célula

c�lula

Gerard Toussaint, Texas A&M Health Science Center

Um medicamento em gel curou 100% dos camundongos com um c�ncer cerebral agressivo, oferecendo esperan�a para que, no futuro, paciente diagnosticados com glioblastoma possam ter um tratamento eficaz. Trata-se do tumor cerebral mais letal e comum em humanos. A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade de Johns Hopkins, nos Estados Unidos, e publicada na revista Pnas.

"Apesar dos avan�os tecnol�gicos recentes, h� uma necessidade extrema de novas estrat�gias de tratamento", diz Honggang Cui, engenheiro qu�mico e biomolecular que liderou a pesquisa. "Achamos que este hidrogel ser� o futuro e complementar� os tratamentos atuais para o c�ncer cerebral."

A subst�ncia � a combina��o de uma droga anticancer�gena e de um anticorpo que, em uma solu��o, se transforma em gel. Esse material preenche os pequenos sulcos deixados ap�s a remo��o cir�rgica de um tumor, atingindo �reas que, hoje, s�o inalcan��veis.

Leia tamb�m:
Vacinas contra o c�ncer estar�o 'aprovadas' em 5 anos; entenda

O gel tamb�m parece desencadear uma resposta imune que o corpo de um camundongo luta para ativar por conta pr�pria ao combater o glioblastoma. "O material n�o apenas afasta o c�ncer, mas tamb�m ajudar a reconectar o sistema imunol�gico para desencorajar a recorr�ncia do tumor, com mem�ria imunol�gica", assinalam os pesquisadores.

Ainda assim, a cirurgia � essencial para a abordagem. A aplica��o do gel diretamente no c�rebro sem remo��o cir�rgica do tumor resultou em uma taxa de sobreviv�ncia de 50%. J� com a opera��o, foi de 100%. "A cirurgia, provavelmente, d� mais tempo para o gel ativar o sistema imunol�gico para combater as c�lulas cancer�genas", observa Cui.

Leia tamb�m: V�rus de milh�es de anos que podem ajudar no combate e preven��o ao c�ncer

Apesar de reconhecer o sucesso da pesquisa, a pesquisadora de neuro-oncologia do Instituto de Sa�de Carlos III Pilar S�nchez G�mez, na Espanha, � cautelosa. "Por um lado, os pesquisadores n�o conseguem discernir quanto do efeito antitumoral se deve � presen�a do agente e quanto se deve � ativa��o da resposta imune. Por outro lado, eles utilizam um �nico modelo de glioblastoma que, embora amplamente utilizado no campo da neuro-oncologia, tem sido criticado por n�o representar fielmente a biologia destes tumores, nomeadamente no que diz respeito � sua intera��o com as c�lulas imunit�rias", pondera.