa rela��o direta. Uma alimenta��o balanceada, a pr�tica de atividades f�sicas constantes e o cuidado com a sa�de mental ser�o etapas essenciais em um tratamento preventivo da condi��o evitando poss�veis quadros mais intensos. 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)