
relacionamentos familiares. Al�m da sa�de p�blica, o poder judici�rio tamb�m reconheceu a import�ncia da constela��o familiar, que vem sendo adotada para resolver conflitos em 16 estados do Brasil.
Em 2018, o Sistema �nico de Sa�de (SUS) incluiu a constela��o nas Pr�ticas Integrativas e Complementares (PICS). Contudo, muitos ainda desconhecem a pr�tica e os benef�cios que essa abordagem alternativa gera nos A pr�tica, tamb�m conhecida como constela��o sist�mica, foi criada pelo alem�o Bert Hellinger, em 1978, e � baseada nas tr�s ordens do amor: hierarquia, pertencimento e equil�brio. De acordo com Marcel Scalcko, quando essas leis s�o desrespeitadas, a vida fica em desequil�brio.A constela��o pode ser feita em grupo ou invididualmente

A constela��o pode ser feita em grupo (workshop) ou individualmente. Uma constela��o se d� por meio da reuni�o do constelador, do paciente e de um grupo de pessoas que s�o convidadas a representar membros da sua fam�lia, de forma figurativa.
“Qualquer quest�o que tenha acontecido com os nossos antepassados, vai impactar toda a descend�ncia dessa fam�lia, caso fique oculto. Recebemos muitos casos conflitantes de pais e filhos. O Brasil � um pa�s sem pais. S�o sess�es emocionantes. H� pessoas que chegam para sess�o e dizem que n�o falam com o pai h� anos. Uma semana depois, me ligam e contam que fizeram as pazes. Isso porque a pessoa entendeu e fez valer as ordens do amor. Por meio da din�mica, ela equacionou algo dentro dela, em rela��o ao sistema familiar e s� assim pode fazer as pazes com o pai”, esclarece Scalcko.
Leia tamb�m: Impactos emocionais causados pela aus�ncia da figura paterna.
Conflito da m�e na escolha do pai do seu filho
A mineira F�bia Pires procurou a constela��o familiar, porque n�o aceitava a sua escolha para o pai de sua filha. “Na representa��o, entendi que a medida que julgava a minha pr�pria decis�o, afastava a minha filha de mim e n�o somente do pai. Com a din�mica, foi poss�vel olhar para esse pai com mais amor e carinho e perceber que ele era o melhor pai que a minha filha poderia ter. At� que consegui harmonizar a rela��o entre eu, ele e minha filha”, comenta a paciente.
F�bia conta, tamb�m, que foi provocada para olhar a rela��o e como enxergava essa paternidade. “Foi um momento de despertar, n�o apenas da paternidade do pai da minha filha com ela, mas tamb�m do meu pai comigo. Foi uma experi�ncia incr�vel, bem dolorosa, mas bem conduzida”.
Segundo o constelador Marcel Scalcko, os temas que mais aparecem na terapia alternativa s�o: desequil�brio financeiro, falta de um parceiro, desarmonia na fam�lia, dilemas na carreira, conflitos nos relacionamentos de casal. “Os resultados variam de pessoa para pessoa. A compreens�o do descumprimento das ordens do amor ocorre no evento. O tempo que a pessoa vai demandar para se submeter, respeitar e se alinhar as ordens do amor vai depender de cada um. H� pessoas que resistem, outras que se rendem".
Conhe�a as tr�s leis da vida na constela��o familiar
1 - Lei da ordem ou da hierarquia
"Existe uma ordem de chegada e os mais velhos, que chegaram primeiro, t�m certos privil�gios em rela��o aos mais novos. Por�m, quem chega antes tamb�m tem mais responsabilidades com rela��o a quem veio depois. Por outro lado, quem vem depois deve respeito e honra a quem chegou antes”. Marcel explica que se h� um conflito entre pai e m�e, por exemplo, o filho n�o pode entrar no meio para apaziguar ou defender um dos lados. Caso contr�rio, ele sai do lugar de filho e toma o partido por um dos pais. Dessa forma, ele estaria descumprindo a lei da ordem.
2 - Lei do pertencimento
“Ningu�m pode ser exclu�do do sistema familiar. Um exemplo de exclus�o seria uma m�e que sofreu um aborto e depois teve um filho. Esse filho n�o � o primog�nito. O filho que nasceu e morreu � o primeiro. Isso n�o pode ficar oculto ou passar despercebido. Caso contr�rio, essa fam�lia estaria excluindo a primeira crian�a e consequentemente desrespeitando a lei do pertencimento, ensina o constelador.
“Ningu�m pode ser exclu�do do sistema familiar. Um exemplo de exclus�o seria uma m�e que sofreu um aborto e depois teve um filho. Esse filho n�o � o primog�nito. O filho que nasceu e morreu � o primeiro. Isso n�o pode ficar oculto ou passar despercebido. Caso contr�rio, essa fam�lia estaria excluindo a primeira crian�a e consequentemente desrespeitando a lei do pertencimento, ensina o constelador.
3 - Lei do equil�brio
“Fala sobre a troca, o ato de dar e receber. Para as nossas rela��es funcionarem, devemos manter o equil�brio entre dar e receber. Por exemplo: quando ambas compartilham mutuamente, dando e recebendo aquilo que cada um � capaz”, acrescenta o especialista.
“Fala sobre a troca, o ato de dar e receber. Para as nossas rela��es funcionarem, devemos manter o equil�brio entre dar e receber. Por exemplo: quando ambas compartilham mutuamente, dando e recebendo aquilo que cada um � capaz”, acrescenta o especialista.