homem careca, de olho azul, barba ruiva e óculos

A maior procura por implante capilar ocorre, principalmente, por homens com mais de 35 que em geral s�o candidatos perfeitos para o procedimento

Russell Clark/Pixabay
O Brasil tem hoje cerca de 42 milh�es de pessoas afetadas pela alopecia, tamb�m conhecida como calv�cie. Um ponto que chama bastante aten��o � a quantidade de jovens, entre 20 e 25 anos, que tamb�m sofrem com a queda capilar. A estimativa da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) � que essa faixa et�ria j� representa 25% dos brasileiros que sofrem com o problema. Mulheres s�o 40% dos pacientes, com um crescimento de 10% nos �ltimos tr�s anos, de acordo com dados do Censo 2022 da Sociedade Internacional de Cirurgia de Restaura��o Capilar (ISHRS). Com a preocupa��o est�tica aumentando a cada ano, a busca por transplante capilar cresceu e registrou um aumento de 152% em implantes capilares em 10 anos. A evolu��o dos tratamentos proporciona solu��es cada vez mais naturais.

Esse maior procura ocorre principalmente por homens com mais de 35 que em geral s�o candidatos perfeitos para o implante capilar. De acordo com Mauro Speranzini, cirurgi�o capilar e membro da Board of Governors da ISHRS, desde que seja considerada a progress�o da calv�cie ao longo da vida, al�m da exist�ncia de �rea doadora de fios suficientes, os resultados s�o animadores.

“O implante capilar pode conferir melhor autoestima em pacientes que se submetem ao tratamento e isso reflete em v�rios aspectos da vida cotidiana, como carreira profissional e relacionamentos amorosos e interpessoais”, comenta. Ele destaca que homens com 50 anos ou mais tamb�m engrossam a busca por esse tipo de procedimento. “Nessa faixa et�ria, o procedimento traz condi��es bem satisfat�rias, porque a �rea doadora est� mais bem definida e conseguimos perceber bem o formato do avan�o da calv�cie”, completa Mauro Speranzini.

Calv�cie na juventude

Mauro Speranzini, cirurgião plástico

O Brasil exporta t�cnicas de implantes, como duas criadas por Mauro Speranzini, a FUE Evolution e a DNI, publicadas na Revista F�rum Internacional

Arquivo Pessoal


� comum imaginar que o transplante capilar � uma boa op��o para qualquer paciente que sofra com a calv�cie e que pacientes jovens seriam bons candidatos porque os resultados seriam melhores em est�gios iniciais da calv�cie.

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De acordo com Mauro Speranzini, essa informa��o � contradit�ria, porque normalmente, nos pacientes jovens, a calv�cie, que � progressiva por toda a vida, ainda n�o est� estabilizada. “Um transplante capilar precoce pode significar, ao longo dos anos, um resultado inest�tico, j� que os fios transplantados tendem a n�o cair, enquanto os demais fios de cabelos nativos daquela �rea est�o fadados � queda, mais cedo ou mais tarde".

Mulheres s�o 40% de casos de calv�cie

Para quem pensa que a calv�cie atinge apenas aos homens, � importante a informa��o de que doen�as emocionais como o estresse e a ansiedade, al�m da hereditariedade est�o entre as principais causas da calv�cie feminina.

O problema fisiol�gico atinge mulheres a partir de 15 anos e tornou-se uma das maiores queixas de pacientes em consult�rios dermatol�gicos e cl�nicas especializadas - 40% dos pacientes s�o do sexo feminino - com um crescimento de 10% nos �ltimos tr�s anos, de acordo com um levantamento da ISHRS.

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Speranzini orienta que, entre os principais motivos da queda de cabelos em mulheres, est�o relacionados estresse, ansiedade e hereditariedade.

O m�dico explica que, geralmente a calv�cie heredit�ria se manifesta de forma progressiva, podendo ter in�cio logo ap�s a puberdade, quando os horm�nios sexuais come�am a ser produzidos.

J� as quest�es emocionais, s�o pontuais, desencadeadas por situa��es espec�ficas. Os casos de implante capilar em mulheres s�o mais raros. Em geral, a calv�cie feminina pode ser controlada com tratamentos como a microinfus�o de medicamentos na pele (MMP), que � uma t�cnica que utiliza um equipamento com microagulhas vibrat�rias que perfuram o couro cabeludo, estimulam a circula��o sangu�nea e possibilita a inje��o de subst�ncias espec�ficas para estimular o crescimento de novos fios e engrossamento dos fios existentes. Al�m de medicamentos via oral, complexos vitam�nicos e terapia com led.

Evolu��o do procedimento

sala de cirurgia para implante, com Mauro Speranzini, cirurgião plástico, e sua equipe

A quantidade de pessoas sofrendo com a perda de cabelos, seja por hereditariedade, estresse ou outros motivos fez o n�mero de cirurgias e procedimentos est�ticos disparar

Arquivo Pessoal


Uma d�cada atr�s, quem se submetia a algum tipo de cirurgia contra a calv�cie podia ter os cabelos assemelhados a peruca, milharal ou cabelos de boneca, hoje em dia � poss�vel que ningu�m perceba que algu�m abandonou pecha de careca em poucas horas de cirurgia.

As novas t�cnicas criadas por m�dicos estudiosos do mundo inteiro, elevaram os resultados a patamares melhores do que os naturais e o Brasil tamb�m exporta t�cnicas criadas por profissionais locais. O pr�prio Mauro Speranzini publicou artigos recentemente, na Revista F�rum Internacional, da International Society of Hair Restoration Surgery, duas dessas t�cnicas criadas por ele - a t�cnica FUE Evolution, para retirada de unidades foliculares e a t�cnica DNI, para a coloca��o dos fios na �rea calva.
 
Entre os principais benef�cios das t�cnicas est�o, aumentar a taxa de sucesso na retirada e coloca��o dos fios em um processo cir�rgico preciso e perfeito que, consequentemente, resulta em maior aproveitamento de unidades foliculares, o que significa que mais cabelo saud�vel deve nascer e ainda sobrar para poss�veis novos procedimentos, em caso de calv�cie progressiva.