
Assim como o setembro amarelo, outubro rosa e novembro azul, o �ltimo m�s do ano tamb�m � dedicado a uma campanha de conscientiza��o � sa�de que leva informa��es � sociedade. O Dezembro Vermelho tem como objetivo trazer debates acerca da mobiliza��o e da luta contra o v�rus HIV, a Aids e outras infec��es sexualmente transmiss�veis (ISTs).
A pauta da campanha de dezembro � um problema de sa�de carregado de tabus e muito preconceito. Segundo a Universidade Federal da Para�ba, o HIV ainda � associado aos extintos “grupos de risco”, formados por homens gays, profissionais do sexo e usu�rios de drogas. No entanto, o v�rus atinge toda a popula��o, inclusive as mulheres.
De acordo com dados divulgados pela Programa Conjunto das Na��es Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids Brasil), cerca de 5 mil mulheres entre 15 e 24 anos s�o infectadas pelo HIV toda semana no mundo. No Brasil, a estimativa � que o n�mero de mulheres que vivam com a infec��o viral seja pr�ximo a 330 mil.
O m�s de dezembro � uma oportunidade para que as mulheres conhe�am mais sobre o v�rus, principalmente sua rela��o coma especialidade da ginecologia durante a maternidade, a amamenta��o e a menopausa.
O que � Dezembro Vermelho?
Conforme a Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Dezembro Vermelho � uma campanha nacional, institu�da pela Lei nº 13.504/2017 para promover preven��o, assist�ncia, prote��o e promo��o dos direitos humanos das pessoas que vivem com infec��es sexualmente transmiss�veis.
Sendo assim, durante o �ltimo m�s do ano, hospitais, �rg�os p�blicos e profissionais da sa�de aplicam um conjunto de atividades para auxiliar no enfrentamento do HIV, da Aids e de demais ISTs. Por esse motivo, a��es que informem sobre o que s�o essas infec��es, como ocorre a transmiss�o e como funciona o tratamento fazem parte das estrat�gias do Dezembro Vermelho.
Entenda o que � o v�rus HIV
Uma das ISTs mais preocupantes � causada pelo V�rus da Imunodefici�ncia Humana (HIV). Segundo o Minist�rio da Sa�de, o v�rus ataca o sistema imunol�gico, respons�vel por defender o organismo contra doen�as. Conforme destaca a Fiocruz, o HIV n�o � a mesma coisa que ter Aids, pois muitos soropositivos vivem anos sem apresentar sintomas ou desenvolver a patologia.
De acordo com o Minist�rio da Sa�de, ap�s a infec��o por HIV, o v�rus passa por um per�odo de incuba��o, at� que a pessoa apresenta os primeiros sinais da Aids. Os sintomas s�o parecidos com os de uma gripe, iniciando com febre e mal-estar.
Segundo com informa��es obtidas na Biblioteca Virtual em Sa�de do Minist�rio da Sa�de, o v�rus � transmitido por meio de rela��es sexuais (vaginal, anal ou oral), sem o uso de camisinha, com uma pessoa que j� tem o v�rus HIV; pelo compartilhamento de objetos cortantes contaminados e ainda de m�e soropositiva sem tratamento e sem medidas de preven��o para filho durante a gesta��o, parto ou amamenta��o.
Por esse motivo, � essencial se proteger em todas as situa��es e fazer regularmente o exame para frear os n�meros de infectados pelo v�rus.
HIV e mulheres
O HIV � um tema permeado de preconceito e desinforma��o. Grande parte do p�blico feminino tem menos informa��o sobre o v�rus e menos recursos para tomar as medidas preventivas contra ele. A desigualdade de g�nero contribui para a dissemina��o do v�rus, podendo aumentar as taxas de infec��o e diminuir a capacidade de mulheres para lidarem com a infec��o.
A mulher soropositiva enfrenta uma s�rie de desafios ao ser diagnosticada com HIV. A presen�a do v�rus e o impacto no sistema imunol�gico podem favorecer o surgimento de outras patologias, como a Doen�a Inflamat�ria P�lvica (DIP), causada por bact�rias ou por infe��es anteriores n�o tratadas.
H� ainda o dilema sobre a maternidade para essas mulheres. A transmiss�o vertical, que passa da m�e para o beb�, pode acontecer durante o parto ou a amamenta��o e � o principal motivo para que muitas mulheres abram m�o da maternidade por medo de contaminar os filhos.
De acordo com o Minist�rio da Sa�de, uma mulher infectada deve obter tratamento especializado e acompanhamento de uma equipe de obstetr�cia durante toda a gesta��o. Quando isso n�o ocorre, h� mais riscos para a m�e, infec��o para a crian�a e complica��es como abortamento, parto prematuro, doen�as cong�nitas ou morte do rec�m-nascido.
Para as mulheres que j� s�o m�es ou que s�o infectadas pelo v�rus em idade madura, os desafios tamb�m podem aparecer. Segundo uma pesquisa realizada pelo Departamento de Tocoginecologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), as mulheres portadoras do HIV t�m uma preval�ncia maior de manifesta��es da menopausa, tais como altera��es psicol�gicas e sintomas vasomotores.
No entanto, n�o h� uma unanimidade acerca do tema entre os pesquisadores e profissionais da �rea, visto que outros estudos n�o apontam uma rela��o direta entre o v�rus e essa fase da vida feminina.
Saiba como se proteger do v�rus HIV
O v�rus HIV pode ser transmitido de diversas maneiras e, para cada uma delas, � necess�rio ter cuidados espec�ficos para evitar a transmiss�o.
Segundo o Minist�rio da Sa�de, o uso de preservativo masculino e feminino em todas as rela��es sexuais (orais, anais e vaginais) � o m�todo mais eficaz para evitar o aumento no n�mero de infectados pelo v�rus e demais ISTs. As unidades de sa�de do Sistema �nico de Sa�de (SUS) disponibilizam gratuitamente preservativos femininos e masculinos.
Manter a caderneta de vacina��o em dia, realizar exames preventivos e ter aten��o ao descarte e manuseio de objetos cortantes tamb�m fazem parte das orienta��es para evitar outras infec��es sexualmente transmiss�veis.