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Estado de Minas ENDOCRINOLOGIA

Prescri��o para pacientes com diabetes: mudan�a de h�bitos

N�mero de pessoas diagnosticadas com a doen�a no Brasil � alto, 9% da popula��o adulta, sendo motivo de preocupa��o por parte de profissionais da �rea de sa�de


13/11/2022 04:00 - atualizado 13/11/2022 16:27

 Maria do Carmo Mendes
Caso haja alguma emerg�ncia, a cuidadora de beb�s Maria do Carmo Mendes tem gravada no corpo uma tatuagem que informa que tem diabetes (foto: Arquivo pessoal)
 
Em novembro, a��es de conscientiza��o sobre o diabetes ganham for�a, com alertas e formas de se prevenir a doen�a. O n�mero de pessoas diagnosticadas � alto e motivo de preocupa��o por parte de profissionais da �rea de sa�de. De acordo com o Atlas do Diabetes 2021, divulgado pela Federa��o Internacional de Diabetes (IDF), o Brasil � o sexto pa�s com mais pessoas diab�ticas de 20 a 29 anos no mundo. S�o 15,7 milh�es de brasileiros, ou seja, 9% da popula��o na fase adulta com a doen�a. Estima-se que at� 2043, cerca de 23,3 milh�es de pessoas sejam diagnosticadas com a enfermidade. 
 
Viver com a doen�a hoje � muito menos complexo do que h� alguns anos. � o que explica Fl�via Coimbra Pontes Maia, endocrinologista e cooperada da Unimed-BH. “Hoje, sabemos que os pacientes n�o precisam parar de comer p�es e macarr�o. Al�m disso, a orienta��o de n�o consumir legumes e verduras cultivados debaixo da terra j� n�o � mais orienta��o absoluta, algumas pessoas com o diabetes podem sim comer esses itens, evitando-se sempre os exageros”, explica a endocrinologista. 

A cuidadora de beb�s Maria do Carmo Mendes, de 61 anos, � um exemplo da boa conviv�ncia com o diabetes. Ela descobriu sua condi��o h� dois anos. “Eu sou muito ativa, saio, sem me esquecer da doen�a”, conta. “No in�cio, me assustou muito. Tive que mudar completamente meus h�bitos, mas hoje eu consigo lidar muito melhor com o diabetes”, comenta a cuidadora. 
 
Ela mant�m uma rotina saud�vel, toma corretamente os medicamentos, e, para alertar em casos de emerg�ncia, tem gravada no corpo uma tatuagem que informa que tem a doen�a. “Resolvi tatuar a minha condi��o e o tipo sangu�neo para facilitar meu atendimento, se eu passar mal. Sei que o diabetes n�o tem cura, s� tratamento. Mas, nada disso me impede de viver da maneira mais plena que consigo, pois gra�as ao tratamento mantenho os cuidados em dia”, esclarece Maria do Carmo.
 
 
“A mudan�a de h�bitos � a primeira prescri��o que fazemos e isso � recomendado para todas as frentes de tratamento da doen�a, seja no Brasil, Estados Unidos ou Europa”, comenta a especialista. A indica��o da m�dica � que a alimenta��o seja rica em alimentos in natura ou minimamente processados, evitando aqueles que s�o ricos em a��cares simples e gorduras saturadas, como refrigerantes, bebidas a�ucaradas, biscoitos recheados e salgadinhos prontos. 
 
Sobre a pr�tica de exerc�cios, ela prescreve 30 minutos por dia, cinco vezes por semana, alguma atividade que mais agrada � pessoa, como caminhada, nata��o, bicicleta e at� pular corda. Uma outra indica��o � a qualidade do sono, que deve ser no tempo suficiente para cada paciente. “Na verdade, o que indicamos pode e deve ser adotado por qualquer pessoa, n�o s� aquelas com condi��es de sa�de que requerem maior aten��o”, pondera Fl�via. 
 

"A mudan�a de h�bitos � a primeira prescri��o que fazemos e isso � recomendado para todas as frentes de tratamento da doen�a, seja no Brasil, Estados Unidos ou Europa"

Fl�via Coimbra Pontes Maia, endocrinologista

 
 
Flávia Coimbra Pontes Maia
Fl�via Coimbra Pontes Maia, endocrinologista (foto: ARQUIVO PESSOAL)
 

Tipos 1, 2 e gestacional

A endocrinologista Fl�via Coimbra define o que � diabetes e os tipos mais frequentes na popula��o mundial. “O diabetes mellitus n�o � uma doen�a, mas � um grupo de dist�rbios metab�licos caracterizados por hiperglicemia, que � o aumento nos n�veis de a��car no sangue”, aponta. A especialista destaca que o diabetes pode ser causado pela defici�ncia do p�ncreas em produzir insulina ou quando apresentamos uma resist�ncia � a��o da insulina, o que faz com que o a��car n�o seja metabolizado de forma adequada e se acumule no sangue. 
 
“Os tr�s tipos de diabetes mais comuns s�o o tipo 1, o tipo 2 e o gestacional”, lista Fl�via. Ela explica que o diabetes tipo 1 � caracterizado pela falta de produ��o de insulina pelo p�ncreas e acomete mais crian�as e adolescentes. “Cerca de 5% da popula��o mundial diagnosticada com diabetes apresenta o tipo 1, por�m 90% desse p�blico � infantojuvenil”, explica. 
 
O diabetes do tipo 2, mais comum entre os pacientes, cerca de 90% mundo afora, � marcado pela resist�ncia insul�nica, ou seja, a pessoa tem insulina no seu organismo, mas a subst�ncia n�o consegue exercer a sua fun��o adequadamente. “Um dos fatores que contribuem para essa condi��o � a obesidade. Por esse motivo, a perda de peso pode auxiliar no controle do diabetes”, acrescenta a m�dica.
 
O terceiro tipo, o diabetes gestacional, � diagnosticado pela primeira vez durante a gesta��o. � a a��o inadequada da insulina pela produ��o aumentada de alguns horm�nios, principalmente pela placenta, que fazem com que haja mais dificuldade de metaboliza��o do a��car nessas mulheres. 

De acordo com a endocrinologista, os fatores para essa condi��o podem estar relacionados ao peso ou a uma tend�ncia familiar. “Geralmente, o diabetes gestacional some ap�s o parto, mas as mulheres que tiveram diabetes gestacional t�m uma chance aumentada de desenvolver o tipo 2 ao longo da vida”, esclarece.  
 
 


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