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Pardini lan�a primeira rota regular de drone em BH e Regi�o Metropolitana para transportar amostras biol�gicas

Thomas Ehrhardt/Pixabay
  O Pardini lan�a a primeira rota regular de drone em BH e Regi�o Metropolitana para transportar amostras biol�gicas. O transporte a�reo n�o tripulado na capital � in�dito e vai come�ar no pr�ximo dia 2 de maio. Assim, a institui��o avan�a nessa inova��o log�stica na medicina diagn�stica.

O laborat�rio inaugura a primeira rota regular em �rea urbana na capital mineira. O drone sair� do Hospital Biocor, em Nova Lima, para o Bairro Mangabeiras, no Instituto Orizonti - onde tem um N�cleo T�cnico Hospitalar do laborat�rio (unidade produtiva de processamento e an�lise).

As amostras que ser�o carregadas pela aeronave podem ser coletadas em unidades de atendimento, laborat�rios parceiros ou outros hospitais. Este trajeto foi desenvolvido considerando tanto a import�ncia da agilidade no processamento de exames e entrega de resultados, quanto � dificuldade de mobilidade em locais de grande movimenta��o de transporte terrestre.
 
Neste primeiro momento, ser�o transportados apenas materiais n�o contaminantes para an�lises cl�nicas, gen�tica molecular, testes oncol�gicos de alta complexidade, medicina nuclear, medicina personalizada e patologia cir�rgica. Ser�o amostras de teste do pezinho ou de cabelo para exames toxicol�gicos, coletas de raspados de unha e pele para an�lise de c�lulas, por exemplo.

Drone ter� trajeto fixo entre dois hospitais

O trajeto ser� fixo, de segunda a sexta-feira, sob demanda, levando e trazendo amostras entre esses dois hospitais, que ser�o os pontos de apoio dessa log�stica. O drone poder� voar a cada uma hora e a rota de 5 quil�metros � feita em 10 minutos, enquanto de carro seriam gastos 25 minutos, podendo chegar a uma hora, em hor�rio de pico. A iniciativa garante agilidade no transporte e diminui��o da circula��o de amostras dentro de um grande centro urbano. Um outro ganho: com os voos, a estimativa � reduzir em 100% a emiss�o de CO2.

Com a substitui��o da rota rodovi�ria pela a�rea, cerca de 200 a 250 Kg de g�s carb�nico deixar�o de ser lan�ados na atmosfera por m�s. Para al�m dessa redu��o, � importante considerar a retirada de ve�culos das ruas, aliviando o tr�nsito da cidade e reduzindo a possibilidade de acidentes.

Todos os tipos de cargas biol�gicas

O in�cio desses voos regulares � mais um passo para o laborat�rio conseguir a autoriza��o para voos de todos os tipos de cargas biol�gicas, como sangue, soro, urina, fezes, l�quidos corporais, dentre outros. “Demostraremos a seguran�a do transporte a�reo n�o tripulado, bem como sua superioridade e efici�ncia em rela��o ao transporte terrestre atual).

� necess�rio acumular horas de voo transportando materiais biol�gicos n�o contaminantes, at� a autoriza��o dos �rg�os competentes para o transporte de materiais de risco biol�gico infecciosos ou potencialmente infeccioso”, explica o gerente corporativo de log�stica do Hermes Pardini, Cleber de Souza Miranda.

Segundo o executivo, este � mais um avan�o operacional para a avia��o. “� a primeira rota para voos n�o tripulados autorizada no meio de uma �rea urbana com cinco helipontos. � um marco para o setor e mostra o avan�o no Brasil no que diz respeito � integra��o da avia��o n�o tripulada com a avia��o convencional”, explicou o executivo.
 
Ele refor�a que a medicina diagn�stica depende do transporte terrestre e a�reo, que t�m seus desafios particulares como o alto custo e as interfer�ncias recorrentes causadas por situa��es diversas, como acidentes, congestionamentos e cancelamento de voos comerciais, entre outros: “Acredito que os drones t�m potencial para revolucionar a log�stica na sa�de daqui a alguns anos, ao trazer mais efici�ncia em termos de custo e tempo de transporte, al�m de apresentar menor impacto ambiental. A redu��o de tempo de transporte de amostras por drone, como indicado nos testes que realizamos, pode acelerar a libera��o de diagn�sticos e, assim, ajudar m�dicos a tomar decis�es mais rapidamente, colaborando com a sa�de de nossos pacientes”, pontuou.

H� 3 anos, o Pardini vem investindo no desenvolvimento log�stico da medicina diagn�stica utilizando o drone projetado, fabricado, e operado pela Speedbird Aero para o transporte de amostras biol�gicas. A aeronave DLV 2 foi elaborada exclusivamente para o laborat�rio e j� est� certificada e homologada pela Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac). Esta aeronave tem capacidade para transportar at� 6,5 quilos e pode voar a uma dist�ncia de at� 15 km do ponto de decolagem sem troca de baterias.

Pioneirismo

A Speedbird obteve a primeira autoriza��o para transportes (delivery) utilizando drone no Brasil (uma das primeiras autoriza��es de projeto do mundo neste �mbito), e vem ultrapassando barreiras com aeronaves n�o tripuladas, efetuando v�rias entregas pioneiras em solo brasileiro.

J� a rede de medicina diagn�stica foi a primeira do setor a avistar esse horizonte e iniciar testes para coletas e entregas de exames laboratoriais por meio de drones no Brasil. Em Salvador, na Bahia, o laborat�rio tamb�m implantou uma rota fixa, que funciona desde fevereiro. Desde o in�cio do projeto, j� foram feitos voos de teste com a aeronave DLV 2 em outras cidades (Aracaju (SE), Itaja� (SC) e S�o Sebasti�o (SP), explorando diferentes tipos de desafios geogr�ficos e de log�stica.

A expectativa � que o transporte a�reo n�o tripulado possa beneficiar toda a rede de laborat�rios parceiros. S�o mais de 7 mil espalhados por 2 mil munic�pios em todos os estados do Brasil.

Os aprendizados em cada voo e a nova rota, em Belo Horizonte, devem contribuir para a defini��o de regras e desenvolvimento de protocolos de seguran�a. Com o avan�o da Log�stica A�rea N�o Tripulada, a expectativa � que em at� dois anos o laborat�rio possa fazer voos entre as unidades de coleta at� qualquer uma das plantas produtivas da rede.

Agora, o Pardini e a Speedbird est�o em fase de teste de campo para obten��o de uma nova certifica��o - o CAER - Certificado de Aeronavegabilidade Especial para RPA (Aeronave Remotamente Pilotada). Esta � necess�ria para habilitar aeronaves n�o tripuladas a executar rotas de maior extens�o com seguran�a e viabilidade econ�mica.

“O desafio agora � avan�ar junto �s autoridades sanit�rias para que as regras sejam atualizadas. Pleiteamos conseguir junto aos �rg�os competentes a autoriza��o para transportar outras categorias de materiais biol�gicos. Estamos demonstrando, a cada voo, seguran�a no transporte, redu��o de custo e de tempo. � um processo longo, disruptivo e vision�rio. Queremos poder voar de laborat�rios para hospitais, de laborat�rios para outros laborat�rios e de laborat�rios para aeroportos, nos grandes centros”, comentou o CEO da Speedbird Aero, Manoel Coelho.