senhora de cabelo branco, mão no ouvido, tentando ouvir

A perda auditiva gen�tica � considerada a mais dif�cil de tratar dentre os casos que afetam milh�es de indiv�duos no mundo

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Cientistas do hospital Massachusetts Eye and Ear, nos Estados Unidos, obtiveram sucesso em um tratamento experimental para reverter a perda auditiva gen�tica em camundongos idosos. A pesquisa, publicada na revista cient�fica Molecular Therapy, aponta que at� 2050, uma em cada dez pessoas pode sofrer de perda auditiva.

No estudo, o grupo de pesquisadores utilizou vetores do v�rus adeno-associado (VAA) em camundongos velhos geneticamente modificados com um gene (TMPRSS3) defeituoso, respons�vel pela perda auditiva em seres humanos. Ao introduzir o VAA, contendo uma vers�o saud�vel do TMPRSS3, os cientistas observaram uma melhora significativa na audi��o dos animais.

Segundo o pesquisador Zheng-Yi Chen, um dos autores do trabalho, as descobertas sugerem que uma terapia gen�tica mediada por v�rus, isoladamente ou em combina��o com um implante coclear, poderia tratar a perda auditiva gen�tica. Al�m disso, este foi o primeiro estudo a resgatar a audi��o em camundongos idosos, indicando a viabilidade desse m�todo mesmo para pessoas com idade avan�ada.

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Defici�ncia auditiva: leve, moderada e severa

A perda auditiva gen�tica � considerada a mais dif�cil de tratar dentre os casos que afetam milh�es de indiv�duos em todo o mundo. A defici�ncia auditiva  pode se manifestar na inf�ncia ou ao longo da vida, principalmente ap�s os 30 anos, e � classificada em quatro est�gios: leve, moderada, severa e profunda.

A otorrinolaringologista Jeanne Oiticica explica que determinados medicamentos podem desencadear a defici�ncia auditiva em quem tem predisposi��o gen�tica, como antibi�ticos aminoglicos�deos, alguns quimioter�picos, anti-inflamat�rios e diur�ticos.

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A m�dica tamb�m destaca a import�ncia de exames de audiometria para identificar a perda auditiva e a necessidade de reabilita��o auditiva para evitar o decl�nio cognitivo, de mem�ria e de aten��o.

Embora a pesquisa seja promissora, ainda s�o necess�rios mais estudos e testes em humanos para determinar a efic�cia e seguran�a deste tratamento. At� l�, a conscientiza��o sobre a import�ncia da preven��o e do diagn�stico precoce da perda auditiva continua sendo fundamental.