Mulher com dor na barriga
Entre as a��es programadas pela ABCD para o Maio Roxo est� aDoen�as Inflamat�rias Intestinais – Qual o melhor tratamento para mim, Dra? a ser transmitida no pr�ximo dia 15, �s 20h, no perfil da entidade.
No dia 21, haver� a tradicional caminhada do Maio Roxo em prol da conscientiza��o das pessoas, com concentra��o marcada para as 9h, na Pra�a Oswaldo Cruz, na Avenida Paulista, pr�xima � Casa das Rosas.
Leia tamb�m: Mpox n�o � mais uma emerg�ncia de sa�de global, diz OMS
Em entrevista nesta quinta-feira (11), a vice-presidente da ABCD, Andrea Vieira, alertou que as doen�as intestinais t�m apresentado aumento da incid�ncia no Brasil como um todo, mas em especial nas regi�es Sul e Sudeste. “Isso � mais notado nessas regi�es do que nas outras, provavelmente porque somos expostos muito mais, pela nossa vida 100% urbana, aos fatores que colaboram com a doen�a”.
A causa do dist�rbio � multifatorial. Abrange desde fatores gen�ticos at� o sistema imunol�gico extremamente amplificado, microbiota (conjunto de bact�rias, v�rus e fungos que fazem parte do corpo humano) alterada, al�m de fatores externos, ou ambientais, como conservantes qu�micos, polui��o, estresse, alimentos transg�nicos, tabagismo. ”Fatores a que n�s somos expostos no nosso dia a dia e que trazem um agravamento, na medida em que o pa�s se desenvolve e se industrializa”, diz a especialista.
Andrea Vieira afirmou que a doen�a era mais prevalente e tinha incid�ncia maior h� 20 ou 30 anos em pa�ses mais ricos, como Estados Unidos, Canad�, pa�ses n�rdicos da Europa. “Hoje, ela acomete pessoas no mundo inteiro. Com certeza, fatores ambientais est�o fazendo parte da fisiopatogenia dessa doen�a”.
Acometimento
A DII acomete o adulto jovem, entre 15 e 40 anos de idade e, depois, em um segundo pico, entre os 60 e 70 anos. “Na verdade, pode acometer qualquer faixa et�ria, mas essas s�o as faixas que se v� mais acometidas”, explicou a vice-presidente da ABCD.
Como se trata de uma doen�a autoimune, Andrea Vieira afirmou que o importante � ter o diagn�stico precoce, uma vez que as doen�as oscilam entre per�odos de crise e de acalmia, ou calmaria. “Esse tempo � individual em cada paciente. Muitos t�m a doen�a, os sintomas, e depois ficam bem rapidamente. Isso vai, �s vezes, atrasando o diagn�stico. Muita vezes s�o tratados como virose porque os principais sintomas s�o dor abdominal, c�lica, diarreia. O paciente acaba retardando o diagn�stico”.
Quando isso acontece, o desfecho pode ser desfavor�vel para o paciente, sinalizou a m�dica. "Porque deixa tempo para a doen�a progredir e trazer uma disfuncionalidade do �rg�o, que � consequ�ncia da evolu��o da doen�a. Trabalhar com diagn�stico precoce � muito importante", assegurou.
Andrea indicou que, atualmente, o que se pode fazer para melhorar o quadro desses pacientes � ter uma vida saud�vel, com boa alimenta��o, longe de alimentos ultraprocessados, praticar exerc�cios, evitar o tabagismo, controlar a obesidade desde a inf�ncia.
O diagn�stico � feito com avalia��o cl�nica detalhada do paciente, seguida de exames complementares laboratoriais (sangue e fezes, este �ltimo com o marcador de calprotectina fecal), al�m de exames de imagem, entre os quais a enterografia por tomografia ou por resson�ncia. O principal exame a ser feito, por�m, � a videocolonoscopia com bi�psia dos segmentos acometidos.
Maio Roxo
A mensagem principal de Andrea Vieira no Maio Roxo � que as pessoas saibam que existem essas doen�as inflamat�rias que, nos �ltimos dez anos, tiveram incid�ncia em eleva��o. “Hoje n�s temos ao redor de dez casos novos para cada 10 mil habitantes por ano, com preval�ncia de 100 casos para cada 100 mil habitantes.”
Por este motivo, a m�dica reafirmou a import�ncia de as pessoas saberem que, diante de sintomas como dor abdominal, sangramento retal, diarreia, perda de peso sem explica��o ou febre que n�o tem causa, devem procurar o servi�o m�dico especializado.
Segundo a m�dica, � preciso investigar, “porque as doen�as inflamat�rias intestinais est�o a� e n�o s�o mais consideradas doen�as raras. E se n�o tem diagn�stico precoce, isso vai s� retardando o paciente receber o tratamento correto”.
De acordo com a associa��o, quando n�o diagnosticadas corretamente, e sem tratamento adequado, as DIIs podem levar � incapacidade f�sica, baixa qualidade de vida e hospitaliza��es recorrentes. O tratamento pode incluir medicamentos para controle dos sintomas e cicatriza��o da mucosa; casos moderados a graves ou que n�o responderam ao tratamento convencional podem se beneficiar com o uso de agentes biol�gicos. Os tratamentos sob prescri��o e indica��o m�dica s�o fornecidos pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS) e t�m cobertura obrigat�ria pelos planos de sa�de.
*mat�ria atualizada para corre��o de informa��o. S�o dez casos novos de doen�as inflamat�rias intestinais para cada 10 mil habitantes por ano, e n�o 6 mil casos para 10 mil habitantes, como havia sido informado anteriormente.
*Para comentar, fa�a seu login ou assine