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Estado de Minas SA�DE

Estudo na USP vai testar profilaxia injet�vel para preven��o do HIV

Brasil conta com prep em comprimido fornecido pelo Minist�rio da Sa�de; dispositivo envolve tomar uma c�psula ao dia com dois antirretrovirais


31/10/2022 14:17 - atualizado 31/10/2022 14:30

injeção
A Prep reduziu em 95% a incid�ncia do HIV em participantes com n�veis sangu�neos detect�veis, ou seja, com ades�o constante � preven��o (foto: Pexels/Reprodu��o )


S�O PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma pesquisa internacional e com participa��o da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de S�o Paulo) vai testar uma nova forma de Prep (profilaxia pr�-exposi��o) injet�vel para preven��o do HIV. A expectativa � que, com m�todos diversos de prote��o, seja mais f�cil abarcar um maior n�mero de pessoas que utilizam alguma forma de preven��o.

O Brasil j� conta com o modelo de Prep em comprimido fornecido gratuitamente pelo Minist�rio da Sa�de. O dispositivo envolve tomar todo dia uma c�psula formada pelos antirretrovirais tenofovir e entricitabina, medicamentos eficazes contra o HIV.

Ent�o, se algu�m for exposto ao v�rus, ele n�o conseguir� se replicar no organismo da pessoa. "A ideia � n�o deixar o v�rus se multiplicar, porque, assim, o sistema imunol�gico consegue elimin�-lo", afirma Rico Vasconcelos, m�dico infectologista, pesquisador da Faculdade de Medicina da USP e coordenador da pesquisa na universidade.


Estudos j� demonstraram a efic�cia do m�todo. Um deles concluiu que a Prep reduziu em 95% a incid�ncia do HIV em participantes com n�veis sangu�neos detect�veis, ou seja, com ades�o constante � preven��o.

 

 


No entanto, a necessidade de tomar diariamente o comprimido pode ser um impedimento para alguns usu�rios. "O desempenho da Prep em vida real n�o � igual em todos os grupos por causa da baixa ades�o que algumas pessoas t�m", diz Vasconcelos.


Por isso, o desenvolvimento de novas profilaxias preven�veis s�o importantes a fim de aumentar o leque de op��es para a preven��o combinada, conceito de ter uma ampla gama de formas para evitar a infec��o por HIV.

 

"Os melhores m�todos de preven��o para cada um s�o aqueles que as pessoas escolhem e que a pessoa � capaz de utilizar de forma correta e constante", afirma.

 

Um caminho poss�vel de melhorar a ades�o � Prep s�o as vers�es injet�veis de antirretrovirais, j� que demandam aplica��es com maior espa�o de tempo. O caso da pesquisa com participa��o da USP � baseado no antirretroviral lenacapavir, com uma inje��o subcut�nea a cada seis meses.

 

Para o tratamento, o lenacapavir injet�vel j� apresentou resultados positivos, entretanto n�o h� evid�ncias sobre os efeitos para preven��o do v�rus -esse � o objetivo principal da nova pesquisa.

 

O estudo cl�nico � de fase 3, �ltima etapa na pesquisa de novos f�rmacos. No momento, os pesquisadores est�o no est�gio de recrutamento de participantes. Ao todo, espera-se atingir um total de 3.000 volunt�rios.

 

Leia tamb�m: Como se proteger de tristeza, raiva e medo ap�s elei��o 

 

HIV no Brasil Vasconcelos explica que o Brasil, em compara��o com outros pa�ses da Am�rica Latina, conta com um sistema mais estruturado de preven��o e tratamento do HIV. Mesmo assim, desafios ainda existem, como na desigualdade racial de acesso aos servi�os de sa�de.

 

"Entre mulheres e homens brancos, a gente tem uma taxa de detec��o de novos casos e de �bito por Aids que cai a partir do tempo, isso n�o se repete entre negros. Isso mostra que temos uma desigualdade de acesso � sa�de no Brasil com esse fator determinante racial", explica o pesquisador.

 

Al�m disso, a grande maioria dos usu�rios da Prep em comprimido s�o homens gays, brancos e com ensino superior. "� bom eles estarem tomando, mas isso tamb�m aponta a desigualdade social no acesso � sa�de", completa.

 

O pesquisador tamb�m tem receios sobre a previs�o de cortes de R$ 407 milh�es para preven��o, controle e tratamento de HIV/AIDS e outras infec��es. "Como � que vai ser o desempenho de um programa sucateado e sem dinheiro? Ser� que ainda seremos um pa�s exemplo na Am�rica Latina? Tudo indica que n�o", conclui.


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