Osteoporose pode ser sinal de doen�as gen�ticas mais graves

Doen�as gen�ticas como a s�ndrome de Marfan, hemocromatose, leucemias, espondilite anquilosante e osteog�nese imperfeita, entre outros desequil�brios, podem acarretar a osteoporose secund�ria, um dos tipos de osteoporose. Em muitos casos, no entanto, essas condi��es cl�nicas s� s�o identificadas ou confirmadas ap�s o paciente apresentar sintomas j� avan�ados do problema. O assunto vem � pauta nesta quinta-feira (20/10), quando � lembrado o Dia Mundial e Nacional da Osteoporose.

"O tratamento sem acompanhamento m�dico e sem a realiza��o de exames gen�ticos para identificar a doen�a pr�-existente pode ser ineficiente", afirma a assessora em Gen�tica e Gen�mica do Laborat�rio Lustosa, Fernanda Soardi. Ela refor�a que conhecer a doen�a inicial, que d� origem � osteoporose secund�ria, favorece em muitos casos identificar causas trat�veis de perda �ssea.

Al�m de doen�as de origem gen�tica, a especialista destaca que outras diferentes condi��es cl�nicas e consumo de determinados medicamentos de uso cont�nuo, como os corticoides, por exemplo, podem ser causadores da forma secund�ria de osteoporose, o que tamb�m precisa ser avaliado pelo m�dico, para direcionar o tratamento mais adequado.

Osteoporose

Atualmente, mais de 10 milh�es de pessoas, no Brasil, sofrem com a osteoporose, segundo estimativas da Associa��o Brasileira de Avalia��o �ssea e Osteometabolismo (Abrasso). O tipo mais comum � a osteoporose prim�ria.

Os ossos s�o constitu�dos por um tecido que � constantemente formado e reabsorvido. Quando o equil�brio entre forma��o e reabsor��o � perturbado, como, por exemplo, em dist�rbios hormonais ou defici�ncias diet�ticas, os ossos podem perder parte dos minerais que contribuem para sua densidade e resist�ncia.

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Geralmente silenciosa e s� descoberta em est�gios mais avan�ados, a osteoporose � uma doen�a �steo-metab�lica caracterizada por perda significativa de massa �ssea, que pode aumentar o risco de fraturas, causar dores cr�nicas, dificultar a locomo��o e consequentemente afetar a qualidade de vida da pessoa com a condi��o.

"S�o diversos os fatores que influenciam isoladamente ou em conjunto para o surgimento da osteoporose, entre eles a predisposi��o gen�tica, a idade avan�ada, as altera��es hormonais, a baixa ingest�o e absor��o de c�lcio e vitamina D, o sedentarismo, o tabagismo, o etilismo, entre outros", explica Fernanda Soardi.

A osteoporose, continua a especialista, � mais frequente em homens com mais de 70 anos e em mulheres acima de 65 anos. "Contudo, pode ser observada em indiv�duos de faixas et�rias distintas, a depender do tipo da condi��o cl�nica", observa.

De acordo com Fernanda Soardi, independente da causa, a osteoporose deve ser investigada. "Exames radiol�gicos e exames laboratoriais iniciais podem ser realizados, como as dosagens de c�lcio total e i�nico, f�sforo, vitamina D, horm�nios da tireoide, paratorm�nio, creatinina, eletroforese de prote�nas s�ricas e fosfatase alcalina total. Para avalia��o do processo de reabsor��o �ssea pode ser indicada a dosagem do telopept�deo C", orienta.

Exames adicionais devem ser realizados caso haja suspeita ou se os exames laboratoriais pr�vios sugerirem a possibilidade de uma causa secund�ria. "A osteoporose, prim�ria ou secund�ria, pode ser uma condi��o cl�nica silenciosa. Fraturas e quedas podem levar a depend�ncia f�sica ou levar ao �bito, e por isso devemos nos manter em alerta o tempo todo", conclui.