
COVID-19, mas ainda assim evidenciam a import�ncia da discuss�o sobre a sexualidade na fase idosa.
Segundo o Boletim Epidemiol�gico HIV/Aids 2021, do Minist�rio da Sa�de (MS), entre 2007 e 2009 foram notificados 2.383 casos de HIV em pessoas a partir de 50 anos. J� em 2019, foram registradas 5.469 novas pessoas idosas com HIV, o que representa um salto de 129% em novos registros, comparando os dois per�odos. Os dados a partir de 2020 est�o defasados em raz�o da pandemia de V�rus n�o v� g�nero, ra�a e nem idade
“O v�rus do HIV n�o v� g�nero, ra�a e nem idade. Ao negligenciar a preven��o por desconhecer este risco, a pessoa idosa fica mais vulner�vel. Ainda h� um grande tabu, inclusive entre os m�dicos, sobre o tema. Tamb�m h� poucas campanhas de preven��o voltadas � conscientiza��o das pessoas idosas. Assim, � de extrema import�ncia que as pessoas idosas conversem com seus geriatras sobre o assunto e que, ao solicitar exames de avalia��o peri�dica de sa�de, os m�dicos incluam a sorologia para HIV e outras ISTs (Infec��es Sexualmente Transmiss�veis) nos exames de rotina”, avisa Marco T�lio Cintra.
Outro estigma recha�ado � a chamada sorofobia, isto �, preconceitos com as pessoas que t�m HIV. Entre as pessoas idosas, este preconceito se torna ainda mais intenso, o que pode dificultar a procura por consultas m�dicas por parte deste p�blico. “Este preconceito deve acabar em todas as faixas et�rias, inclusive entre as pessoas mais velhas. Sexo seguro tamb�m � assunto dos mais velhos, afinal, atualmente, a expectativa de vida tem aumentado, bem como todos os fatores que envolvem uma vida ativa, incluindo o sexo”, refor�a o vice-presidente da SBGG.
Neste cen�rio, as infec��es sexualmente transmitidas s�o diagnosticadas tardiamente, o que atrasa e dificulta o tratamento. Segundo estudos, a infec��o pelo HIV tem uma peculiaridade entre as pessoas idosas: o processo natural de imunossenesc�ncia - ou seja, a redu��o da capacidade do sistema imunol�gico atuar no organismo - � acelerada pelo v�rus HIV e pela terapia antirretroviral.
“Os cuidados devem ser maiores, uma vez que a infec��o sexual pode surgir em pessoas idosas que j� apresentam outras condi��es de sa�de de maior preval�ncia nesta faixa et�ria, como diabetes, doen�as cardiovasculares, entre outras”, salienta Marco T�lio Cintra.
Diagn�stico n�o � senten�a de morte
Por�m, o diagn�stico de HIV n�o deve ser encarado como uma senten�a de morte, tamb�m entre as pessoas idosas. Gra�as aos avan�os no tratamento, � poss�vel ter uma vida de qualidade sendo soropositivo. “No que tange � pessoa diagnosticada com HIV, o acompanhamento m�dico e a realiza��o de exames peri�dicos � fundamental, assim como a ado��o de h�bitos saud�veis. J� no que se refere � sociedade, mais do que orientar a popula��o idosa a cuidar de si, � essencial reivindicar a implementa��o de pol�ticas p�blicas de combate ao HIV/Aids com foco nesta faixa et�ria, incluindo campanhas de preven��o e educa��o sexual”, finaliza Marco T�lio Cintra, vice-presidente da SBGG.