A data de 24 de abril � marcada como o Dia Mundial de Combate � Meningite. Ela faz alus�o � preven��o e ao diagn�stico dessa doen�a end�mica no Brasil, que pode ser fatal. Pela caracter�stica altamente transmiss�vel, as vacinas s�o recomendadas e, no primeiro sinal de sintomas, � imprescind�vel exames diagn�sticos para evitar sequelas ou morte. S�o eles: exame quimiocitol�gico do l�quor, bacterioscopia direta, cultura de bact�rias e rea��o em cadeia da polimerase em tempo real (PCR).
Segundo Carlos Senne, presidente do Senne Liquor Diagn�stico, laborat�rio associado da Associa��o Brasileira de Medicina Diagn�stica (Abramed), o exame de l�quor (LCR) � o mais recomendado para identificar a presen�a de meningite e tamb�m para definir o agente etiol�gico: "O diagn�stico diferencial entre as meningites virais e bacterianas inicia-se a partir da an�lise citol�gica e bioqu�mica do LCR. Como complemento, o diagn�stico microbiol�gico convencional, que inclui m�todos de colora��o (GRAM) e as culturas em placas de �gar, ainda s�o de grande import�ncia nas meningites bacterianas".
De acordo com dados do Minist�rio da Sa�de (MS), em 2021, foram registrados quase 7 mil casos, que ocasionaram 793 �bitos. Um ano antes, um grande surto atingiu a cidade de S�o Paulo. No mundo, a meningite afeta mais de 2,8 milh�es de pessoas a cada ano. A doen�a existe nas formas viral e bacteriana, as quais podem provocar inflama��o no c�rebro e na medula espinhal. Para as crian�as menores de um ano de idade, a orienta��o � observar a presen�a de incha�o na moleira e choro persistente.
Os sintomas mais comuns s�o dor de cabe�a, n�useas e v�mitos e febre. Em casos mais graves, podem levar a perda da consci�ncia e convuls�es. As meningites virais costumam ser mais leves – atingem crian�as na maioria dos casos e t�m grande potencial de causar surtos. J� as meningites bacterianas s�o mais graves e devem ser tratadas imediatamente, para evitar sequelas ou morte.
Por ter caracter�sticas distintas, o exame laboratorial da doen�a deve ser preciso para recomenda��o do melhor tratamento. Outro exame de destaque, segundo o m�dico, s�o os exames moleculares, por serem capazes de identificar o agente etiol�gico. Algumas metodologias moleculares envolvem t�cnica r�pida e inovadora, podendo ser liberadas em poucas horas: “Foi um grande avan�o”, afirma.
Ainda segundo Carlos Senne, a intelig�ncia artificial (IA) pode permitir a integra��o de v�rias plataformas e abordagens para apoiar a tomada de decis�es cl�nicas, uma vez que possibilita explorar v�rios fluxos de dados, incluindo, entre outros, informa��es laboratoriais, cl�nicas e radiol�gicas para fornecer aos m�dicos resultados preditivos e acion�veis. “Assim, temos grande potencial de contribuir no diagn�stico e na condu��o dos casos de meningite.”
Tem cura
Ainda segundo Carlos Senne, durante datas alusivas, as pessoas tendem a se informar mais, e o n�mero de exames solicitados pelos m�dicos aumenta. Embasando 70% das decis�es m�dicas, os exames diagn�sticos s�o indispens�veis para a garantia da sa�de global. Tendo a doen�a diagnosticada, 20% podem ficar com sequelas, como amputa��o de um membro, surdez, cegueira ou outras complica��es neurol�gicas. Mas 80% se curam.
Vacina � preven��o
As vacinas s�o consideradas a melhor forma de preven��o contra a doen�a e, na rede privada, elas atendem a todos os sorotipos por meio da administra��o da conjugada quadrivalente ACWY. S�o tr�s doses at� 1 ano, dependendo da marca da fabricante. Tamb�m � recomendado um refor�o entre os 5 e 6 anos e outra dose aos 11 anos. Pode ainda ser aplicada em adultos, em idosos e pessoas imunocomprometidas, ampliando o refor�o do sistema p�blico.
Uma vez que as coberturas vacinais est�o em queda, a rede suplementar, por meio de distribui��o particular, para empresas e subgrupos mais abrangentes, consegue auxiliar no atingimento da meta de 95% de cobertura e nas campanhas sazonais.
17/04/2023 11:49
- atualizado 17/04/2023 11:49
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