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Estado de Minas PROTE��O

Vacina contra zika tem resultados positivos em camundongos

At� o momento, n�o existe uma vacina contra o zika para seres humanos, v�rus transmitido principalmente pela picada do Aedes aegypti


28/10/2022 11:35 - atualizado 28/10/2022 11:51

Aedes aegypti
(foto: Pixabay)

S�O PAULO, SP (FOLHAPRESS) -
Uma vacina contra o zika v�rus teve resultados positivos em testes realizados com camundongos. O imunizante teve a capacidade de limitar a replica��o viral tanto de f�meas adultas que n�o estavam gr�vidas quanto das que estavam - neste caso, tamb�m protegendo o feto.


Os resultados da pesquisa foram publicados em um artigo na Microbiology Spectrum, revista vinculada a American Society for Microbiology (Sociedade Americana de Microbiologia).


At� o momento, n�o existe uma vacina contra o zika, v�rus transmitido principalmente pela picada do Aedes aegypti.


Outra forma de infec��o � da m�e para o feto. S�o nessas situa��es que pode ocorrer a chamada s�ndrome cong�nita da zika (SCZ), conjunto de sequelas provocadas pela infec��o durante a gesta��o, como a microcefalia.

"O maior problema que temos com o zika � a quest�o do quanto ele � prejudicial para um feto", afirma Patr�cia Braga, professora do ICB (Instituto de Ci�ncias Biom�dicas) da USP que pesquisa o zika. Ela n�o participou do estudo.


No Brasil, os casos de zika registrados em 2022 j� superaram os dos �ltimos anos. Segundo o boletim epidemiol�gico mais recente do Minist�rio da Sa�de, at� 13 de agosto, 9.916 casos prov�veis foram registrados em todo o pa�s.

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Comparando com 2019, antes da pandemia, o n�mero representa um aumento de 21%. Em rela��o a 2021, os registros quase dobraram.


O imunizante � resultado de modifica��es gen�ticas do zika para que ele n�o tivesse capacidade de replica��o viral. Com isso, esse v�rus modificado infecta apenas um n�mero limitado de c�lulas, que induzem a resposta imune do organismo sem que ocorra uma progress�o da doen�a.


Com o modelo de vacina desenvolvido, os pesquisadores testaram a seguran�a do f�rmaco em animais. Para isso, camundongos neonatos foram divididos em dois grupos: um deles foi infectado pelo zika v�rus e o outro teve a vacina injetada. Ap�s cinco dias, observou-se que todos aqueles do grupo com o zika morreram e contavam com carga viral no sangue. Por outro lado, os animais vacinados continuaram vivos e sem presen�a do v�rus no sangue.


Al�m da seguran�a, o estudo tamb�m observou os resultados do imunizante em evitar complica��es causadas pela doen�a. Nesse caso, camundongos adultos foram vacinados e comparados com outro grupo que recebeu um placebo. Ent�o, ambos foram expostos ao zika v�rus. Em rela��o aos imunizados, n�o houve complica��es e nem perda de peso. Al�m disso, a replica��o viral foi contida em tr�s dias.


A situa��o foi o contr�rio no grupo de camundongos com placebo: eles perderam peso e 37% apresentaram sinais de paralisia de membros.


A pesquisa ainda mediu os efeitos do imunizante em camundongos gr�vidas. A seguran�a e efic�cia para prevenir complica��es tamb�m foram vistas nesses animais vacinados em compara��o �queles que n�o foram imunizados.


Al�m disso, os pesquisadores analisaram os fetos a fim de concluir se houve m� forma��o associada � infec��o. No caso dos camundongos gr�vidas que foram vacinados, os fetos n�o tiveram problemas ap�s a infec��o. No entanto, no grupo controle, muitos deles apresentaram perda de peso ou at� sofreram decomposi��o ainda no �tero.


MECANISMO DE DEFESA E MEM�RIA


O sistema imunol�gico utiliza diferentes meios para proteger o organismo em caso de infec��es. Uma dessas formas mais conhecidas s�o os anticorpos. Outro modelo s�o por meio dos linf�citos T.


No caso da vacina contra o zika, os pesquisadores chegaram � conclus�o que o principal mecanismo de defesa induzido pelo f�rmaco foram os linf�citos.


"Essas c�lulas s�o capazes de responder rapidamente se ocorrer uma infec��o pelo zika", afirma Braga.


A professora explica que os linf�citos reconhecem c�lulas infectadas por pat�genos e as destroem a fim de evitar a replica��o viral e conter, desse modo, a evolu��o da doen�a.


Al�m do mecanismo de defesa, os pesquisadores ainda observaram a mem�ria do sistema imunol�gico. "A vacina foi capaz de induzir resposta celular contra o v�rus e resposta de mem�ria. Ou seja, ao entrar em contato com o v�rus de novo, vai ocorrer uma resposta r�pida contra ele", diz Braga.


Os resultados promissores, no entanto, ainda precisam ser testados em humanos. Os testes em animais, como esse relatado no novo artigo, t�m a finalidade de medir a seguran�a de novos f�rmacos. Somente com testes em humanos, principalmente nas fases 2 e 3, que ser� poss�vel concluir qual a efic�cia da vacina.


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