várias caixas de pizzas e latas de refrigerante no chão com pessoas em volta

Os alimentos processados, como pizzas, embutidos e refrigerantes n�o s�o ben�ficos para a sa�de de forma em geral

StockSnap/Pixabay
 Uma nova pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do C�ncer (Inca) prev� um aumento de cerca de 10% no n�mero de mortes prematuras causadas por c�ncer de intestino entre pacientes de 30 a 69 anos at� 2030, no Brasil. 

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No estudo, publicado na revista cient�fica Frontiers in Oncology, os cientistas projetaram o crescimento da mortalidade entre os anos de 2026 e 2030 e compararam com o per�odo base de 2011 a 2015. A diferen�a de mortes prematuras estimadas � de aproximadamente 27 mil a mais: 14 mil entre homens e 13 mil entre mulheres. 

Apesar de os pesquisadores terem analisado v�rios tipos de tumores, eles deram destaque ao c�ncer de intestino pelo fato deste apresentar o maior aumento projetado em todas as regi�es brasileiras para ambos os sexos. 

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Um dos motivos citados pelos cientistas para explicar o aumento de casos da neoplasia nos pr�ximos anos � o alto consumo de alimentos ultraprocessados, que no Brasil, inclusive, � respons�vel pela morte de 57 mil pessoas por ano, conforme estudo feito em conjunto pela Universidade Federal de S�o Paulo, Universidade de S�o Paulo, Fiocruz e Universidad de Santiago de Chile.

Pizza, embutidos, refrigerantes...

“Os alimentos processados, como pizzas, embutidos e refrigerantes, que infelizmente t�m se tornado a primeira op��o de muitas pessoas, na correria do dia a dia, n�o s�o ben�ficos para a sa�de de forma em geral. Tanto � que v�rios pesquisadores nem consideram esses itens como ‘alimentos’”, explica a oncologista cl�nica Daiana Ferraz.

A especialista, que faz parte da equipe m�dica da Cetus Oncologia, cl�nica especializada em tratamentos oncol�gicos com unidades em Belo Horizonte, Betim e Contagem, acrescenta ainda que, por receberem uma grande quantidade de aditivos qu�micos, corantes, conservantes artificiais, real�adores de sabor e ado�antes, eles causam danos severos ao organismo.

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“Por serem baratos, com embalagem e sabores atraentes, acabam virando rotina na mesa dos brasileiros, por�m a conta que se paga pelo consumo em excesso pode, infelizmente, ser cara demais, j� que al�m de aumentarem os riscos de c�ncer de intestino, causam ainda outros problemas como obesidade, diabetes e hipertens�o”, destaca Ferraz, que inclusive, tem atendido, cada vez mais pacientes de diversas faixas et�rias com diagn�stico de c�ncer de intestino, at� mesmo os mais jovens, abaixo dos 40 anos. 

Sangue nas fezes 

mulher com as duas mãos na barriga

Pesquisadores destacaram o c�ncer de intestino pelo fato deste apresentar o maior aumento projetado em todas as regi�es brasileiras para ambos os sexos

Alicia Harper/Pixabay

A m�dica da Cetus Oncologia ressalta que os sintomas mais associados ao c�ncer de intestino s�o sangue nas fezes, altera��o do h�bito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, al�m de perda de peso sem causa aparente.

“O diagn�stico requer bi�psia, exame de pequeno peda�o retirado da les�o suspeita no intestino. J� o tratamento vai depender, principalmente, do tamanho, localiza��o e extens�o do tumor. H� desde a possibilidade da cirurgia, da quimioterapia ap�s a cirurgia, ou at� mesmo da retirada de met�stases (caso existam em menor n�mero) com cirurgia”, afirma Daiana enfatizando que se detectada precocemente, a neoplasia � trat�vel e o paciente pode ser curado, desde que, claro, a doen�a ainda n�o tenha atingido outros �rg�os.

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“Como prevenir � sempre melhor que remediar, o caminho mais assertivo para evitar a enfermidade � ‘descascar mais e desembalar menos’, ou seja, quanto mais natural e saud�vel a alimenta��o, melhores ser�o os resultados para a sa�de. Al�m disso � importante manter o peso corporal adequado, praticar pelo menos 150 minutos por semana de atividade f�sica e ficar atento aos casos de c�ncer na fam�lia, que caso existam, exigem acompanhamento m�dico mais apurado”, orienta a m�dica.