
A podologia n�o se trata apenas do cuidado com unha encravada, mas tamb�m envolve pele, m�sculo, ossos, qualquer dor ou tors�o, e mesmo inc�modos do tornozelo para baixo, com �nfase na preven��o. Antes que o corpo sinalize que algo n�o vai bem, a consulta peri�dica ao pod�logo se faz necess�ria para quem pratica esportes, por exemplo, ou para aquelas pessoas que sofrem com diabetes e idosos.
Os p�s s�o respons�veis por carregar todo peso estrutural do corpo, portanto � importante que sejam cuidados. "Existem casos em que outras partes do corpo tamb�m s�o afetadas. Dependendo do problema, a pessoa pode ter as costas prejudicadas, envolvendo a coluna e dores lombares", explica a m�dica podologista Marta Botelho.
A �rea da podologia compreende especifica��es, como, por exemplo, a podologia infantil, a podologia geri�trica, ou aquela voltada especificamente para esportistas. Atua ainda como preven��o de infec��es, al�m de poder detectar outras patologias. "A falta de cuidado pode gerar desde uma unha encravada, rachaduras, favorecer uma infec��o, ou quando um machucado pode ser dif�cil de cicatrizar, no caso de pacientes diab�ticos", acrescenta a especialista.
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A podologia consegue identificar e tratar v�rias patologias podais, al�m do trabalho de preven��o. Mulheres costumam ter muita pele embaixo da unha, uma doen�a chamada onicofose, que pode ser tratada com equipamentos e medica��es adequadas.
Da mesma forma, a unha encravada pode ter v�rias causas, desde uma heran�a gen�tica, ou pela pisada errada, o uso de sapatos, em especial os cal�ados femininos de bico fino ou aqueles sapatos de prote��o com bicos de a�o, que fazem parte dos EPIs.
Segundo Marta Botelho, hoje existe a reflexologia podal, uma t�cnica usada para estimular pontos espec�ficos das plantas dos p�s. "Atrav�s dessa massagem se consegue aliviar as dores, causar um relaxamento, al�m de melhorar a circula��o sangu�nea. � poss�vel, inclusive, ajudar a colocar a coluna no lugar correto com uma massagem espec�fica, isso quando detectamos que a raiz do problema est� nos p�s", ensina.

"Uma vez detectei uma mancha marrom no meio do p� de uma paciente que, segundo ela, n�o co�ava e nem incomodava, mas simplesmente apareceu fazia uns tr�s meses. Pedi a ela para procurar um m�dico para um diagn�stico mais apurado, uma vez que, ao examinar aquela patologia, constatei que poderia ser algo grave. Depois de procurar um m�dico especializado para esse diagn�stico, essa paciente descobriu que estava com s�filis. Foi ent�o que ela p�de se tratar. Mas foi com um simples exame, apenas observando a sa�de dos p�s, que eu pude apontar o problema e, mesmo n�o havendo dor ou inc�modo, insisti para a paciente procurar um m�dico especializado", conclui Marta Botelho.