
Que a atividade f�sica traz in�meros benef�cios � sa�de f�sica e mental do ser humano n�o � novidade nenhuma, mas, recentemente, pesquisadores do Instituto de Ci�ncias Biom�dicas ICB, da USP, receberam diversos pr�mios ao encontrar, em um simples e antigo h�bito, uma solu��o que melhora a hipertens�o arterial.
Em estudos realizados com ratos, eles notaram que exerc�cios aer�bicos s�o capazes de corrigir a disfun��o da barreira hematoencef�lica, tanto na hipertens�o cr�nica como na insufici�ncia card�aca, restaurando o fluxo sangu�neo do c�rebro mesmo na persist�ncia da doen�a.
De acordo com o neurocirurgi�o Felipe Mendes, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, a barreira hematoencef�lica (BHE) � uma membrana com permeabilidade seletiva, ou seja, ela regula a passagem de subst�ncias/mol�culas para dentro dos neur�nios, tendo importante fun��o de prote��o no sistema nervoso central.

"Devido � natureza de sua constitui��o, a BHE tem uma permeabilidade seletiva, favorecendo subst�ncias lipossol�veis e restringindo subst�ncias sol�veis em �gua. Existe tamb�m um controle que leva em considera��o o tamanho das mol�culas, dessa forma, em pessoas saud�veis, o transporte de mol�culas de maiores dimens�es � limitado. J� nas pessoas portadoras de hipertens�o arterial ou problemas card�acos, h� uma desregula��o, um aumento de n�mero de ves�culas que facilitam a passagem dessas subst�ncias que est�o envolvidas no controle do sistema cardiovascular."
Na pesquisa, segundo conta Felipe, o treinamento aer�bico contribuiu para reduzir os n�veis de press�o arterial em 10% a 15%, mas o mais surpreendente foi que esse treinamento reduziu em muito a forma��o dessas ves�culas, restringindo a passagem de macromol�culas e seu efeito na desregula��o do sistema cardiovascular.
Vale ressaltar mais uma vez a import�ncia da atividade f�sica. "No caso das pessoas hipertensas ou card�acas, o ideal � realizar treinamento aer�bico, ou seja, exerc�cios que ajudam a aumentar a frequ�ncia card�aca, como a caminhada por exemplo, respeitando um m�nimo de 150 minutos por semana em intensidade moderada (aquela sensa��o de sentir um pouco ofegante)."