Esquizofrenia: incentivo familiar � crucial no tratamento

A esquizofrenia, um transtorno mental cr�nico que afeta aproximadamente 1,6 milh�o de pessoas no Brasil, de acordo com o Minist�rio da Sa�de, impacta a maneira como os indiv�duos sentem, pensam e se comportam. A condi��o � frequentemente cercada de preconceito e estigma. No Dia Mundial da Pessoa com Esquizofrenia, celebrado em 24 de novembro, pacientes e familiares buscam superar os desafios associados ao diagn�stico.

Tamires Cruz, psiquiatra e especialista em sa�de mental, explica que a esquizofrenia, caracterizada por del�rios, alucina��es, desorganiza��o comportamental e pensamentos e sentimentos negativos, afeta cerca de 1% da popula��o global. O diagn�stico � feito com base na observa��o de sinais espec�ficos, que geralmente surgem no final da adolesc�ncia ou no in�cio da vida adulta.

As causas da esquizofrenia ainda n�o s�o completamente conhecidas, mas o Manual MSD de Diagn�stico e Tratamento aponta que fatores como predisposi��o gen�tica, infec��es cerebrais, complica��es na gesta��o e uso de cannabis na adolesc�ncia podem tornar as pessoas mais suscet�veis ao transtorno.

O psiquiatra Henrique Bottura, diretor cl�nico do IPP (Instituto de Psiquiatria Paulista), destaca que a ades�o ao tratamento � um dos principais desafios enfrentados por pacientes e familiares, al�m dos sintomas e estigmas relacionados � doen�a. Manter um tratamento cont�nuo pode ser dif�cil devido aos efeitos colaterais e consultas frequentes.

O tratamento da esquizofrenia envolve medicamentos antipsic�ticos, psicoterapia e suporte psicossocial, visando a inclus�o desses pacientes no mercado de trabalho e apoio para a reintegra��o social. As abordagens podem variar de acordo com a especificidade de cada caso.

A interrup��o do tratamento pode levar a consequ�ncias graves, como retorno dos sintomas psic�ticos, reca�das, hospitaliza��o e comprometimento do funcionamento global. Tanto os pacientes quanto os profissionais da �rea destacam as dificuldades enfrentadas por familiares e pessoas pr�ximas, como falta de informa��es sobre o diagn�stico, dificuldades de comunica��o e sobrecarga emocional e f�sica.

Para melhorar a conviv�ncia com pacientes com esquizofrenia, Tamires sugere que os familiares e amigos estejam dispostos a aprender sobre os sintomas e a doen�a, estabele�am uma comunica��o aberta e sincera, busquem grupos de apoio para o paciente e a fam�lia e criem rotinas e suporte pr�tico. Bottura complementa que amigos e familiares podem incentivar e monitorar a ades�o ao tratamento e a frequ�ncia do acompanhamento m�dico.