Brasileiros t�m defici�ncia ou insufici�ncia de vitamina D, at� no ver�o
Estilo de vida, fatores gen�ticos e obesidade influenciam a produ��o deste micronutriente. Exposi��o solar, atividades f�sicas e suplementa��o ajudam a repor
Pesquisa publicada pelo jornal cient�fico ingl�s Journal of the Endocrine Society, sobre vitamina D , foi produzida por cientistas das Universidades Federais do Paran� e de S�o Paulo, Funda��o Oswaldo Cruz e Obras Sociais Irm� Dulce
eacuna /Pixabay
Uma pesquisa brasileira que acaba de ser publicada pelo jornal cient�fico ingl�s Journal of the Endocrine Society comprovou que, mesmo em pleno ver�o, uma parcela significativa dos brasileiros apresenta insufici�ncia ou defici�ncia de vitamina D. Os �ndices foram de 50,7% e 15,3%, respectivamente, no grupo de 1.029 participantes.
O estudo, chamado Epidemiology of Vitamin D (EpiVida) - A Study of Vitamin D Status Among Healthy Adults in Brazil, foi produzido por pesquisadores das Universidades Federais do Paran� e de S�o Paulo, Funda��o Oswaldo Cruz e Obras Sociais Irm� Dulce. A amostra foi composta por adultos saud�veis, entre 18 e 45 anos, de S�o Paulo (SP), Curitiba (PR) e Salvador (BA).
O objetivo foi estimar a preval�ncia da vitamina D em associa��o a estilo de vida, demografia socioecon�mica e h�bitos culturais nestas tr�s regi�es metropolitanas. Para isso, foram avaliadas amostras de sangue e considerados dados de um question�rio respondido pelos participantes.
A constata��o de defici�ncia ou insufici�ncia de vitamina D em pleno ver�o - per�odo de maior exposi��o solar e que favoreceria a s�ntese deste micronutriente pelo organismo - � explicada por diversos fatores.
“Vari�veis como gen�tica, demografia e estilo de vida influenciam a produ��o de vitamina D. Os h�bitos rec�m-adquiridos durante a pandemia da COVID-19, que levou maioria da rotina da popula��o para dentro de casa, por exemplo, tamb�m podem contribuir para este quadro”, esclarece Marise Lazaretti Castro, endocrinologista, livre-docente, professora-adjunta de endocrinologia e chefe do setor de osteometabolismo da Escola Paulista de Medicina (Unifesp).
Em S�o Paulo, 20% dos participantes apresentaram defici�ncia de vitamina D e em mais da metade (52%) foi constatada insufici�ncia desta vitamina. Em Curitiba, os �ndices s�o parecidos: 12% e 52% respectivamente. J� em Salvador, os �ndices de defici�ncia e insufici�ncia de vitamina D foram, respectivamente, de 12% e 47% do total de participantes locais do estudo. J� no inverno, a situa��o pode agravar em mais 10%, apontam os pesquisadores.
O estudo considerou como defici�ncia de vitamina D os n�veis abaixo de 20ng/ml. J� a insufici�ncia do micronutriente foi considerada para n�veis abaixo 30ng/ml.
Estilo de vida e suplementa��o com orienta��o
Al�m da falta de atividades ao ar livre, a pesquisa constatou que a defici�ncia de vitamina D teve grandes correla��es com a obesidade e o sobrepeso da popula��o brasileira.
Por outro lado, os pesquisadores afirmam que a exposi��o solar, atividades f�sicas e o uso de suplementos podem ajudar significativamente na reposi��o do horm�nio. “A suplementa��o orientada por um profissional, por exemplo, diminui 60% de chances de os pacientes terem defici�ncia de vitamina D, de acordo com o estudo”, ressalta o especialista.
Outro resultado da pesquisa se refere � quest�o �tnico-racial. Embora Salvador tenha maior percentual de negros que Curitiba, a m�dia dos n�veis de vitamina D dos participantes n�o foram diferentes entre si, segundo o estudo.
“Esses achados sugerem que a maior abund�ncia de radia��o solar existente em Salvador, devido a sua maior proximidade com o Equador, pode ultrapassar a barreira da melanina na pele para produzir vitamina D. Ent�o, a pele negra seria um fator de risco para defici�ncia de vitamina D apenas em regi�es com radia��o solar limitada”, afirmam os pesquisadores.
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