Medicina Integrativa se tornou uma aliada no processo de tratamento de diversas doen�as
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O termo "medicina integrativa" (MI) foi criado, no final da d�cada de 1990, para se definir um novo modelo de sa�de baseado no cuidado integral do paciente, com uma abordagem mais hol�stica. Em meados de 2017, a unidade t�cnica de medicina tradicional e complementar da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) adicionou esse termo para abordagens integrativas na medicina convencional em rela��o �s pol�ticas, conhecimentos e pr�ticas.
Desde ent�o, a MI vem ganhando cada vez mais espa�o na �rea da sa�de e � conceituada como a pr�tica m�dica que reafirma a import�ncia da rela��o entre o paciente e o profissional de sa�de, tendo como foco a pessoa em seu todo.
"O objetivo � oferecer um atendimento mais personalizado e humanizado para o paciente, agregando � medicina tradicional outras �reas que podem envolver desde a pr�tica de uma atividade f�sica monitorada, pr�ticas psicoterap�uticas, uma dieta personalizada, yoga, at� sess�es de acupuntura, entre outras abordagens", explica Priscila Pyrrho, ginecologista com vis�o integrativa da sa�de da mulher.
Segundo a m�dica, a Medicina Integrativa � baseada em evid�ncias e faz uso de todas as abordagens terap�uticas adequadas, de todos os profissionais de sa�de e de todas as disciplinas para obter o melhor da sa�de e da cura, o chamado health and healing.
"Muito mais do que defender terapias espec�ficas ou medicinas tradicionais, defende-se o ser humano em toda a sua complexidade, e a sabedoria inata do organismo que busca pela manuten��o de um estado de homeostase e equil�brio, mesmo diante de doen�as e enfermidades, agindo de forma sin�rgica na recupera��o e reestabelecimento da ordem", explica.
Desse modo, a especialista enumerou 5 benef�cios da medicina integrativa para a preven��o e controle de in�meras doen�as:
1. Medicina menos invasiva
Priscila lembra que essa metodologia escuta o paciente antes de indicar um medicamento ou uma terapia, levando em considera��o todos os fatores que podem dificultar ou facilitar a ades�o ao tratamento, e consequentemente o resultado final, sendo uma pr�tica menos invasiva e impositiva.
"A maioria dos m�dicos imp�e um tratamento sem ouvir a posi��o do paciente. N�o sabem nem mesmo se ele realmente entendeu ou como ser� para ele fazer aquele tratamento", indaga a m�dica.
2. Prioriza��o da rela��o m�dico-paciente
Nesse tipo de pr�tica, o m�dico � especialista na Medicina e o paciente � o especialista nele mesmo, ent�o sua opini�o � essencial para o tratamento. Segundo Priscila, � uma rela��o de parceria.
"Durante a consulta, � o paciente que conduz o m�dico e o ajuda a achar a melhor solu��o para o tratamento. Por exemplo, se um paciente tem medo de agulhas, a acupuntura n�o seria uma boa op��o para ele. Para outro, que prefere ter uma vida sem rotina e por isso esquece de tomar rem�dios ao longo do dia, o ideal � ajustar a posologia para que tenha o m�nimo de doses di�rias, j� um terceiro paciente pode dizer que "n�o se d� bem" com a medica��o proposta, e precisamos valorizar essa fala e buscar alternativas", exemplifica.
3. Analisar os resultados e as causas
Mais do que simplesmente dar nome �s doen�as, investiga-se a causa base dessas doen�as, procurando entender o mecanismo que levou ao adoecimento, analisando todos os resultados em busca de promover a organiza��o do organismo como um todo.
"Essa medicina acredita que, dando condi��es, o organismo conseguir� entrar em equil�brio e em ordem. O nosso corpo � extremamente autorregul�vel, mas � preciso que o m�dico ajude nesse processo".
Segundo Priscila, a Medicina Integrativa n�o exclui o tratamento convencional com medicamentos e exames. Ao contr�rio, ela inclui outros tipos de tratamentos, como, por exemplo, pr�ticas orientais da medicina tradicional chinesa, acupuntura, homeopatia, fitoterapia, termalismo.
"A ideia � oferecer ainda mais recursos e possibilidades terap�uticas ao paciente, al�m de um trabalho em equipe multidisciplinar", complementa a m�dica.
5. Considera todos os fatores de bem-estar
A sa�de � mais do que n�o ter doen�as, e o cuidado vai al�m do fato de um paciente estar sem nenhum sintoma espec�fico. Priscila explica que, nesse caso, a Medicina Integrativa considera a espiritualidade, o sono, a pr�tica da atividade f�sica e, inclusive, os relacionamentos e a parte social, que s�o fatores que tamb�m influenciam na qualidade de vida e sa�de do paciente.
"O exame e a cl�nica, s�o analisados dentro de um contexto de vida do indiv�duo".
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