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Estado de Minas SA�DE DA MULHER

Pesquisa mostra queda em tratamento e diagn�stico de c�ncer de mama

Estudo analisou dados de rastreamento mamogr�fico, avaliando a taxa que mede a capacidade do SUS de atender a popula��o alvo de exames de rastreamento


17/10/2022 17:39 - atualizado 17/10/2022 17:42

Pesquisa mostra queda em tratamento e diagnóstico de câncer de mama
A recomenda��o da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) � que 70% da popula��o feminina fa�a o exame anualmente a partir dos 40 anos (foto: Sociedade Brasileira de Mastologia/Reprodu��o )

O Panorama da Aten��o ao C�ncer de Mama no Sistema �nico de Sa�de (SUS), que avaliou procedimentos de detec��o e tratamento da doen�a de 2015 a 2021 no Brasil, revelou dados que, segundo especialistas, s�o preocupantes. Com apenas 17% de alcance, o pa�s registrou, no ano passado, a menor taxa de cobertura mamogr�fica para mulheres entre 50 e 69 anos. Em 2019, quando tamb�m n�o tinha sido representativo, o percentual ficou em 23%. A recomenda��o da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) � que 70% da popula��o feminina fa�a o exame anualmente a partir dos 40 anos.

 

Segundo relat�rio do Panorama, o estudo informa sobre pacientes diagnosticadas com c�ncer de mama, com base no c�digo C50 da Classifica��o Estat�stica Internacional de Doen�as e Problemas Relacionados com a Sa�de (CID-10), atendidas no SUS de 2015 a 2021. “Para os dados do RHC [Registros Hospitalares de C�ncer],  foi analisado o per�odo entre 2015 e 2020.”


O estudo idealizado pelo Instituto Avon, uma organiza��o da sociedade civil sem fins lucrativos que defende os direitos fundamentais das mulheres, e pelo Observat�rio de Oncologia, analisou dados de rastreamento mamogr�fico, avaliando a taxa que mede a capacidade do SUS de atender a popula��o alvo de exames de rastreamento de c�ncer de mama. Foram considerados tamb�m �ndices de diagn�stico e de acesso aos tratamentos no Brasil, com base no Datasus, o sistema de inform�tica do SUS. A inten��o � contribuir para a elabora��o de pol�ticas p�blicas de sa�de que permitam a descoberta precoce, o acesso r�pido �s terap�uticas e a tomada de decis�es baseadas em evid�ncias.



De acordo com a pesquisa, mais de 437 mil mulheres passaram por procedimentos quimioter�picos no pa�s entre 2015 e 2021. No per�odo analisado, o Distrito Federal (DF) teve a pior taxa de cobertura mamogr�fica (4%), seguido por Tocantins, Acre e Roraima, com 6%.

Com a revela��o de dados que indicam defici�ncia de pol�ticas p�blicas para a sa�de das mamas durante a pandemia de covid-19, a diretora executiva do Instituto Avon, Daniela Grelin, ressaltou que � preocupante a perspectiva de mais mulheres chegarem ao SUS com diagn�stico avan�ado e, por isso, com menores chances de cura e de qualidade de vida. Os impactos da pandemia de 2020 a 2021, aliados � falta de prioridade em investimentos na sa�de feminina, resultam em n�meros que v�o prejudicar diretamente a sa�de das brasileiras nos pr�ximos anos, afirmou Daniela.


“O c�ncer de mama � a principal causa de morte por c�ncer entre as mulheres no pa�s e, quando descoberto em est�gio inicial, tem 95% de chances de cura”, acrescentou.


Assim como ocorreu na taxa de cobertura, os n�meros da produ��o de exames tamb�m ca�ram. Em 2020, a realiza��o de mamografias caiu 40% e, em 2021, apesar da vacina e da retomada de diversas atividades, a queda ficou em 18% na m�dia nacional, na compara��o com dados de 2019, per�odo anterior � pandemia. De 2015 a 2021, foram feitos 28.255.364 exames de mamografia no SUS, entre os quais, 27.853.787 foram aprovados.


Em 2020, o Centro-Oeste foi a regi�o com a mais acentuada queda do n�mero de exames (50%). A Regi�o Norte teve redu��o de 23% em 2020 e de 4% em 2021, comparado com o ano de 2019. J� em 2021 a maior redu��o foi na Regi�o Sul (23%).


Segundo o trabalho, a diminui��o de cobertura e de produ��o de mamografias, que � o principal exame de rastreamento e diagn�stico de c�ncer de mama, resulta em avalia��o tardia para a chegada da popula��o feminina ao tratamento.


Para a coordenadora do Observat�rio de Oncologia, Nina Melo, � fundamental conhecer o cen�rio local para direcionamento de a��es. “O Panorama tem esse papel e � um grande aliado do gestor de sa�de, tanto da esfera municipal quanto da estadual, para agir de maneira mais eficaz. O c�ncer de mama j� tinha desafios relacionados ao diagn�stico e acesso ao tratamento e que foram potencializados com a pandemia de covid-19. Divulgar essas informa��es alarmantes tanto nacional quanto regionalmente � de fundamental import�ncia”, afirmou.

Atendimentos

Os n�meros dos diagn�sticos avan�ados da doen�a no Brasil no per�odo de 2015 a 2021 equivalem a 42% dos casos. Os casos avan�ados que receberam os procedimentos de tratamento em 2020 atingiram 43% e, em 2021, 45% do total de casos de mulheres que receberam tais procedimentos nos est�gios 3 e 4. No ano passado 45% das mulheres que fizeram quimioterapia para tratar c�ncer de mama, receberam o diagn�stico em est�gio avan�ado. O percentual significa 157 mil casos em est�gios 3 e 4. Nas mesmas fases da doen�a, mais de 28 mil brasileiras fizeram radioterapia para o c�ncer de mama.


Outra informa��o da pesquisa � que mais de 60% das mulheres diagnosticadas come�aram o tratamento ap�s o prazo determinado na Lei 12.732/12, que � de at� 60 dias a partir da confirma��o do c�ncer. Os dados mostram que, em 2020, o tempo m�dio ficou em 174 dias entre a confirma��o do diagn�stico e o in�cio do primeiro tratamento. “As pessoas esperaram 114 dias a mais do que o previsto na lei para iniciar o tratamento”, apontou o estudo.

Ra�a

A principal constata��o da an�lise do perfil �tnicorracial � que a maior parte dos diagn�sticos avan�ados (47%) � em mulheres negras.
Apenas 24% dos exames de imagem das mamas foram realizados neste p�blico. Em mulheres brancas, os resultados atingiram 37% das mamografias feitas pelo SUS e de 39% nos resultados de diagn�sticos avan�ados. A conclus�o � que os n�meros comprovam importantes diferen�as na aten��o ao c�ncer de mama entre mulheres negras e brancas.

Instituto Avon

Al�m de realizar a��es de aten��o ao c�ncer de mama, o Instituto Avon atua no enfrentamento � viol�ncia contra meninas e mulheres. “Por meio de a��es pr�prias e tamb�m de parcerias com institui��es da sociedade civil, setor privado e poder p�blico, o Instituto Avon se concentra na produ��o de conhecimento e no desenvolvimento de iniciativas que mobilizem todos os setores da sociedade para o avan�o das causas.”


Desde 2003, quando foi criado, o bra�o social da Avon no Brasil investiu R$ 180 milh�es em mais de 400 projetos no pa�s, que beneficiaram mais de 5 milh�es de mulheres com parcerias de mais de 120 empresas privadas nas iniciativas.

O Observat�rio de Oncologia � uma plataforma de Dados Abertos para transforma��o social, idealizada pelo Movimento Todos Juntos Contra o C�ncer.


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